8

4.3K 229 10
                                    

•Fantasma•


Acordei e vim direto na casa da minha coroa, eu tenho que vim visitar ela mais vezes, eu sempre falo isso mas não faço, isso que é o foda. Almocei aqui nela hoje, comida de mãe é a melhor que têm e ninguém pode negar isso não pô.

Meire: Você sabe oque eu acho disso meu filho, não quero te perder da mesma forma que seu pai.- escuto ela falar comigo.

-Eu sei, só peço pra senhora confiar em mim, eu sei me cuidar pô. - abraço ela de lado que fecha os olhos.

Meire: Oh meu filho, eu te amo tanto.

-Eu também te amo coroa, a senhora tá ligada.- dou um beijo na cabeça dela.

Meire: quando você vai me dar uma nora ein? Tão bonito, falta de opção não deve ser.

-Nem tô procurando esses bagulho coroa, meu papo é seguir minha vida sozinho.

Meire: que sozinho oque menino, tem que ter uma família.

-Todas só fica comigo pelo meu poder pô, não quero gente assim do meu lado não, papo reto.

Meire: Vai aparecer a certa meu filho, acredite em mim.

-hum.- só falo isso nem dando muita importância pra esse assunto, meu bagulho sempre foi ser de todas e nada passa de um fica e pronto pô, esses bagulho de ter só uma na minha vida que eu goste até agora não apareceu, e pra mandar o papo reto, eu nem quero que apareça, se pá nem existe essa porra que minha mãe tanto fala e tá me deixando doidão também essa porra.

[...]

Hoje eu dormi pra caralho, passei o dia lá na coroa e agora é o momento da minha brisa, a manhã toda só dormindo, vida de patrão não é fácil mas eu tive que tirar uma folga hoje, mas isso só dura até esse momento já que eu vou ter que ir pro assalto.

Pego o copo de whisky puro e bebo aos poucos, gole por gole, nessas coisas eu nunca tô limpo, sempre fumo e bebo e depois deixo minha brisa bater, é uma forma que eu tenho pra não ter medo de porra nenhuma no meio do caminho.

Todo mundo tem família e pessoas que te amam que vão sofrer pra caralho se tu morrer, mas infelizmente entra nessa vida já sabendo o final, não é que nós quer morrer, mas uma hora a cobrança de tudo que nós fez na vida chega e tu cai pô, eu sei o meu final por isso não fico remoendo os bagulho, meu único medo é de como a Dona Meire vai ficar nesse mundo sem mim pô. Eu tento sempre adiar esse dia, mas eu tenho na consciência que ele vai vim um dia, e eu não vou poder mudar esse bagulho não, infelizmente.

JV: A van já tá ali, só esperando tua ordem mano. - ele entra na minha sala e eu confirmo soltando a fumaça pra cima, sentindo aos poucos meu corpo relaxando.

-Manda todo mundo ir entrando, tá na hora já - ele confirma e sai indo organizar tudo.

Saio da sala indo lá pra fora vendo tudo nos conformes já, agora é só pedir proteção a Deus e fé, vamo fazer o impossível sempre.

-O papo é seguir cada passo que nós estudou durante esses dias, qualquer erro pode fuder com o plano inteiro então sagacidade e compromisso no bagulho! - falo com todos presentes que apenas balançam a cabeça confirmando.

JV: A van nós vai tacar fogo, foguinho e tetéu vão chegar nos carros blindado pra nós meter fuga, o bagulho é sem erro.

Começam todos a entrarem na van preta blindada, e eu entro por último ficando na frente com o JV, fecho meus olhos e solto o ar em um suspiro, me benzi e agora é só esperar chegar a joalheria.

Assim que chegamos na esquina da rua da joalheria que é o nosso foco, pego minha AK47 destravando a mesma e puxando a balaclava pra baixo dificultando identificarem que sou eu, a camisa preta cobrindo meus braços por completo por causa das tatuagens que eu tenho pra caralho, qualquer bagulho que apareça eles podem te reconhecer e aí o b.o vem.

Começamos a descer da van e se posicionar cada um no seu devido lugar e os primeiros tiros são efetuados com o silenciador obviamente para não chamar a atenção de moradores e polícias, os tiros acertam e cheio os dois seguranças da frente da joalheria fazendo caírem no chão na mesma hora que são atingidos.

Sigo o caminho apontando a arma para todos os lados com a contenção atrás de mim, com um ferro pesado eles quebram a fechadura da porta, entro devagar apontando direto nas câmeras e atiro vendo a luz vermelhinha apagar na mesma hora, a porra do alarme toca assim que nós pisa no lugar das jóias caras e agora que realmente começa a adrenalina.

O barulho alto do alarme chato pra caralho dando agonia no cérebro aonde ouvir, as portas e janelas ficam travadas mas nem adianta porra nenhuma já que quebramos a principal. Vou na agilidade pegando o máximo de joia que eu consigo e jogando no saco preto que cada um de nós tem pra levar os bagulhos todo, tô me arriscando pra caralho com isso então o mínimo é ter lucro tudo nessas porra de joia cara pra caralho.

Jogo tudo que é coisa dentro do saco preto e vejo os caras fazer o mesmo, escuto de longe o barulho das porra de sirene, indicando que os cana tão próximo então agora tem que agir na agilidade, se errar agora fode com todo o esquema...

______________________________________

•Além Da MarraOnde histórias criam vida. Descubra agora