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•Fantasma•

-1 semana depois-

Seguro o baseado entre os dedos, levando até a boca e logo depois soltando a fumaça pra cima. A semana passou voando, não deu tempo de fazer quase nada nessa porra e já chegou o dia de ir resolver essa parada.

Todas as vezes que eu viajei pra fora do país foi pra resolver b.o do morro, mas dessa vez é pra um meio de "investimento" e trocar minhas drogas pra uma melhor, outra qualidade totalmente diferente.

Na minha cabeça já tá tudo certo, esquematizado. Pra mim tudo é assim, eu penso na minha cabeça e cálculo todas as possibilidades e os caralho, pra nós final ir lá e botar em prática. E outro bagulho que eu tô tendo que aprender na marra é que se eu quiser alguma coisa eu mermo tenho que fazer, pq se depender desses fudido nada sai do jeito que eu quero.

Quero negociar e lucrar pra caralho com esses bagulho novo, pode dar muito certo, mas também pode dar muito errado, única coisa que me resta é focar muito e ser inteligente pra evitar qualquer b.o que me prejudique.

Vou passar 15 dias no Canadá, lá é o destino que eu tô indo, passar todo esse tempo, mas vai ser por uma boa causa e eu espero conseguir resolver tudo sem precisar me estressar e matar um que aparecer na minha mira, meu problema é esse, sem paciência pra porra nenhuma e só meto a bala.

Fazendo isso uma vez aí, quase fui preso, o fudido que eu inventei de me desentender era um policial, na hora que ele viu eu posicionar a mão pra puxar a arma da cintura ele puxou a dele na merma rapidez, ia me fuder legal ali, mas atirei nele primeiro e consegui desviar do tiro que ele ainda conseguiu disparar, bagulho tenso, mas tamo aí.

-15 dias só pô, passa rápido, vai nem lembrar de mim que eu tô ligado -abraço o corpo pequeno que não me solta.

Meire: não sei pra quê você inventa essas coisas Victor Gabriel, me deixa aqui sozinha.- ela fala me olhando séria e eu sorrio.

-Relaxa mãe, eu vou sempre te ligar pra te tranquilizar, e já sei me virar pô.

Meire: não te falo mais nada não, Victor.

-Te amo pô, a senhora tá ligada nisso aí - sorrio sem graça pra ela por não ser acostumado a falar essas coisas e ela me alerta sorrindo com os olhos já enchendo de lágrimas.

Meire: Também te amo meu filho, muito muito, não demora Victor e me liga pelo amor de Deus.

Me despeço dela antes que começasse a chorar, já tô ligado que isso ia acontecer então sai logo, não gosto de ver ela chorar não, papo reto.

Eu só viajo de madrugada, mas vim aqui logo nela pra avisar e também porque não gosto de vim aqui na hora de sair, sempre é mais difícil esses bagulho de despedida, então eu evito ter esses momentos com minha mãe, ela já fica desse jeito sabendo que eu vou, imagine se eu for lá na hora de ir embora.

Entro no carro fechando a porta em seguida, sentindo o cheiro do meu perfume impregnado e acho estranho, logo vejo a porra do frasco do perfume vazando de alguma forma, derramou no banco e por isso o cheiro, agora tá explicado.

Pego meu celular olhando as mensagens que tem pra um caralho, muitas sem necessidade então arquivo um monte e vou vendo o resto. Rolando a tela pra baixo vejo a pretinha digitando e logo a mensagem sobe, chegando no meu celular.

•Além Da MarraOnde histórias criam vida. Descubra agora