Capítulo 25

8 0 0
                                    

*Miguel narrando*

Miguel- eai, cara- cumprimento, enquanto ele se aproxima.

Davi- eai- diz- foi mal pelo atraso- acrescenta, enquanto fazemos um toque.

Miguel- de boa- digo, encolhendo os ombros.

Ele se acomoda na cadeira à minha frente e percebo que tem algo de errado pela expressão no seu rosto.

Miguel- o que tá rolando?- pergunto, direto.

Davi- o que?!- diz, parecendo confuso.

Miguel- não é de hoje que você tá estranho- falo- o que tá rolando?- pergunto de novo, estreitando os olhos.

Ele não responde, apenas fica me encarando por alguns segundos e depois respira fundo.

Davi- tem a ver com uma mina- começa a explicar.

Miguel- claro que tem- digo, nem um pouco surpreso- mas não sabia que você se estressa com essas mina aí- acrescento, achando estranho.

Davi- ela não é que nem as outras- rebate e eu levanto as sobrancelhas- não é mesmo- reforça.

Miguel- nossa- digo, surpreso- não acredito que essa mina conseguiu te prender- acrescento, soltando uma pequena risada.

Consigo sentir que ainda tem algo que ele não tá me contando.

Miguel- eu vou conhecer ela?- pergunto.

Davi- é complicado- responde, me deixando mais desconfiado ainda.

Antes que eu consiga perguntar mais alguma coisa, a garota para ao lado da mesa onde estamos sentados e larga os pratos de comida na nossa frente.

Maya- eai, DR- cumprimenta ele, enquanto larga os refrigerantes na mesa também- vê se deixem uma boa gorjeta- diz, me fazendo rir.

Davi- pode deixar, loira- fala e ela revira os olhos, mas um pequeno sorriso surge no seu rosto.

Ela se afasta, nos deixando sozinhos mais uma vez e eu decido insistir no assunto.

Miguel- aí- digo, atraindo o olhar dele- se a mina é responsa, não vacila- acrescento, com o tom de voz firme.

Ele pensa um pouco sobre o que eu disse e, logo em seguida, assente.

Então, começamos a almoçar, enquanto falamos sobre trabalho.

...

*Maya narrando*

Me aproximo da casa e abro a porta, passando pela mesma logo em seguida.

Maya- cheguei- digo, fechando a porta atrás de mim.

Laura- oi- diz, atraindo meu olhar- tá com fome?- pergunta, concentrada na panela à sua frente.

Maya- muita- respondo, largando minha bolsa no sofá.

Laura- claro que tá- comenta, rindo- como foi no trabalho?- pergunta, enquanto eu vou até a cozinha onde ela está.

Maya- o mesmo de sempre- respondo, encolhendo os ombros- pelo menos consegui me livrar do turno da noite hoje- comento, abrindo a geladeira.

Laura- saudade de ter um emprego- diz, com um tom de frustração na voz.

Maya- tenho certeza que você consegue um em pouco tempo- digo, tentando anima-la.

Laura- você falou isso da última vez que conversamos- rebate.

Maya- e ainda acredito nisso- digo, sentindo o cansaço dominar meu corpo.

O silêncio se instala durante alguns segundos, enquanto eu bebo um pouco de água, mas sou surpreendida quando escuto batidas na porta da frente.

Franzo a testa e vou na direção do barulho, ouvindo as batidas seguintes.

Abro a porta e, assim que reconheço seu rosto, coloco as mãos na cintura.

Maya- de novo?!- digo, vendo um pequeno sorriso se formar no seu rosto.

Lucas- oi pra você também- diz e eu reviro os olhos.

Maya- o que foi agora?- pergunto- uma das suas ficantes te colocou pra fora?!- acrescento.

Lucas- sabe que eu sou totalmente disponível só pra você- rebate, abrindo o seu sorriso irresistível.

Maya- até parece- falo, virando as costas pra ele.

Vou em direção a cozinha de novo, ouvindo ele entrar e fechar a porta.

Laura- de novo?!- diz e eu apenas encolho os ombros.

Lucas- tô sem luz- se explica, enquanto se acomoda em uma das cadeiras em volta da mesa.

Maya- tô começando a achar que você tem medo de dormir sozinho- comento, enquanto ajudo a minha prima a servir a comida nos pratos.

Lucas- isso é algum tipo de convite?!- rebate, com um tom de malícia na voz.

Maya- vai sonhando- digo.

Escuto a risada da garota ao meu lado e acabo revirando os olhos.

Laura- vocês precisam resolver logo esse rolo- diz, enquanto levamos os pratos em direção à mesa- essa tensão vai acabar matando os dois- acrescenta, entregando um dos pratos de comida pra ele.

Lucas- relaxa- diz, enquanto nós duas nos sentamos ao seu lado- algum dia ela admite e não vai me largar mais- acrescenta, com um tom de certeza na voz.

Maya- você vai acabar morrendo de tanto esperar por esse dia- rebato, comendo a comida do meu prato.

Lucas- eu sou paciente- comenta.

Eu reviro os olhos e olho na direção da Laura, vendo ela balançar a cabeça negativamente enquanto ri da nossa conversa.

Maya- aí- falo, atraindo o olhar da garota- vamos visitar seus pais esse final de semana?!- pergunto e ela assente.

Laura- eles já tão com saudade de você- comenta.

Lucas- e eu?- pergunta, intercalando o olhar entre nós duas- onde vou ficar se acabar a luz de novo?!- acrescenta e eu reviro os olhos.

Penso por alguns segundos, depois lanço um rápido olhar na direção da minha prima, que abre um pequeno sorriso.

Maya- eu te dou a chave reserva- falo, olhando pra ele de novo- se você nos levar até a casa deles- sugiro.

Lucas- beleza- concorda, encolhendo os ombros.

Maya- e mais uma coisa- digo, prendendo a atenção deles- nada de sexo por aqui, isso não é motel- acrescento.

Um sorriso se forma no seu rosto e reviro os olhos mais uma vez, sabendo exatamente o que está pensando.

Lucas- você tem que aprender a controlar esse ciúme- diz, fingindo preocupação.

Maya- vai a merda- rebato, fazendo os dois rirem.

Operação CegaOnde histórias criam vida. Descubra agora