Capítulo 28

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Miguel- eu quero que você fale com todos eles e descubra o que foi que deu errado- diz, com firmeza na voz- como conseguiram invadir tão rápido e por que demoraram tanto pra perceber- acrescenta, parecendo irritado.

Davi- deixa comigo, chefe- diz, saindo daqui logo em seguida.

Eu desvio meu olhar do homem e fixo a minha atenção na garota parada ao meu lado.

Melanie- aí- digo, atraindo seu olhar- você tá bem?- pergunto.

Laura- sim- responde, com o tom de voz baixo.

Mesmo tentando parecer tranquila, consigo perceber que não está.

Melanie- ela vai ficar bem- digo, tentando tranquiliza-la.

A garota apenas abre um pequeno sorriso, assentindo.

De repente, alguém chamando nossos nomes chama a atenção de nós três.

Luiza- ai, deus- diz, enquanto se aproxima- vocês tão bem?- pergunta, preocupada.

Enquanto a garota abraça o homem à minha frente, vejo outro homem se aproximando de nós.

Eu vou até ele e o abraço, sentindo o alívio por ver que está bem.

Melanie- obrigada por não morrer- digo.

Escuto uma pequena risada vindo dele, enquanto me abraça de volta.

Vinícius- a sua perna- fala, depois de alguns segundos e eu me afasto do abraço.

Ele olha pra baixo, analisando o sangue seco manchando a minha calça.

Melanie- tá tudo bem- digo, atraindo o olhar dele pro meu rosto de novo- isso não foi nada- acrescento.

Mesmo com a expressão de preocupação no seu rosto, ele assente.

Luiza- Mel- chama, atraindo a minha atenção- tudo bem?- pergunta, me analisando de cima abaixo.

Melanie- sim- respondo, me aproximando dela- e você?- pergunto de volta.

Luiza- eu consegui me esconder a tempo- responde.

Sinto mais uma vez um pequeno alívio me atingir ao saber que está bem.

Vinícius- e como elas estão?- pergunta, atraindo a atenção de todos nós.

Ninguém responde imediatamente e acho que todos esperam que seja o Miguel que fale alguma coisa, mas ele não faz isso.

Laura- conseguiram tirar a bala do ombro da tia Jo- responde, depois de alguns segundos em silêncio- mas a Maya ainda tá na cirurgia- acrescenta.

Miguel- a Evelyn tá lá dentro- comenta.

Luiza- ela vai conseguir- fala- a MC é forte e, bom, eu confio na Eve- acrescenta.

Nós todos nos entreolhamos e, depois de alguns segundos, assentimos, concordando com ela.

...

Passo pela porta, entrando na casa e continuo seguindo os dois.

Fecho a porta e acendo as luzes, encontrando a maior parte da sala uma completa bagunça.

Joana- ah não- resmunga, analisando as coisas reviradas ao nosso redor.

Miguel- vamos- diz, guiando-a em direção ao corredor.

Sei que ao ver decepção da sua mãe, ele fica ainda mais irritado, mas tenta não demonstrar.

Assim que os dois somem da minha visão, eu volto a analisar o estrago da sala em que estou.

Solto um longo suspiro e começo a arrumar, sem saber muito bem por onde devo começar.

Operação CegaOnde histórias criam vida. Descubra agora