Empata foda.

458 31 27
                                    

No dia seguinte eu acordei cedo como de costume, fui até a academia da universidade, em meio a volta pro dormitório alguém me chama a atenção e eu reviro os olhos já reconhecendo a pessoa.

Xx: Miguel, você está atrapalhando a gente.

- Entendi, mas e o Fo ?

Xx: Fo ?

- O foda-se. - Digo continuando o caminho enquanto a pessoa caminhava bem atrás de mim.

Xx: Achei que tínhamos um acordo.

- Esse acordo só existem enquanto me convém, no instante em que ele deixa de ser interessante pra mim, eu não ligo mais pra ele.

Xx: O que quer dizer ?

- O que eu quero dizer é que eu faço o que eu quero, a única pessoa que manda em mim, é minha mãe, eu nunca fiz nada antes por que eu não tinha o menor interesse, mas agora eu tenho e não tem nada que você ou aquele bando de esquisitos possam fazer.

  Dou um sorriso convencido entrando no meu dormitório pra tomar um banho e me arrumar pras aulas. Após meu banho alguém bate na minha porta e eu reviro os olhos, mas mesmo assim vou atender, estava de toalha enrolada em volta da cintura secando o cabelo com outra toalha. Assim que abro a porta a olho de cima a baixo.

S/n: Eu... - Ela estava olhando o celular mas quando pôs os olhos em mim vi suas bochechas mudarem de cor ficando em um vermelho vivo, seu olhar rolou pra baixo e subiu novamente parando em meu abdômen.

- Só pra você saber, meus olhos estão aqui em cima. - Ela olha no meu rosto dessa vez e eu dou uma risada.

S/n: Foi mal, eu queria te contar um negócio que eu descobri, não sabia que você tava assim, eu volto mais tarde.

  Ela diz rápido se embolando com as palavras, a puxo pela cintura fechando a porta atrás dela.

- Fica a vontade aí, eu só vou me trocar rapidinho.

  Ela fica paralisada enquanto eu me afasto rindo, pego uma muda de roupa no meu guarda-roupa e entro no banheiro, visto uma calça moletom e saio do quarto com a camisa pendurada no ombro, dessa vez ela já tava sentada na cama mexendo no celular, mas o tom de vermelho volta pro seu rosto quando ela me olha.

- E aí, o que tinha pra me dizer ?

S/n: Eu encontrei um relato de um antigo aluno daqui, que diz ter sido capturado pela OSA, mas isso faz muito tempo, mais de 90 anos atrás, então existiu uma organização secreta...e como tem gerações de turma...

- Pode ter gerações da organização. - Completo.

S/n: Isso aí.

- Onde você achou esse relato ?

S/n: Aqui. - Ela me mostra o celular e eu olho, eram comentários sobre a faculdade em uma postagem da universidade, esse comentário era bem antigo, ela deve ter descido bastante pra achar.

- A gente pode tentar mandar mensagem pra esse cara.

S/n: Eu olhei o perfil dele, ele faleceu já tem uns anos, e agora o perfil dele é uma página de memória pra ele, quem gerencia a conta é o filho dele.

- Talvez o filho dele saiba de alguma coisa.

S/n: Talvez, mas a gente vê isso depois, agora a gente tem que ir pra aula... - Seus olhos voltando pro meu abdômen, dou um sorriso olhando pro lado e pego sua mão colocando em minha barriga arrastando sobre ela deixando que ela sentisse o relevo de cada gominho.

- Eu acho que não ir pra aula só um dia não vai fazer mal.

  Ela continuava paralisada mas aos poucos ela mexeu a mão acariciando minha barriga por conta própria.

- Gosta do que vê ? Ou melhor, do que sente ?

S/n: É tão definido...

  Ela se inclina mais pra perto e eu seguro sua cintura com uma das minhas mãos, ela me olha intercalando entre meus olhos e boca, eu a puxo pro meu colo com ambas as mãos em sua cintura, ela apoia as mãos nos meu ombros e eu aproximo minha boca da dela devagar.

POV S/n

   Minha respiração tava descompassada e ele tava chegando muito perto, mas por um segundo minha mente ficou em branco e a única coisa em que eu pensava era um em como ele beijava tão bem.
   As mãos dele apertavam minha cintura enquanto eu rodeava seu pescoço com meus braços, retribuindo o beijo e pedindo espaço pra língua que logo ele cede, ele me puxa forte contra seu abdômen marcado juntando meu corpo ao dele me fazendo viajar na sensação do seu corpo febril e no beijo que era lento e intenso. As mãos dele sobem pelas minhas costas por baixo da minha blusa me fazendo arrepiar com o toque gélido dos seus anéis em minha pele.

   Toque por toque, beijo por beijo, a cada segundo ia ficando mais intenso, as mãos dele vagavam pelas minhas coxas, cintura e costas. Já as minhas vagavam por nuca, abdômen e rosto.
   Aos poucos ele me deita na cama que acho eu que era dele, minhas mãos vão pras suas costas deixando marcas de arranhões, ele põe uma mão em meu pescoço apertando de leve de maneira que só dava uma sensação gostosa. Quando a falta de ar se fez presente nos entreolharmos ofegantes, Miguel tinha um sorriso ladino em seu rosto e eu nem tinha reação pra o que tinha acabado de acontecer.

Miguel: Finalmente em. - Ele diz em voz baixa.

- Cala a boquinha e não fala nada.

  Ele apenas ri balançando a cabeça em negativo, tirando a mão do meu pescoço e deslizando pra minha barriga devagar subindo mais devagar ainda até alguém entrar no quarto e eu sair debaixo do Miguel no mesmo segundo.
  Já ele dá um murro no colchão olhando pro garoto que acabou de entrar.

Miguel: Tinha que aparecer agora ?

Jacob: Eu não sabia que se entrasse agora ia atrapalhar.

- Não atrapalhou nada.

Miguel: Ah, atrapalhou sim, na próxima vê se não entra, me manda mensagem, se eu não responder você vaza, jaé?

Jacob: Eu já tô saindo. - Ele ri.

Longe de mim - Miguel MoraOnde histórias criam vida. Descubra agora