Profano.

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- Me fala, te machucaram?

Antes que ela pudesse responder, fui surpreendido por um abraço apertado de S/n. O gesto me pegou desprevenido, mas não hesitei. Passei a mão pelas costas dela, tentando transmitir segurança.

S/n: Eu tô bem - murmurou ela, com a voz abafada pelo meu ombro.

Brady: Momento lindo e tudo mais, mas deixa eu perguntar, como que você entrou aqui ?

Mason: Olha pra ele, certeza que seduziu geral e agora veio resgatar a gente.

- Na verdade, eu tava infiltrado, descobriram e ficaram me ameaçando por conta da S/n, mas eu bolei um plano com o Jacob, arrumamos vários novos infiltrados e agora o pessoal da OSA tá com uma arma apontada na cabeça.

  Eu falei tudo isso com uma seriedade extrema, até porque não passavam de verdades, Brady me olhava nitidamente assustado.

Mason: O olhar de mil medos.

  Brady apenas revira os olhos e eu aponto pra saindo, instruindo que fossem na frente. Any esperava a gente do outro lado da porta e novamente fiz todo aquele percuso até chegar na sala onde todos estavam calados e a grande maioria tensa.

Mason: Oxi japonês, tá fazendo o que aí?

S/n: Esqueci de falar, o Tristan é a cabeça por de trás da volta da OSA.

Brady: Por mais surpreso que eu esteja, você não quis dizer "cérebro"?

S/n: É que normalmente o cérebro costuma a ser a concentração de toda a inteligência, e a gente só descobriu tudo por conta dele mesmo.

Mason: KKKKKKKKKKKKK, carai japa, normalmente a gente não posta.

- Beleza, deixa eu pensar o que eu faço com vocês...

  Foi só abaixar a guarda um único instante que um dos participantes da OSA conseguiu pegar a S/n de refém, desgraça de mulher que é meu ponto fraco.

Xx: Libera a gente ou eu atiro nela.

Mason: Não grita. 🤫

  Felizmente Mason nos poupou do drama batendo com uma garrafa termica na cabeça do cidadão que não desmaiou mas caiu no chão.

Brady: O cara ameaçando salvar um dia.

Mason: Ato heróico culposo, quando não há intenção de ter.

   Mesmo Mason já tendo resolvido as coisas eu fiquei irritado, já sabem que eu não tô de brincadeira e ainda fazem graça com a única coisa que me  tira do sério.
   Antes que eu pudesse perceber a minha arma já estava apontada e engatilhada na direção do cara caído no chão, eu estava pronto pra atirar, mas olhei pra S/n que me encarava nos olhos, e então eu relutei.

S/n: Atira, eu sei que você é perigoso.

- Não sou..

S/n: Sim você é.

   O barulho de tiro ecoa pela sala, o chão sendo manchado de vermelho pelo sangue que escorria.

- Feliz agora ? - Coloco a pistola de volta na cintura.

P.O.V S/n

  Tem alguns minutos que eu, Mason, Brady e óbvio, o Miguel estamos no refeitório. Miguel resolveu chamar a polícia pra OSA, e agora a faculdade inteira tá rodeada de viaturas, todos os envolvidos vão pra cadeia e nós estamos meio sei lá...é tão estranho, mas pelo menos acabou, meus amigos estão vivos.

- Você disse que descobriram que você era um intruso, e que ficaram te chantageando por minha causa, como assim ?

Miguel: Disseram que iriam te matar se não fizesse o que eles estavam me mandando...

- E por que não deixou que me matassem?

  Miguel respira fundo e eu até desvio o olhar achando que ele não ia me responder.

Miguel: Porque eu...te amo.

  Eu ia perguntar porquê, e como ele sabia que me amava, mas naquele momento eu só resolvi ser sincera.

- Eu também te amo..

Brady: Dizendo que ama aqui.

Mason: Ki ama ? 🦜 - Eu dou uma risada baixa. - A gente só ama a Deus, gosta dele, gosta dele.

- Ter sido sequestrado não te fez bem.

Miguel: O que não fez bem foi a falta de buceta.

Mason: Verdade, inclusive eu vou já já descolar a gatinha da vez.

- Sério Mase? Eu acho que nada no mundo tá ruim pra ti enquanto tiver mulher.

Mason: Exatamente. - Ele olha pro Brady que parece bem feliz. - Qual foi paquita ?

Brady: Tua irmã tá solteira e eu tô na área, vou lá dar uma consolada nela.

Mason: Tô ligado a consolada.

P.O.V Miguel

Estávamos na minha casa. Eu queria que ela tivesse um momento de paz, um lugar onde pudesse relaxar de verdade, longe de qualquer tensão. Por isso, preparei tudo com cuidado: um banho morno, velas espalhadas pela borda, flores flutuando na espuma, um aroma suave de óleo essencial preenchendo o ar, música baixa e um bom vinho. Era o mínimo que ela merecia.

Enquanto ela relaxava na banheira, fui até o quarto pegar dois roupões. Quando voltei, seus olhos me seguiram, subindo devagar pelo meu corpo até encontrarem os meus. O rubor nas suas bochechas me arrancou um sorriso.

-  Já relaxou mais? - perguntei, entrando na água e sentindo o calor me envolver.

S/n: Bem mais. - Ela sorri

Dei um pequeno aceno e abri os braços.

- Vem cá.

Sem hesitar, ela se ajeitou, encostando no meu peito. Meu braço deslizou por sua cintura, segurando-a de leve, enquanto ela suspirava.

S/n: Nossa, parece um travesseiro.

Fiquei em silêncio por um momento, apenas sentindo a respiração dela, o calor do corpo tão próximo ao meu. Então, não aguentei mais guardar a pergunta que martelava na minha cabeça.

-  Mulher, eu sou ansioso, então responde uma pergunta: nós somos um casal da porra, ou não somos porra nenhuma?

Ela levantou a cabeça, me encarando. A resposta veio baixa, mas firme.

S/n: Eu não sei te falar com certeza... mas comigo ou você me deixe viver ou viva comigo, me mande embora ou me faça de abrigo.

Um sorriso lento surgiu nos meus lábios.

-  Já respondeu minha pergunta, então.

Segurei seu rosto com as duas mãos, os dedos deslizando de leve por sua pele. Ela fechou os olhos, e eu me inclinei, iniciando um beijo calmo. Era diferente, cheio de intensidade e ao mesmo tempo delicado, como se o tempo tivesse parado só para nós dois.

O mundo lá fora não importava mais. Só existíamos nós, naquele momento.



Oi bebês, tudo bem ?
Flertei tanto nós comentários que me mandaram pv pedindo fic minha COM hot KKKKKKKKKKK? Seduzi tanto assim ? 😮

Longe de mim - Miguel MoraOnde histórias criam vida. Descubra agora