Capítulo 15

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Satoru bateu tão forte a porta da frente que se sentiu culpado ao ouvir os protestos de Suguru

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Satoru bateu tão forte a porta da frente que se sentiu culpado ao ouvir os protestos de Suguru.

O coração dele estava prestes a sair pela boca. De repente, um fio de suor frio percorreu por toda sua espinha e adentrou a cueca, deixando até sua bunda arrepiada. Ele nunca se viu numa situação tão desesperadora em toda sua vida.

Satoru, tá tudo bem?

"Não, eu acabei de comer a sua filha e ela tá pelada no meu quarto agora mesmo" foi o que ele pensou, mas não teve coragem de dizer.

— Ah... s-sim! Eu só tô com... a sala bagunçada!

Não houve resposta, mas ele sabia que, muito provavelmente, Suguru deveria estar com um ponto de interrogação gigante na testa.

Não é como se eu nunca tivesse visto sua sala desarrumada. Anda, abre logo essa porta.

— Espera!

Ele olhou ao redor e engoliu em seco. As roupas de Laura ainda estavam espalhadas, então ele correu e pegou o máximo de itens possíveis. Um sutiã, uma blusa, um shorts (minúsculo, por sinal), os tênis e uma única meia.

Sem tempo para mais enrolação, jogou tudo na área de serviço e voltou para a porta. Abriu com um sorriso amarelo e permitiu a passagem de Suguru, que já se achegou como se estivesse em casa.

Ele tagarelava sem parar sobre qualquer assunto trivial e perfeitamente natural, mas Satoru estava com a mente em outro lugar. O som do chuveiro havia desaparecido e ele só conseguia pensar que Laura iria aparecer naquele corredor a qualquer momento, completamente nua e dar de cara com o pai dela. Estava aterrorizado, pálido, assombrado. Nunca se sentiu tão mal quanto naquele momento.

— Satoru, o que aconteceu? Você parece tão... assustado.

— Ah, não é nada, Suguru. — Riu sem graça e esticou o corpo. — Eu estava fazendo uns nuggets e ia abrir uma bebida. Você quer?

— Eu aceito. Eu ia trazer um uísque pra gente jogar conversa fora, mas acabei esquecendo de passar na adega.

— Hahaha! SUGURU, SUGURU, SUGURU, você é muito engraçado! — Satoru falou com o tom de voz bem mais alto do que o costumeiro, torcendo para que Laura ouvisse.

Geto franziu o cenho e estranhou o comportamento do amigo, mas não o questionou.

Ele serviu os nuggets e tentou guardar alguns discretamente para Laura não morrer de fome. Mordeu o lábio inferior e serviu para o melhor amigo um copo de uísque com gelo.

A televisão estava ligada no canal de esportes, mas nenhum dos dois tinha interesse em assistir. Suguru Geto parecia interessado em fofocar.

— Nuggets e uísque escocês, isso é tão Satoru Gojo. — Suguru deu risada.

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