Stone

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N/A: Escutem stone, da Alessia Cara, se puderem. Saberão a hora de dar play, e prometo que não irão se arrepender. ;)



POV LAUREN


- Estou te dizendo, Vero, ela é coisa de outro mundo.

Eu estava junto de Vero na lanchonete do hospital, beirava a hora do almoço e nós estávamos aproveitando a repentina falta de casos de emergência para forrarmos o estômago. Beberiquei meu suco de uva enquanto a escutava dizer:

- Qual é, Laur, há quanto tempo você não transava, um ano? Ela é tão sensacional assim?

Revirei os olhos para Vero.

- Nem faz tanto tempo assim. Mas vá por mim, você vai saber do que estou falando quando se apaixonar por alguém, Iglesias, é completamente diferente. Nunca havia provado nem um terço do que senti ali, com ela. Olhando para trás, tudo parece completamente efêmero.

Vero respirou fundo e mordiscou uma de suas batatas fritas. Mordi o último pedaço do meu sanduíche de presunto quando meu bipe, sincronizado com o de Veronica, apitou por cima da mesa.

- Naufrágio na costa sul da orla. Vamos receber todas as vítimas. - Vero leu a mensagem em voz alta e abocanhou sua última batata. Nos pusemos a correr para o andar da emergência. Quando já estávamos dentro do elevador, Vero me questionou:

- Já comprou o anel? - Bati em minha própria testa como quem se lembra de algo.

- Droga, era pra eu ter feito isso a dias, você é a segunda pessoa que me diz isto!

- E quem foi a primeira? – Vero indagou.

- Uma garotinha de 3 anos. - Vero soltou uma boa gargalhada. Eu já deveria estar com este anel em mãos há dias. O elevador se abriu.

- Nos atualize, Ivy. - Vero pediu à enfermeira que nos esperava na entrada de ambulâncias.

- Explosão e naufrágio de um barco de pequeno porte à aproximadamente 4 quilômetros da costa sul de Miami. São 12 vítimas resgatadas com vida e 3 desaparecidas. Temos traumas de tórax, traumas de crânio, desmembramentos, possíveis fraturas e afogamentos. As ambulâncias começam chegar em 3 minutos, temos apenas 5 salas de cirurgia vagas neste momento; a equipe de urgência está mobilizada, porém desfalcada; portanto, teremos que montar uma ordem de possíveis cirurgias baseada no grau de risco de morte dos pacientes ou solicitar transferências ao Miami Care.

Ambas acenamos com a cabeça e nos vestimos dos aventais e luvas, Ally e Normani chegaram às pressas, já vestidas e acompanhadas de seus residentes.

- Há crianças entre as vítimas? – Ally perguntou em voz alta, para a equipe à nossa volta.

- Sim, Dra. Brooke, 10 e 7 anos. Ambos garotos. - Ally acenou positivamente e sorriu para nós, dizendo:

- Eu nunca estive tão cercada por médicas lésbicas em toda a minha vida.

Vero, Normani e eu rimos e foi Normani quem a respondeu:

- Isso se agravaria se Camila e Dinah estivessem dentro daquela ambulância que vem logo ali. – Ela apontou para o lado esquerdo, da onde vinha um veículo com as sirenes ligadas. Ela certamente havia transado com Dinah na noite da festa, sem sombra de dúvidas; acabara de se entregar e entregar Dinah. Eu contaria isso para Camila depois.

Sorri. Eu sempre imaginava que seria Camila chutando aquela porta sensualmente novamente. Me posicionei com Normani atrás do primeiro veículo enquanto Vero e Ally se direcionaram para o segundo. O paramédico rapidamente iniciou sua fala, colocando a primeira maca para fora do furgão e nos provocando uma assustadora primeira impressão:

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