Damn, Camila!

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POV LAUREN


- Lauren, eu não acredito que você foi ver a Camila desse jeito!

Taylor disse, assim que coloquei os pés em minha casa; tranquei a porta da frente atrás de mim e a fitei, lhe respondendo em seguida:

- Vem cá, alguém pediu sua opinião, pirralha?

Taylor riu, e eu também, eu não a chamava assim há anos.

- Eu estou bem tranquila, pelo menos não fui a um encontro de pijamas.

Bufei.

- Ela não se importou, disse que me prefere assim.

Taylor soltou uma gargalhada alta, e disparou:

- Ah, então pode relaxar, ela está perdidamente apaixonada por você.

Sorri, eu também estava perdidamente apaixonada por ela. Disse, tentando parecer durona:

- Ande, vá dormir. Aproveite o dia amanhã e arrume um emprego.

Ela me mostrou o dedo do meio enquanto subia as escadas e eu neguei com a cabeça. Taylor deveria ser estudada, é mais preguiçosa que um urso em época de hibernação.

Dirigi-me até a cozinha para beber um pouco de água, eu estava faminta também, então, além da água, retirei da geladeira também um pouco de queijo, para fazer um sanduíche.

Comi o meu queijo quente, ou melhor, o devorei; enquanto navegava pelo perfil de Camila do Instagram, finalizei meu lanche e subi as escadas olhando foto por foto, admirando a beleza ímpar e o sorriso brilhante da garota que fazia cada vez mais o meu peito subir e descer; entrei em meu quarto rindo de algo que Dinah havia postado no aniversário de Camila, elas realmente formavam uma dupla e tanto.

Me joguei em minha cama com vontade, como se quisessem me afundar nela, mas definitivamente eu não queria fazer isso sozinha. O vento batia na vidraça de meu quarto e, mesmo não havendo nenhuma fresta aberta, eu podia sentir o frio presente no cômodo.

O quarto escuro me despertou vontades que estavam há tempos reprimidas dentro de mim, desejos que se faziam cada dia mais presentes em meu ser, sentidos que se aguçaram com a chegada de Camila em minha vida. Dei play no controle do aparelho de som, ajustei o volume e o deixei bem baixo, suave, quase como um sussurro; voltei a olhar as fotos da minha latina favorita enquanto a melodia da versão acústica de Sex, do The 1975, invadia todo o ambiente, o tornando mais leve.

Meu celular vibrou exatamente às 00:43, com uma mensagem que me fez caminhar ainda mais para a beirada do precipício.

"Está ficando cada vez mais difícil te ter em meus braços por apenas alguns minutos, Lauren Jauregui; estou indo atender um possível infarto fulminante no seu bairro, queria muito, muito mesmo, escalar a sua janela."

- Droga, eu estou realmente fodida.

Esbravejei, mas esbravejei com um sorriso no rosto, afinal, estávamos falando de Camila Cabello.

"Camila, você não sabe o que está provocando em mim; digo, neste exato momento, eu realmente adoraria te ver entrando por essa janela."

O som do dedilhar do violão na canção que enchia o ambiente embalou a minha reação ao encontrar, dentre as fotos do perfil de Camila, uma fotografia dela na praia, deitada na areia, de olhos fechados, acabando com os resquícios de sanidade que eu ainda possuía. Ela me respondeu:

"Provavelmente você vai me achar uma maluca ou algo do tipo, mas eu desejo me deitar na sua cama desde o nosso primeiro encontro."

Minha calcinha já estava molhada á essa altura, eu podia sentir o desejo me tomar, milímetro por milímetro. Abri as minhas pernas e as fechei em seguida, tentando fazer com que a vontade dela passasse. Em vão.

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