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Estava estudando durante o voo, e só se passaram cinco horas. Vamos trocar de voo na próxima parada. Minha mãe acabou dormindo, e o Pedro também.

?? Olá, gostaria de alguma coisa para comer? — perguntou a comissária de bordo.

Sn: Olá, vou querer um suco de laranja e um sanduíche, por favor — respondi.

A comissária anotou meu pedido e foi buscar. Eu estava com minha garrafinha de água, então só ia comer isso mesmo e continuar estudando. Pisquei e a mulher já estava com meu pedido... ela tem rodinha nos pés?

Agradeci e comecei a comer. Fazia algumas anotações e falava baixinho. Estava de fone, estudando enquanto escutava músicas, até descobrir que a playlist do Spotify estava no modo aleatório. Quando notei, estava cantarolando baixinho "Amanhecer" do BK.

Acordei os bonitos quando o avião pousou. Pegamos nossas coisas e fomos pegar nossas malas novamente para despachá-las para o outro voo. Ainda bem que é a última vez que trocaremos de avião.

Pedro: Caralho, aqui é o país do chocolate, esqueci o nome — disse Pedro.

Sn: Estamos na Suíça — respondi.

Minha mãe despachou as malas, então peguei um cartão internacional que a minha linda mamãe providenciou. Comprei algumas sacolas de chocolates, doces e salgadinhos, além de dois ursinhos fofos. Como estava frio, comprei um chocolate quente para nós três. Paguei pelas bebidas e esperamos minha mãe.

Um grupo se aproximou de nós e começou a falar em japonês. Meu irmão ficou com uma cara de paisagem. Ele não entende muito ainda.

Sn: Olá, em que posso ajudar? — perguntei.

?? Vimos que vocês compraram doces. Queríamos comprar também, mas não conseguimos conversar direito com a vendedora e ficamos com medo de ela cobrar a mais por não entendermos o idioma nem o valor do dinheiro.

Sn: Entendi. Vamos lá, eu os ajudo — sorri para eles. — Pedro, fica aqui. Melhor, vem.

Falei em português e eles olharam confusos. Fui com eles, pegaram tudo o que queriam e fomos ao caixa. Conversei com a vendedora enquanto ela passava as compras e um dos rapazes me entregou o cartão. Paguei com aproximação e devolvi o cartão com a notinha.

?? Obrigado.

Sn: De nada.

Uma das garotas pegou uma barra de chocolate e me entregou.

?? Como agradecimento por nos ajudar.

Sn: Não precisa, moça.

?? Eu insisto.

Agradeci e voltei para onde estávamos esperando minha mãe. Não demorou muito para ela chegar, pegou o chocolate quente e começou a beber. Logo avisaram que era hora de irmos para a área de embarque do voo.

Mais algumas horas e finalmente estávamos em solo japonês.

Sn: Última parada, Tóquio! — eu disse, eufórica. Nem parecia que estava triste horas atrás por deixar o Brasil.

Mãe: Pede um táxi enquanto levamos as malas para o ponto — disse minha mãe.

Sn: Ok!

Fui para fora e observei um grupo de motoqueiros, provavelmente de uma gangue, pelas roupas. Não foi difícil pegar um táxi. Foi bem rápido. Meu irmão e eu guardamos as malas no porta-malas enquanto minha mãe passava o endereço para o motorista.

Quando chegamos na casa, achei-a bem grande para três pessoas. Quatro quartos, todos suítes, mais um banheiro no andar de baixo, cozinha e sala grandes, duas varandas espaçosas e um quintal grande, só não tem piscina.

Sn: Meu Deus, essa casa é enorme. Vou chorar para limpar...

Colocamos as malas dentro e percebi que a casa parecia ainda maior por dentro. Escolhi meu quarto, o último do corredor.

Mãe: Essa casa tem isolamento acústico — disse minha mãe.

Sn: Vou fazer uma rave aqui...

Ela me deu um peteleco e eu comecei a rir. Mandei mensagem para os meninos avisando que já estávamos em Tóquio e que eu iria dormir. Aqui eram dez da noite, no Brasil, dez da manhã. Peguei uma muda de roupa na mala e tomei um banho.

Sn: Ainda bem que eu trabalhava no Brasil nas férias... juntei um bom dinheiro, vai dar para arrumar esse quarto do jeito que eu quero.

Beijos beijos. Até o próximo capítulo ✨

Tokyo Revengers e a brasileira Onde histórias criam vida. Descubra agora