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O primeiro dia de aula começou com as apresentações habituais e a familiarização com a turma. Almocei com meu irmão, que comentou sobre alguns garotos da sala dele que se achavam delinquentes. Após mais algumas aulas, finalmente chegou a hora de ir embora.

Sn: Eu ouvi um amém?

Eu estava rindo ao lado do Pedro quando ouvimos barulho de torcida. Curiosos, fomos investigar.

Pedro: I mané, aquele lá é da minha sala.

Sn: E tá tomando uma surra…

??: Tragam o meu taco!

Essa foi minha deixa para intervir.

Sn: Segura isso aqui.- Pedro pegou o que eu entreguei a ele, sabendo que quando eu fico com raiva, não há como me parar.

Desci calmamente até ficar a um metro de distância do tumulto.

??: Peguem meu taco, seus filhos da puta!

Sn: Ei, irmão, chega dessa palhaçada, né? Já vimos que você perdeu e o loirinho ganhou por insistência.

Todos ficaram surpresos ao me ver.

??: Calma, boneca. Já conversamos. Vai mais para lá antes que eu te machuque também.- Ele me olhou com um sorriso nojento.

Estiquei o pescoço e me preparei para agir. Ele virou de frente para mim, o que facilitou meu movimento. O loirinho estava no chão, machucado e incapaz de falar.

Andei calmamente e estendi a mão para o garoto caído.

Sn: Vem, levanta.- Ele me olhou assustado.- Vai logo, menor, não tenho o dia todo.

??: Sua vadia.- Ele segurou meu ombro, e eu olhei de canto de olho.- Você sabe quem sou eu?

Sn: Um bosta? E você sabe em quem está encostando.- Meu olhar mortal o fez travar o maxilar e franzir o cenho.

Ele apertou meu ombro e, num movimento rápido, eu o chutei no estômago.

Sn: Tira a pata, verme.

Ele se curvou pela falta de ar, mas se recuperou rapidamente. Ele veio para cima de mim, e eu apenas desviava e ria.

Sn: Você é fraco.- Ele travou o maxilar ainda mais. Eu o derrubei com uma rasteira e chutei seu estômago.- Vou lhe mostrar como é ser o mais fraco. Levanta.

Afastei-me e prendi meu cabelo em um coque. Ele se levantou, parecendo um touro raivoso. Seus golpes eram lentos, mas ele tinha uma boa postura para lutar.

Desviava e, de vez em quando, acertava alguns socos no seu abdômen e tronco. Não sou uma boxeadora, mas sei bater. Ele conseguiu acertar um soco no canto da minha boca, fazendo-a sangrar. Comecei a aplaudir.

Sn: Parabéns, você me acertou um golpe.

Dei-lhe uma meia-lua invertida e uma rasteira. Ele não caiu, então finalizei com uma meia-lua de compasso, o suficiente para derrubá-lo.

Novamente, estendi a mão para o loirinho.

Sn: Levanta.

Ajoelhei-me após levar um golpe inesperado.

Pedro: SN!

Senti uma dor na cabeça e me levantei irritada.

??: Tragam meu taco! Vou matar essa vadia e esse desgraçado!

Sn: Quem vai te matar sou eu, seu puto...- Meus olhos estavam cheios de ódio.

??: Ei, Kiyomasa, arrumando confusão com uma mulher?

Quem é esse cara? Por que ele carrega aquele pivete? Será filho dele?

Todos: BOM TRABALHO, COMANDANTE!

Todos se curvaram quando viram o nanico. Será que esse cotoco é tão importante assim? Já é um delinquente desse tamanho? Cadê os responsáveis dessa criança?

Levantei uma sobrancelha, observando essa situação ridícula. Ele parecia um cãozinho de madame com aquele penteado, fofo, mas ainda assim um cachorrinho.

Beijos beijos. Até o próximo capítulo ✨.

Tokyo Revengers e a brasileira Onde histórias criam vida. Descubra agora