Revoltada era pouco, eu estava muito irritada. Olhei no relógio e vi que eram 7:50.
Sn: Baji, seu imundo! Você disse que eram 8 horas quando veio me perturbar, seu desgraçado!
Baji: Eita... Acho que olhei errado no relógio... - Ele falou, se colocando atrás do meu irmão e dos meninos.
Terminei de passar o café e tomei sem adoçar, preciso acordar.
Pedro: Vamos sair? Ela tomou café puro... é um perigo ela matar a gente.
Sn: Fica tranquilo, vou treinar. - Subi vestindo uma roupa que me permitisse movimentar com facilidade e fui para a garagem, que também é a academia.
Com uma playlist motivadora, fones que tenho certeza de que não sairiam mesmo se eu pulasse muito, água, e ataduras, estava pronta.
Pobre saco de pancadas... eu queria muito bater nos meninos. Lembrei que tenho aquele treco de dar soco no ritmo da música.
Sn: É, meu querido GUITAR HERO, vamos ver se você funciona. Ganhei do Diego e se usei você duas vezes, foi muita coisa.
Coloquei uma música e lá estava eu. Meu estresse foi sumindo enquanto eu ia cantando junto com os socos.
Izana: Que brinquedinho legal. - Quase que ele tomou um soco.
Sn: Quer morrer, cara? Que susto.
Ran: Já está melhor? Não vai matar ninguém?
Sn: Estou sim, matar talvez eu mate alguém, mas relaxa, nada de muito grave assim.
Eles riram nervosamente. Sentei no chão para beber água e secar o suor.
Sn: Me conta uma coisa agora. - Eles me olharam curiosos. - Quem teve a ideia de vir me acordar?
Izana: Foi o Mikey.
Sn: Ele é retardado? Tipo, falou um monte de coisa porque eu estou com a Valhalla, e agora quer vir tirar uma com a minha cara? Mereço.
Ficamos conversando por um tempo até que Mikey entrou na garagem com cara fechada.
Mikey: Sn. - Ele falou sério.
Sn: Fala. - Respondi, olhando para ele.
Mikey: É sobre a Valhalla. Eles não são o modelo ideal de amigos, são uma gangue perigosa que não liga muito se é homem ou mulher. Se você se meter nos assuntos deles, não ligam em acabar com você. Desculpa pela gritaria de ontem, mas estávamos pensando no seu bem.
Sn: Mikey, eu sou amiga de caras mais perigosos que gangsters adolescentes, pode acreditar. E não se preocupem, caso eles se mostrem esses monstros que vocês falam, eu mesma os corto da minha vida sem cerimônias.
Mikey: Se eles te decepcionarem, não fale que não avisei.
Sn: Tá. - Falei com tranquilidade.
Ele voltou para dentro e eu fiquei olhando, achando graça.
Izana: Eu não ia falar nada, mas por que chamou eles para a sua casa? Nada contra, afinal a casa é sua, mas por que?
Sn: Eu sou amiga do Diego e do Laranja, o nome dele é Alan. - Dei risada. - Diego tem 18 anos, e o Alan 17. Quando éramos crianças, tínhamos sonhos parecidos de viajar pelo mundo e ter uma vida fora do morro. Meu pai era nosso maior apoiador, sempre nos dizendo que tínhamos um potencial incrível, que poderíamos viajar o mundo inteiro e que não precisávamos entrar para o corre. Um dia, nosso maior herói... meu pai, foi morto porque os policiais disseram que na marmita tinha droga para sair do morro. Meu pai era um trabalhador honesto, e o pior foi ver ele tomar todos aqueles tiros sem poder salvar a vida dele. Aos olhos dos meninos, eu deveria ser a dona do morro, porque foi o meu pai morto na nossa frente. Tanto o Diego quanto o Laranja se revoltaram com o mundo e principalmente com a polícia. O Diego virou o Fênix, o líder mais foda que eu conheço. E mesmo eles tendo entrado para o crime, não paramos de ser amigos, continuamos sendo melhores amigos.
Ran: Nossa... não sei nem o que dizer...
Todos eles estavam abismados.
Sn: Tranquilo, só estou falando isso porque as pessoas são mais do que o julgamento dos outros. Eu, por exemplo, uma jovem "favelada" vinda da periferia do Rio de Janeiro, rotulada como usuária e até mesmo vendedora de drogas por muitos da parte rica do Rio. Vocês são os marginais mais arrumadinhos que já vi. No Brasil, vocês passam despercebidos, ninguém diria que são favelados ou de gangue. Agora os que eu mencionei, Hanma, Draken, Shion, Benkei... eles sim, são vistos como bandidos. O Terano nem se enquadra aqui, haha, ele tem mais cara de bandido. É por isso que eu não julgo vocês pelo que falam deles.
Izana: Caramba... você sabe que mudou meu jeito de ver, né? Mesmo sem intenção ou com intenção...
Rindou: Nunca paramos para ver por esse lado.
Sn: É bem louco quando começam a ver fora da caixa, né? - Falei rindo.
Beijos. Até o próximo capítulo ✨
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Tokyo Revengers e a brasileira
FanfictionUma jovem carioca se vê obrigada a se mudar para Tóquio. Relutante em começar uma nova vida em um país diferente, ela decide seguir em frente por amor à sua mãe, que é mãe solo e cuida dela e de seu irmão. Desde pequena, a garota aprendeu a se virar...