Em '16 anos depois ', Eliz e Kiara se veem confrontadas com o ressurgimento do amor que compartilharam na adolescência, quando descobrem que seus filhos estão namorando. Embora ambas estejam comprometidas em casamentos estabelecidos, a intensidade d...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu estava em um sono profundo até que acordo com minha mãe me gritando
— Você está atrasada mocinha. Levanta!
Ela diz enquanto entra no quarto
— Que bagunça Kiara
Ela pega algumas roupas minhas que estavam no chão
— Bom dia pra você também dona Eliz Martinez
Falo sentando na cama
— Bom dia meu amor
Ela se senta ao meu lado e beija minha testa
— Se arruma rápido, tô te esperando lá em baixo pra tomar café
— Tá bom mãe!
Ela sai. Levanto da cama e vou em direção ao banheiro. Saio do banho, termino de me arrumar e desço para tomar café
— Bom dia pai, bom dia chato
Sento na mesa ao lado do meu irmão e da minha mãe
— Bom dia meu amor
— Bom dia feia
Lian fala enquanto come
— Vamos crianças, vocês já estão mais do que atrasados
Minha mãe levanta e pega a chave na mesinha perto da porta.
— Estou esperando vocês lá dentro do carro
— Tá bom!
Ela sai e eu termino rapidamente de tomar café. Cheguei à escola com o habitual brilho nos olhos. O sol da manhã iluminava o pátio, e o som de risadas e conversas preenchia o ar. Vejo Ana e Luiza perto da entrada e corro até elas.
— Bom dia, meninas!
— Bom dia, Kiara! Parece que você dormiu bem.
— Com certeza! Está com uma energia incrível hoje.
— Ah, nem tanto. Acho que é só a empolgação de mais um dia.
Enquanto conversávamos, percebo que já está quase na hora da aula. Aceno para as amigas e vou até meu armário pegar algumas coisas. Começo a caminhar rapidamente em direção à sala de aula, quando, de repente, esbarro em alguém. Meus livros caem no chão.
— Ai, me desculpa! Não vi você aí...
Abaixo-me para pegar os livros e levanto o olhar, encontrando um par de olhos azuis impressionantes.
— Não tem problema, foi minha culpa também. Eu sou o Matteo, aliás.
— Eu sou a Kiara. Bem-vindo à nossa escola.
Dylan sorri, e sinto minhas bochechas corarem.
— Obrigado, Kiara. Espero não ter assustado você.
— Não, de jeito nenhum. Só fui pega de surpresa. Bom, vejo você por aí!
Pego os livros e entro na sala, ainda pensando no encontro inesperado. Assim que me sento, Ana e Luiza se aproximam.
— O que aconteceu? Você está vermelha!
— Gente, vocês não vão acreditar. Eu esbarrei no menino novo, o Matteo
— Sério? Ele é tão bonito quanto dizem?
— Até mais do que falam. Ele tem os olhos mais lindos que eu já vi.
— Eu ouvi que ele é americano, e a mãe dele é brasileira. Por isso ele veio fazer intercâmbio aqui.
— Sim, e parece que ele vai ficar até o final do ano letivo. Legal, né?
— Muito. Não sei, tem algo nele que... Ah, eu nem sei explicar.
— E você já falou com ele?
— Um pouquinho, quando esbarramos. Ele foi super gentil.
— Olha só, Kiara. Talvez tenha algo aí. Quem sabe?
— Ah, vamos ver, né? Por enquanto, só quero conhecê-lo melhor. Ele parece ser uma pessoa muito legal.
O sinal toca, interrompendo nossa conversa. Vamos para os nossos lugares, mas não consigo tirar Matteo da cabeça. Aquele encontro inesperado poderia ser o começo de algo especial.
Depois da aula, saio da sala e vou com Ana e Luiza para a quadra da escola. O sol da tarde está mais suave, criando um ambiente perfeito para relaxar e conversar.
— Vamos sentar ali, naquela sombra?
— Boa ideia. Minhas pernas estão pedindo um descanso.
Nos sentamos na sombra de uma árvore, e começamos a falar sobre a aula e os planos para o fim de semana. Pouco tempo depois, vejo Matteo se aproximando com um sorriso no rosto.
— Oi, meninas!
— Oi, Matteo! Tudo bem?
— Tudo ótimo. E com vocês?
— Tudo tranquilo.
— O que você conta de bom?
— Então, alguns colegas meus estão organizando uma festa de boas-vindas pra mim. E eu queria saber se vocês querem ir.
— Sério? Que legal! Quando vai ser?
— Vai ser amanhã à noite, na casa da Camila. Vai ser bem descontraído, só para a galera se conhecer melhor.
— Parece divertido. Eu topo!
— Eu também!
— Bom, eu preciso falar com a minha mãe primeiro. Mas acho que ela vai deixar.
— Sem problemas. Quer me passar seu número? Assim você me avisa quando tiver uma resposta.
Sinto um frio na barriga, mas tento disfarçar.
— Claro, anota aí.
Matteo pega o celular e me entrega, e eu digito meu número.
— Valeu, Kiara. Eu te mando mensagem mais tarde então.
— Pode deixar. Vou falar com minha mãe assim que chegar em casa.
— Beleza. Até amanhã então, meninas!
— Até, Matteo!
Nós três falamos juntas
Matteo se afasta, e Ana e Luiza olham para mim com sorrisos maliciosos.
— Olha só, Kiara trocando números com o Matteo!
— É, parece que o dia está ficando cada vez mais interessante.
— Ah, gente, não é nada disso. Ele só quer saber se eu vou na festa.
— Sei, sei. Mas ele parecia bem feliz em pegar seu número.
— Vocês são impossíveis!
Rimos juntas, e depois de um tempo, decidimos ir embora. Estou ansiosa para falar com minha mãe sobre a festa. A ideia de conhecer melhor ele e passar mais tempo com Matteo me deixa animada. Esse convite inesperado pode ser o começo de novas amizades e, quem sabe, algo mais.
