Capítulo 34

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Kiara Lima

Eu estava tão perto do rosto de Eliz que podia sentir a suavidade de sua respiração contra minha pele

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Eu estava tão perto do rosto de Eliz que podia sentir a suavidade de sua respiração contra minha pele. Estávamos imóveis, presas em um momento que parecia durar uma eternidade. O espaço entre nós era de apenas um centímetro, mas parecia um abismo. Eu podia ouvir seu coração batendo forte, cada pulsação um eco do turbilhão de emoções dentro de mim.

Se eu fechasse os olhos, poderia imaginar que estávamos sozinhas no mundo, sem responsabilidades ou barreiras. Mas, ao abri-los, a realidade nos cercava, lembrando-me de que tínhamos famílias, vidas construídas com outras pessoas. No entanto, naquele breve instante, nada disso parecia importar. Era como se tudo tivesse culminado naquele momento, como se os últimos 16 anos fossem apenas uma preparação para isso.

— Desculpa, Eliz
sussurrei, com minha voz tremendo.

Nossos olhos se encontraram, e naquele instante, o mundo ao nosso redor desapareceu. Tudo o que importava era ela, a mulher que eu conhecia há mais de 16 anos espero por esse momento. Não havia mais dúvidas ou medos, apenas um desejo ardente de finalmente cruzar aquele abismo entre nós.

Antes que Eliz pudesse responder, fechei os olhos e avancei. Nossos lábios se tocaram, e a princípio, foi um toque tímido, quase hesitante. Mas logo se transformou em algo mais profundo. O beijo era calmo, molhado, cheio de um sentimento que havia sido reprimido por tempo demais. Eu podia sentir a suavidade de seus lábios, o gosto doce de sua boca, e tudo parecia tão certo, tão perfeito.

A sensação era avassaladora. O mundo ao nosso redor parecia desvanecer-se, deixando apenas nós duas, perdidas naquele momento. Eu sentia cada batida acelerada de seu coração como se fosse a minha. Era o melhor beijo da minha vida, um momento que eu sabia que jamais esqueceria.

Perdi a noção do tempo enquanto nos beijávamos, cada segundo parecia uma eternidade. Tudo o que eu queria era ficar ali, com ela, sentindo seu calor e a segurança de seu abraço. Nossas mãos se deslizavam pelas nossas cinturas e alguns gestos simples que dizia tudo o que as palavras não podiam.

O mundo parecia derreter ao nosso redor. Cada toque, cada suspiro, era uma confirmação de tudo o que eu sentia. Sentia-me viva de uma maneira que não sentia há anos. Com Eliz, tudo era diferente, mais intenso, mais real. Eu podia sentir a urgência de nossos sentimentos, a necessidade de nos conectarmos de uma maneira que há muito tempo havíamos negado a nós mesmas.

Enquanto nossos lábios se moviam em perfeita harmonia, eu podia sentir o calor crescente de seu corpo contra o meu. Havia algo quase desesperado em nossa união, como se tivéssemos medo de que esse momento pudesse ser nosso último. Mas, ao mesmo tempo, havia uma serenidade, uma aceitação de que finalmente estávamos onde deveríamos estar.

De repente, ouvimos a porta da frente se abrir. Nossos filhos estavam entrando em casa, suas vozes enchendo o ar com um misto de entusiasmo e energia juvenil. Eliz se afastou de mim, e levantou rapidamente da rede com uma expressão triste e conflituosa no rosto.

Dezesseis anos depoisOnde histórias criam vida. Descubra agora