Capítulo 31

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Eliz Martinez
27 de agosto

Acordei sentindo o frio do chão sob mim

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Acordei sentindo o frio do chão sob mim. Abri os olhos lentamente, piscando para ajustar a visão embaçada. Ao meu lado, Kiara ainda dormia. Seus olhos inchados e seu rosto avermelhado eram um espelho do meu. As memórias de mais cedo vieram à tona, e o peso da nossa conversa ainda estava presente, mas havia uma sensação de alívio misturada à exaustão.Com cuidado para não acordar Kiara, levantei-me devagar, sentindo meus músculos protestarem com a movimentação. Peguei uma manta leve que estava no sofá e a cobri com cuidado, certificando-me de que ela ficasse confortável. Olhei para ela mais uma vez, notando a expressão serena em seu rosto, e suspirei. Desci as escadas em silêncio, ouvindo vozes baixas vindas da sala. Ao entrar, encontrei Adisson, Milena e Diego sentados no sofá, conversando. Eles se calaram imediatamente ao me ver.

— Oi gente
murmurei, tentando forçar um sorriso, mas meu cansaço e tristeza eram evidentes.

— Oi meu amor
Adisson respondeu, levantando-se do sofá e vindo em minha direção.

— Que horas são? Achei que vocês já tinham ido embora

— São quase 21:00

— Estávamos esperando você voltar, só vamos embora depois que você contar tudo
Milena fala sentando ao meu lado

— Como você está? Como foi a conversa?
Adisson perguntou preocupada

Suspirei, sentindo um nó se formar na garganta.

— Foi doloroso, mas já nos resolvemos
respondi, minha voz carregando o peso da noite anterior.

Milena olhou para mim com preocupação.

— Vocês estão bem agora?

Assenti.

— Sim, estamos. Precisávamos dessa conversa. Era algo que estava nos corroendo por dentro.

Diego, que havia permanecido em silêncio, finalmente falou.

— Vocês duas são fortes. Sempre soube que conseguiriam resolver isso.

A gratidão aqueceu meu coração.

—Obrigada, Diego. Eu também acredito nisso.

Adisson me puxou para um abraço apertado.

— Você quer falar sobre o que aconteceu?
perguntou suavemente.

Pensei por um momento.

— Acho que sim. Talvez isso me ajude a processar tudo.

Nos sentamos no sofá, e eu comecei a contar a eles sobre a tudo. Como Kiara e eu começamos a conversar, a princípio com cuidado, mas logo as emoções vieram à tona.Foi uma tempestade de sentimentos, mas uma tempestade necessária.

Dezesseis anos depoisOnde histórias criam vida. Descubra agora