Em '16 anos depois ', Eliz e Kiara se veem confrontadas com o ressurgimento do amor que compartilharam na adolescência, quando descobrem que seus filhos estão namorando. Embora ambas estejam comprometidas em casamentos estabelecidos, a intensidade d...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ao abrir os olhos, percebi que o quarto estava iluminado pela suave luz da manhã. Eliz ainda dormia ao meu lado, sua respiração tranquila contrastando com a inquietação que eu estava sentindo. Apesar de ter vivido um dia cheio de emoções, era preciso me concentrar na minha viagem hoje. Era um compromisso importante, e embora meu coração tivesse dividido eu sabia que teria que ir. Me levantei com calma da cama, cuidadosamente para não despertar Eliz. Enquanto colocava minhas roupas, minha mente continuava ocupada com o impacto da conversa entre minha mãe e Eliz. Apesar de desejar ficar e protegê-la, as obrigações da clínica em Chicago não podiam ser adiadas.
Fui à cozinha e comecei a fazer um café da manhã simples. A tranquilidade da manhã era quase terapêutica, me possibilitando pensar com clareza e traçar meu plano para o dia. Me acomodei à mesa, perdida em meus pensamentos, segurando uma xícara de café, quando Eliz surgiu na porta com os olhos ainda pesados pelo sono. Ela sorriu e desceu as escadas
— Bom dia! ela disse suavemente, se aproximando de mim.
— Bom dia, meu amor respondi, sorrindo para ela.
— Dormiu bem?
— Mais ou menos. A noite foi... intensa. Ela se sentou ao meu lado, pegando uma torrada.
— Você está pronta para a viagem?
Assenti, tentando disfarçar a inquietação.
— Estou. Mas queria tanto não precisar ir.
Eliz colocou a mão sobre a minha.
— Eu sei. Mas vou ficar bem. Prometo que vou cuidar de mim e vou estar aqui quando você voltar.
Seu toque e suas palavras me deram um pouco mais de coragem. Terminamos o café da manhã em um silêncio confortável, aproveitando os últimos momentos juntos antes da minha partida. Depois de comer, arrumei minha mala e verifiquei os detalhes da viagem mais uma vez. Eliz insistiu em me acompanhar até o aeroporto, e eu fiquei grata por sua presença. Era difícil pensar em me despedir novamente, mas saber que ela estaria ao meu lado até o último momento era reconfortante.
O trajeto até o aeroporto parecia mais longo do que o normal. No carro, Eliz segurou minha mão o tempo todo, e trocávamos olhares cúmplices, sem precisar dizer muito. Quando chegamos ao aeroporto, a realidade da minha partida começou a pesar mais. Sentimos a pressa e a agitação das pessoas ao nosso redor, mas para nós, o tempo parecia se arrastar, como se cada minuto estivesse se despedindo lentamente.
— Promete que vai me ligar todos os dias? Eliz perguntou, tentando manter a voz firme.
— Prometo. E prometo que vou voltar logo. Respondi, puxando-a para um abraço apertado.
Ficamos assim por um tempo, ignorando o mundo ao nosso redor. Finalmente, o alto-falante anunciou meu voo, e eu sabia que era hora de ir. Soltei Eliz relutantemente e olhei em seus olhos, tentando memorizar cada detalhe do seu rosto.
