Capítulo 12~

34 5 0
                                    

*** NÃO REVISADO ***

Jasmine

Há tempos não me sinto tão feliz. Fico  hipnotizada com a decoração do festival da cidade. Tudo está colorido e muito chamativo. As luzes dos brinquedos do parque me chamam atenção, principalmente da roda gigante. Era disso que eu sentia falta, da simplicidade e da bonança de cidades do interior.

-Você está parecendo uma criança na manhã de natal. -disse Aurora rindo.

Saio do transe e enfim olho para ela, que está parada ao meu lado e sustentando um olhar curioso sobre mim.

-Eu sinto muita falta de tudo isto. -digo simplesmente. Volto olhar ao redor.

-Eu acho bem difícil. -ela começa e então olho para ela de novo. -Não tem como comparar isto aqui, com as festas luxuosas que você vai.

As palavras de Aurora me atingem de alguma forma, essa visão que ela tem de mim, provavelmente é a que vivo em um mundo perfeito.

-Podemos continuar? -perguntando tentando não me importar com o que ela deve estar pensando sobre mim, até porque, nunca disse a minha amiga, a verdade sobre a minha realidade.

Cheguei um pouco mais cedo com meus tios e Tommy, para arrumar o stande com a degustação dos queijos produzidos na fazenda. Depois Tommy saiu para buscar o que havia esquecido, e então Aurora chegou e meus tios pediram que ela me acompanhasse para dar uma volta pelo festival. A cidade estava lotada de turistas e locais também, isso me trouxe muitas memórias afetivas da minha infância.

-Oh meu Deus! -paralisei.

-O que foi? -pergunta Aurora assustada.

-Esta casa. -fico olhando ludibriada para a casa em que cresci. Ela continuava com um aspecto antigo, porém estava limpa, bem cuidada e com um jardim lindo na frente.

-Aí Jas! -ouço Aurora. -Você quase me matou de susto.

-Desculpa. -olho para ela rapidamente.  -É que fiquei encantada em ver a casa que cresci. -suspiro. -Ela continua linda, na verdade mais linda. -Aurora admira a casa também. -Espero que as pessoas que moram aí, sejam tão felizes quanto eu fui quando morei nela.

-Acredita que ninguém mora aí?! -Aurora comenta distraída ainda olhando para a casa. 

-Como assim? -olho para ela. -A casa está muito bem cuidada, é impossível que ninguém more aí.

-Bom, na verdade ela foi alugada algumas vezes, mas ninguém mora por muito tempo. -Aurora começa e então continuamos nosso caminho. -Funciona mais como espécie de albergue para turistas em temporadas específicas, como o festival por exemplo, nada mais que isso. -olho para casa mais uma vez. -Mas realmente, os donos cuidam muito bem de sua manutenção, principalmente quando não há ninguém hospedado nela.

-Eu gostaria muito de uma dia poder me hospedar nela de novo. -começo. -Nem que seja só para matar a saudades e ter aquela sensação de pura nostalgia.

-Muito fofo de sua parte. -ela me encara sorrindo. -Se você quiser, podemos alugar para dormir nela por uma noite, antes de você ir embora, só para relembrar nossas noites de meninas na adolescência. -rimos cúmplices.

Tivemos muitas noites de meninas na adolescência naquela casa. Mamãe odiava convidados em casa, e nunca queria permitir meus amigos, mas meu pai sempre intervinha e Aurora sempre dormia comigo nos finais de semana ou feriados.

-Eu vou querer sim.

Caminhamos através dos standes olhando tudo, como duas crianças curiosas.

-Olha lá quem está aqui. -Aurora aponta discretamente e então olho na direção.

Quando Deixar de Me Amar 💔 Onde histórias criam vida. Descubra agora