Capítulo 19~

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*** NÃO REVISADO***

Jasmine

Assim que chegamos no Colorado, preciso passar em casa para pegar meu carro e então vamos imediatamente para o hospital. Mamãe não parava de chorar e eu tentava ao máximo me manter firme e ter esperanças que papai ficaria bem.

-Tudo isso é culpa sua Jasmine. -ela me acusa.

-Para de falar besteiras mamãe. -repreendo-a tentando manter a atenção no trânsito.

-Se estivesse aqui conosco, seu pai não teria passado mal. -ela acusa novamente.

Sinto raiva me consumir, mas continuo focada na direção até chegar ao nosso destino. -saio do carro praticamente correndo ao estaciona-lo. Nem me importo com mamãe.

Ando sem qualquer distração até chegar a recepção, mas nem me dou trabalho de perguntar qual o quarto de papai, quando vejo os seguranças de Emir. Apenas vou passando por eles, até encontrar o próprio Emir.

-Querida. -ele sorrir e abre os braços me esperando. Paro antes mesmo de chegar perto dele.

-Onde está meu pai? -ignoro totalmente seu jeito inconveniente.

-Isso são modos querida? -pergunta com irônia.

-Emir, por favor... não estou com a menor paciência. -digo já sentindo algumas lágrimas.

Vejo uma movimentação diferente de enfermeiros e médicos em certo quarto e corro até lá. -paro em frente ao quarto quando alguém me detém na porta.

-Desculpa senhora, isso aqui é uma emergência. Não pode entrar.

Vejo que sim, é meu pai que eles tentam reanimar. Minha respiração começa a falhar e então sinto minhas pernas perderam as forças. Os médicos ficam agitados e usam desfibriladores tentando reanima-lo.

-Não, não, não... -Emir me segura e diz alguma coisa, mas não consigo entender nada, eu só quero e preciso do meu pai.

Não posso explicar a sensação de pânico que percorre meu corpo e principalmente minha cabeça neste momento, eu estava perdendo o meu pai e não podia fazer absolutamente nada. Percebo que minha mãe chora em silêncio em um canto, enquanto Emir tenta me abraçar e falar coisas que nem consigo entender. Observo os médicos com atenção, até que eles param a agitação e se afastam um pouco do leito. -ouço uma máquina apitar em um barulho contínuo e irritante.

-Hora do óbito: onze e quarenta e cinco.

Neste momento acho que tive um delay. Não sei como, mas consigo me livrar dos braços de Emir e caminhar para outro corredor, onde sento no chão por não ter mais forças em minhas pernas. Tento encontrar a forma correta de respirar, mas está muito difícil. Minhas mãos estão tremendo e mal posso ter controle de mim mesmo.

-Porque papai? Porque? -começo a chorar sem nenhum controle e compulsivamente.

Não sei quanto tempo fiquei ali, mas lembro-me que mamãe e Emir, finalmente conseguiram me levar para casa.

De uma coisa sou totalmente grata a Emir, ele está cuidando de todos os procedimentos e processos do enterro, porque não tenho a menor força para isto.

-Seu tio e seu primo estão chegando para o enterro. -disse mamãe ao entrar em meu quarto, enquanto eu me vestia.

-Ok. -digo simplesmente. Não estou com a menor paciência.

Quando Deixar de Me Amar 💔 Onde histórias criam vida. Descubra agora