Capítulo 3:Retomando a Liberdade

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Observação! Para os propósitos desta história, a propriedade de Pedra do Dragão não depende de quem é o herdeiro do trono e pertence permanentemente a Daemon.

Diálogo em Itálico = Alto Valiriano


As reuniões do Pequeno Conselho eram chatas para Rhaenyra, mas principalmente porque ela foi instruída a calar a boca e servir bebidas. Como ela aprenderia a ser rainha se não tinha permissão para fazer nada ou mesmo expressar sua opinião? Era exatamente isso que Otto Hightower queria, ela imaginou. Quanto mais incompetente e incapaz ela parecesse, mais fácil seria para ele convencer os outros de que Aegon era um herdeiro melhor. Rhaenyra sabia que tinha que fazer alguma coisa, virar a situação de alguma forma, mas não tinha ideia de como. Ela não tinha amigos nem aliados. O que ela deveria fazer?

Os pensamentos sombrios de Rhaenyra foram interrompidos por um mensageiro que quase entrou correndo na sala. 'Notícias dos Degraus!' — declarou o menino, mostrando o papel que tinha na mão.

Otto imediatamente estendeu a mão e o menino entregou-lhe um pergaminho. — O que foi, Otto?' Viserys perguntou. Rhaenyra estava se esforçando para agir normalmente, mas os nervos giravam dentro de seu peito. Oh, deuses, que sejam boas notícias, não más. Ela já havia perdido a mãe e depois viu o pai se casar com a melhor amiga, ela não poderia perder Daemon também.

O silêncio se prolongou enquanto a Mão lia as passagens. Então seu rosto mudou. Assim que Rhaenyra reconheceu o descontentamento de Otto, ela soube qual era a notícia.

Boas notícias.

'Parece que a guerra pelos Stepstones acabou. O Crabfeeder está morto.'

Rhaenyra não pôde deixar de perguntar: 'E o Príncipe Daemon?'

— Vivo e próspero, aparentemente — respondeu Otto, o descontentamento evidente. Rhaenyra mal reprimiu um suspiro de alívio.

'Isso é bom então', concluiu Viserys. 'Alguma coisa sobre os planos futuros do meu irmão?'

— Não, no momento não — a Mão leu o pergaminho mais um pouco. "Um dragão desconhecido foi avistado durante o último ataque", acrescentou ele, divertido.

'O que você quer dizer?' Viserys perguntou.

'Aparentemente, o Príncipe Daemon teve alguma ajuda adicional. Não de Velaryons, e certamente não de nós.'

'Quem é o cavaleiro?'

Otto colocou um pergaminho sobre a mesa com um suspiro: 'Eles não sabem.'

A conversa continuou com Otto prometendo descobrir quem era o novo aliado de Daemon, mas Rhaenyra mal ouviu. Um dragão desconhecido? Isso foi emocionante. Exceto alguns selvagens, todos os dragões foram contabilizados. E os dragões não surgem do nada. Rhaenyra esperava poder conhecer aquele novo dragão e este misterioso cavaleiro.

***

O Vale de Arryn estava em paz. E agradável. E chato. Diane percebeu por que seu pai odiava tanto aquele lugar. Ela própria não era fã de uma vida calma e pacífica, mas gostava disso de vez em quando. Ainda mais depois de tudo que aconteceu recentemente. Ela só precisava de uma pausa da correria constante e das situações de vida ou morte.

Diane ponderou sobre o que isso diria sobre ela como pessoa se ela pensasse em estar em uma missão para matar a esposa de seu pai como "uma pausa", mas decidiu não insistir nisso. Ela voou dos Degraus direto para as Montanhas da Lua, onde encontrou para Silverwing uma caverna aconchegante (bem, pelo menos tão aconchegante quanto as cavernas são) e desceu a montanha a pé. Seria mais rápido voar direto para o Vale, mas ela não queria alertar ninguém e queria ter certeza de que ninguém conseguiria colocar seu dragão perto do "acidente". Provavelmente foi apenas um pouco paranóico, mas Diane aprendeu da maneira mais difícil que até as paredes têm ouvidos, então ela estava justificada em presumir que os vales também tinham.

Para pegar o que é nosso por direito - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora