" - inimigos não deviam fazer isso... - sorrio com sua frase e aperto firmemente sua cintura.
- é? - ela concorda com a cabeça enquanto me aproximo cada vez mais - então esqueça que somos inimigos, só por essa noite! - encaro seus lábios, eu queria...
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me remexo na cama novamente, não conseguia dormir, aquela maldita frase não saia da minha cabeça.
" até quando vão mentir para vocês mesmos? "
porra, essa merda fazia tanto sentindo.
me levanto da cama, bufando de raiva e com os olhos baixos de sono. saio do meu quarto e caminho até o quarto do meu psicólogo particular.
- Biel. - o chamo enquanto bato na porta.
- o que tu quer aqui uma hora dessa capeta.
- eu preciso de você. - quatro palavrinhas, um enorme significado para nós dois.
tínhamos uma relação entre xingamentos e insultos, mas quando dita essa frase, toda a implicância é deixada de lado e nos permitimos conversar, chorar e rir com a companhia um do outro.
- o que aconteceu? - perguntou abrindo a porta, e os braços. não hesito em abraça-lo fortemente.
- acha que devo contar logo? - o garoto solta um suspiro, já sabendo do que eu estava falando.
- você me disse que estavam ficando, mas você gosta dele né?
- talvez.. não queria admitir, meu subconsciente não me deixa aceitar isso.
- você esperaria por ele? - perguntou se separando de mim, ficando na minha frente.
- por dois anos? - concorda com a cabeça. - honestamente, eu esperaria por até dez.
- então é pior do que pensei. - afirmou sentando na cama. faço o mesmo. - o que sente por ele?
- ele me deixa confusa.
- confusa?
- é! ele sabe lidar comigo tão bem que me deixa confusa.
- tá se apaixonando né?!
- tô tentando não me apaixonar, tô tentando aproveitar o que temos pelo pouco tempo que temos.
- e se ele te pedisse em namoro agora, por exemplo, você aceitaria?
- meu coração sorri com essa ideia, mas meu cérebro chora. eu o esperaria por anos mas não posso fazer ele me esperar.
- tenta conversar com ele.
- não tenho coragem.
- ele vai descobrir uma hora ou outra, e não seria uma boa hora quando você já estiver fora do país. - porra! me jogo para trás ficando deitada.
