" - inimigos não deviam fazer isso... - sorrio com sua frase e aperto firmemente sua cintura.
- é? - ela concorda com a cabeça enquanto me aproximo cada vez mais - então esqueça que somos inimigos, só por essa noite! - encaro seus lábios, eu queria...
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estava sentada na minha cama, lendo. já tinha finalizado minha live, hoje comecei mais cedo. eram por volta das onze da noite, me assusto quando meu celular começa a tocar em cima da cômoda. receber uma ligação do nada do Taylor me deixa preocupada, então logo atendo.
- aconteceu algo?
- por que acha que aconteceu alguma coisa? - responde. tudo que reparo é em sua respiração, ele parecia ofegante e cansado.
- onde está?
- tô na sua porta, esperando você permitir a minha entrada.
reviro os olhos bufando, desligo o celular e autorizo a sua estrada no condomínio, em pouco tempo ele está na porta.
- que ótima recepção - ele fala assim que me vê.
- entra! - afirmo com raiva o empurrando pra dentro após fechar a porta, ele se senta no sofá - por que não vem a minha casa em um horário antes das dez, pelo menos?
- porque aí você não vai estar com suas minis camisolas - ele responde com um sorriso, enquanto me encara de cima a baixo. eu estava com um short curto mas com uma blusa grande, já que a pouco tempo tinha ido ao mercado e quando cheguei apenas troquei de shorts, até de sutiã eu ainda estava - vem cá - o garoto puxa minha cintura, me sentando em seu colo, fazendo minhas bochechas queimarem - cuida de mim? - perguntou olhando diretamente para meus olhos.
- cuidar de você? - repeti sua pergunta gaguejando um pouco, o que ele queria afinal?
de início ele não me respondeu, mas após alguns segundos, o garoto tira lentamente sua camisa, mostrando um grande corte em seu abdômen.
- porra Taylor, eu já tinha cuidado disso - falo sem desviar o olhar do machucado - como você abriu esse corte de novo?
- lua eu.. - ele parou, pareceu pensar um pouco antes de falar.
- você? - perguntei passando a mão ao redor do corte, o sangue já havia sido estancado por ele, mas com certeza iria ficar uma cicatriz ali.
- eu encontrei seu pai - levanto meu rosto assim que escuto sua frase, mas não tiro minhas mãos do lugar - tava andando de moto por aí, daí eu encontrei ele e.. eu... lembra quando eu disse que não ia fazer merda?
- atropelar um homem em alta velocidade é uma merda! - ele riu do meu pequeno desespero.
- não o atropelei. eu queria, mas iria preso - solto uma leve risada - eu só mandei ele pro hospital, quer dizer, eu acho que ele foi pro hospital né, porque eu não chamei nenhuma ambulância - olha em seus olhos, honestamente ele não mostrava estar arrependido.
