" - inimigos não deviam fazer isso... - sorrio com sua frase e aperto firmemente sua cintura.
- é? - ela concorda com a cabeça enquanto me aproximo cada vez mais - então esqueça que somos inimigos, só por essa noite! - encaro seus lábios, eu queria...
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acordo com uma sede infernal, percebo que ainda era madrugada então me levanto e vou para a cozinha. abro a geladeira e bebo minha água, aproveito e vou no banheiro. caminho até meu quarto cambaleando de sono, abro a porta e me jogo na cama, mas depois de um tempo alguém cutuca minhas costas.
- mãe, me deixa dormir - escuto um suspiro pesado atrás de mim e logo após alguém agarra minha cintura, me puxando pra mais perto. puta que pariu.
- claro. mas acho que entrou no quarto errado, pretinha - Taylor fala e aperta minha cintura, arregalo os olhos e tento me levantar mas sou impedida por ele.
- me solta caralho, por que você tá no meu quarto?
- olha o ambiente ao redor luna, no seu quarto nós com certeza não estamos - as palavras saiam da boca do garoto como em um sussurro, sua voz era rouca e sonolenta.
- porra - falo quando olho ao redor e confirmo que entrei no quarto errado - pois me deixa sair - me remexo um pouco tentando me soltar, mas o garoto me puxa e agora agarra os dois braços ao redor da minha cintura, descansando a cabeça em meu pescoço - max - porra, a palavra realmente saiu ofegante. até porque um arrepio percorre por todo meu corpo quando ele deixa um pequeno beijo em meu pescoço.
- dorme aqui, não vejo problema, e ninguém precisa saber - essa desgraça realmente é uma tentação por completo.
- ah, eu vejo problema. na verdade isso é meio que problemático pra caralho - ele novamente aperta minha cintura, ignorando totalmente o que eu disse - e outra, a gente tá muito colado não acha - digo quando reparo no nosso estado naquela cama. novamente sou ignorada, ele me puxa pra mais perto, passando a perna um pouco por cima da minha.
- idai? fica aqui se quiser. já te disse, se eu for um problema vou ser seu problema preferido - o garoto deixa novamente um selar em meu pescoço - boa noite, preta - diz em um sussurro perto do meu ouvido, fazendo todo meu corpo arrepiar novamente.
na verdade qualquer toque que aquele garoto me desse naquele momento deixava um choque em todo meu corpo.
- boa noite - eu o respondo baixinho.
estava meio difícil dormir quando eu tinha o par de braços enormes do meu próprio inimigo me rodeando, quando eu estava sentindo sua quente respiração contra meu pescoço, e ele totalmente frágil agarrado em mim. naquele momento realmente dava pra perceber que ele precisava daquilo, de um abraço. e pode ser que até hoje só vi esse lado dele neste momento, quando ele está dormindo que nem um bebê em meus braços, mas porra.
me viro pra ele e olho seu rosto, ele realmente era lindo, pena que é um idiota. me deixo sorrir ao encarar o garoto, agora quem passa o braço ao redor dele sou eu. o abraço forte e deito a cabeça em seu peito nu, agora que fui perceber que o garoto estava dormindo sem blusa. me permito dormir ali, poucos momentos como aquele nós teríamos junto, e eram esses pouco momentos que me faziam duvidar dos meus sentimentos sobre ele.
