Primeira letra do poema.

EU NÃO SEI COMO LHE DIZER.

eu não sei como lhe dizer, desrespeito ao que está aqui dentro, cada vez maior, e quando te vejo, perco todo o controle dos meus atos. há princípio, eu não pretendia falar desse ocorrido. porém, as circunstâncias que nos envolvem se encarregou de entrelaçar tudo no mesmo emaranhado sentimentos, de modo que, não tive como escapar, vou ter que revelar tudo.

eu sei que você desconfiava que era mais do que uma simples amizade. diga a verdade, não minta para mim,
você percebeu o meu coração.

já que não tenho para onde correr, é isso mesmo, eu te amo, mais do que você imagina, é tolice continuar escondendo todo o meu amor, pensei que se você tivesse percebido. todas as vezes em que estávamos juntas, dos meus olhares em você, fiz de tudo para que ninguém notasse o desespero desse meu insano coração.

os teus sorrisos, os movimentos delicados dos teus lábios, a graciosa curva que os envolvia, às vezes, o meu olhar se perdia no doce som da tua voz, mas, as palavras eram apenas silêncio. quantas vezes me perdi em imaginações e pensamentos desvairados, dos teus vermelhos lábios pousando nos meus.
loucuras minhas.
você está distante agora, restou as lembranças e um pequeno fio de esperança dentro deste peito nu, de que voltemos a nos ver novamente.

é noite de sábado, o silêncio passa por todos, se esconde no véu noturno, o luar e todas as estrelas do firmamento fogem. o meu pensamento é parte da calmaria, somente o meu coração está inquieto.
ás vezes me levanto no meio da noite, o sono vai embora devido as inquietações em meu peito aedo. abro a janela do quarto para contemplar o nada, a ausência total de todos os sons.

eu e as estrelas, contemplando um ao outro na presença de ponteiros e de horas traiçoeiras, navegando no mar furiosos de incertezas. penso em você, na sonoridade da sua voz, na curva dos lábios, no perfume suave. os teus pensamentos tão distantes, em águas tão proibidas.