SOU A SOMA DE TODOS OS MEDOS.

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sou a soma de todos os medos,
de todos os devaneios,
de todas as incertezas,
de todas as incoerências.

sou a soma de tudo e de todos enclausurada numa única alma atormentanda, vagando ao ermo espectral.

na maioria das vezes considero não existir nada além dos meus olhos. no entanto, há dias em que considero unicamente aquilo que está além do que os olhos podem enxergar, é evidente que existe um desequilíbrio terrível em mim, tenho plena consciência disso, e até gosto.

observo primeiro,
analiso cuidadosamente cada forma feminina, avaliando e reavaliando o tempo todo.

as palavras,
a sonoridade da voz direcionada e quase inaudível,
porém, dentro de mim sou um vulcão de vozes em erupção, cuspindo palavras para todos os lados, palavras soltas ao vento.

Primeira letra do poema.Onde histórias criam vida. Descubra agora