EU QUE NÃO SOU NADA...

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eu que não sou nada,
e nada do que eu faça
importa para ser a figura
notaria que sempre desejei.

esses meus confusos sentimentos são apenas rascunhos de pequenos e indiferentes momentos de uma trágica vida ilusória e esquecida.

eu me faço de silêncio
me faço de ausência existencial
a negação do próprio eu.

entenda que, nada mais faz sentido quando o coração se encontra encarcerado no calabouço de seu próprio medo.

para não enlouquecer
me faço em palavras
versos diminutivos
sem a regra da gramática
versos tortos
jogados ao vento em letras minúsculas.

Primeira letra do poema.Onde histórias criam vida. Descubra agora