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AYANNA ROMANOV:

Wirtz tinha saído cedo para treinar, já que tinha um jogo importante se aproximando. Aproveitei a manhã tranquila para me arrumar e sair para a minha caminhada diária. Vesti um conjunto de treino confortável, peguei meu celular e os fones de ouvido, e saí de casa, apreciando o ar fresco da manhã.

Enquanto caminhava, as músicas no meu headphone me ajudavam a manter o ritmo e me energizavam. Após alguns minutos, comecei a correr, aproveitando a sensação de liberdade e o prazer do exercício. Estava tão imersa nos meus pensamentos e na música que não percebi a hora passar.

Quando estava voltando para casa, ainda sentindo o ritmo da corrida no meu corpo, vi um carro vindo em minha direção. Em um movimento instintivo, pulei para o lado, evitando o impacto por pouco. O carro freou bruscamente e eu ouvi o som estridente dos pneus contra o asfalto. Antes que pudesse reagir, uma jovem saiu do carro, com os olhos arregalados e a expressão de puro pânico.

— Meu Deus, você está bem? — ela perguntou, correndo na minha direção, a voz cheia de preocupação. — Eu sinto muito! Eu estava falando com minha mãe no celular e não te vi!

Levantei-me, ainda um pouco trêmula, mas sem nenhum machucado grave. — Estou bem, não se preocupe. Foi só um susto.

Ela parecia genuinamente aliviada, mas ainda assim, continuou a pedir desculpas. — Eu sinto muito mesmo. Por favor, deixe-me fazer algo para me desculpar. Posso te levar ao hospital? Ou talvez, pagar um almoço?

Sorri, tentando acalmá-la. — Não precisa se preocupar, de verdade. Está tudo bem.

Mas ela insistiu, visivelmente sentindo-se culpada. — Por favor, ao menos deixe-me pagar um almoço para você. Seria a minha forma de pedir desculpas.

Depois de alguns momentos de insistência, acabei concordando. — Tudo bem, aceito o almoço. Mas realmente, estou bem.

Ela sorriu, aliviada, e estendeu a mão. — Sou Clara, a propósito. Qual é o seu nome?

— Ayanna. É um prazer te conhecer, apesar das circunstâncias — respondi, apertando a mão dela.

Enquanto caminhávamos em direção ao restaurante que ela sugeriu, Clara começou a perguntar mais sobre mim. — Então, Ayanna, você é daqui?

— Na verdade, não. Eu tô aqui por causa do meu namorado. Ele joga no Bayer Leverkusen — expliquei, tentando não parecer muito impressionada comigo mesma.

Clara parecia intrigada. — Uau, isso é incrível! Qual o nome dele?

— Florian Wirtz — respondi, sorrindo um pouco.

Ela arregalou os olhos.

— Sério? Que legal! Eu adoro futebol, mas nunca imaginei que esbarraria, literalmente, na namorada de um jogador.

Ri com a situação.

— A vida tem dessas, não é?

Chegamos ao restaurante, um lugar acolhedor e elegante. Clara parecia uma pessoa bem de vida, e o lugar refletia isso. Sentamos em uma mesa perto da janela, com uma vista maravilhosa da cidade.

— Então, Ayanna, me conta mais sobre você. O que você faz? — perguntou Clara, enquanto os menus eram entregues.

— Sou influenciadora digital e modelo. Trabalho principalmente com moda e beleza — expliquei, enquanto dava uma olhada no cardápio.

Ela sorriu, parecendo interessada. — Isso é incrível. Eu sempre admirei quem tem coragem de seguir essas carreiras. Deve ser tão empoderador.

— É gratificante, sim. E o que você faz, Clara? — perguntei, querendo saber mais sobre ela.

Destinados || Florian WirtzOnde histórias criam vida. Descubra agora