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AYANNA ROMANOV:

Pela manhã, o sol mal havia se erguido no horizonte quando eu e Valentina estávamos já de pé, nos preparando para voltar a Madrid. O clima na casa estava tranquilo, com aquele ar de despedida pairando no ar. Wirtz estava visivelmente triste com a nossa partida, mas tentava disfarçar para não me deixar ainda mais emotiva.

— Tem certeza que tem que ir agora? — perguntou ele, enquanto me ajudava a fechar a mala.

— Sim, Wirtz. Preciso resolver algumas coisas em Madrid e também quero ver o Jorge — respondi, tentando manter um sorriso no rosto.

Valentina apareceu na porta do quarto, já com sua mochila nas costas e um olhar de quem também não estava muito feliz com a partida.

— Tudo pronto? — perguntou ela, tentando soar animada.

— Sim, quase tudo — respondi, dando uma última olhada ao redor para ver se não estava esquecendo nada.

Wirtz me puxou para um abraço apertado, e fiquei ali, aproveitando aquele momento de proximidade. Era difícil partir, mas sabia que era necessário.

— Vou sentir sua falta — sussurrou ele no meu ouvido, apertando-me ainda mais.

— Eu também vou sentir a sua. Mas logo nos veremos de novo, prometo — respondi, tentando segurar as lágrimas.

Valentina, sempre pragmática, deu um leve tapinha no meu ombro.

— Vamos lá, amiga. Quanto mais rápido formos, mais rápido resolvemos tudo e voltamos.

Desci as escadas com Wirtz ao meu lado, enquanto Valentina já esperava na porta. O clima estava frio e úmido, típico daquela época do ano. Wirtz abriu a porta para nós e ficamos ali por um momento, apenas absorvendo a cena.

— Vocês têm certeza de que não precisam de mais nada? — perguntou ele, preocupado.

— Não, Wirtz. Estamos bem. E obrigada por tudo — respondi, sorrindo para ele.

Valentina deu um abraço rápido em Wirtz e se afastou para nos dar um momento a sós.

— Cuida-se, tá? — disse ele, olhando nos meus olhos.

— Pode deixar. E cuida-se também. Nos vemos em breve — respondi, dando-lhe um último beijo.

Entramos no carro que já nos aguardava e acenamos para Wirtz enquanto nos afastávamos. Ele ficou na porta, acenando até que desaparecemos de vista.

Durante a viagem, Valentina e eu ficamos em silêncio por um tempo, cada uma perdida em seus pensamentos.

A viagem passou rápido, e logo estávamos no aeroporto, prontos para embarcar.

(...)

Ao aterrissar em Madrid, um sentimento de familiaridade tomou conta de mim. Apesar de tudo, Madrid ainda era meu lar. Fomos direto para casa e assim que entramos, me senti aliviada por estar de volta.

Quando chegamos em casa, abri a porta e fui recebida por uma visão inesperada: balões coloridos e uma faixa que dizia "Bem-vindas de volta!".

— Uau, que recepção! — exclamou Valentina, olhando ao redor.

De repente, Jorge e Jude apareceram na sala, com sorrisos enormes no rosto. Jorge correu até mim e me abraçou.

— Mamãe! — gritou ele, animado.

— Que surpresa linda, meu amor! — disse, beijando sua testa.

Jude se aproximou, parecendo um pouco nervoso.

Destinados || Florian WirtzOnde histórias criam vida. Descubra agora