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~JENNA~

Juntei minhas coisas, e me sentei em uma das cadeiras da sala de espera, esperando mãe organizar sua sala para irmos embora.

N*- Tudo pronto? - pegunta, assim que saí de sua sala.

J*- tudo sim. Vamos? - me levanto, já pegando minha bolsa.

Minha mãe apenas respondeu com um "uhum", e seguimos caminho para o elevador, mas assim que adentramos o local, o som do meu celular nos tira do silêncio confortável.

Meu coração erra uma batida e o ar deixa meus pulmões, assim que leio o nome de Emma, na tela. Rápida e atrapalhadamente atendo sua ligação.

J*- oi, amor! Tudo bem? Aconteceu alguma coisa? Você sumiu a tarde toda, fiquei preocupada? Como você está? - falei sem parar, por conta do nervosismo.

E*- amor, respira. - sua risada fofa ecoou, através do celular. - agora está tudo bem. Aconteceram algumas coisas, mas é melhor que conversemos pessoalmente. Desculpe ter sumido, estava esperando seu horário de trabalho para te ligar, e aproveitando o tempo pra conversar algumas coisas com meu pai. Desculpe te dar preocupação. Eu estou bem, agora. - respondeu cada uma das minhas perguntas, e apesar de não estar vendo seu rosto e de alguns suspiros durante sua fala, sabia que existia um sorriso em seu rosto.

J*- ok... Ok. Estou saindo do trabalho agora. Você está na casa do seu pai? Quer que eu passe aí? - eu preciso vê-la e me certificar de que ela esteja bem.

E*- estou no meu pai, sim. Mas não precisa vir agora. Vá para casa, se arrume e depois passe para me buscar.  Ainda temos um encontro. - mais uma risadinha, não consegui conter meu próprio sorriso.

J*- ok. Passo aí às 19:00.

E*- estarei esperando. E Jenna... Eu te amo.

J*- eu te amo.

Nossa ligação se encerrou, assim que saí do elevador junto de minha mãe. Mas o sorriso bobo meu rosto permaneceu. Eu passei a tarde inteira preocupada com ela, buscando alguma notícia. E agora, apenas de ouvir sua voz, as borboletas em meu estômago, estavam como kamikazes em uma guerra.

N*- Emma está bem? - minha mãe perguntou assim que paramos em frente ao meu carro, ela também sorria, provavelmente admirando minha situação.

J*- acho que sim. Ela disse que aconteceram algumas coisas, mas que me dirá hoje a noite. Queria levá-la ontem à mesma praia onde a pedi em namoro, mas acabou não dando tempo, então, planejamos ir hoje a noite. Ela ligou pra confirmar.

N*- que bom que ela está bem. Você volta pra dormir em casa?

J*- acho que não, provavelmente vamos para o chalé. Por que a pergunta?

N*- ok... Lydia está saindo com um cara a algum tempo. Eu acho que comentei com você. - ela começou, em tanto quanto... Envergonhada? - bom... Ela vai levá-lo para jantar lá em casa hoje, e parece que um amigo dele vai junto...

Oh meu deus, agora eu entendi!

J*- a senhora está com vergonha?! Mãe! Está tudo bem. O papai foi um homem incrível, e nós nunca o esqueceremos, mas eu apóio muito, que a senhora aconteça alguém... Talvez se apaixonar de novo. - a cutuquei com o ombro e ela apenas riu.

N*- obrigada, filha. Eu te amo tanto. - me abraçou de lado, depositando um beijo em minha testa.

J*- eu também te amo, muito, mãe! - retribui o abraço. - bom.. vamo indo. Você tem um jantar e eu, um encontro. Não podemos nos atrasar.

A Garota Do Avião...Onde histórias criam vida. Descubra agora