Felipe esqueceu-se totalmente da ideia de beber, pi do fato de que não queria pensar em Letizia, mais tarde talvez o príncipe se arependesse da decisão, mas naquele momento, a única coisa que queria era estar exatamente onde estava e com quem estava, com Ela.
Ele não bebera, dera o copo de cerveja a um dos amigos dele e deixara a garrafa disponível para o grupinho que o acompanhava, decidiu fazê-lo por ela, se ela não bebia, ele tão pouco o faria, além disso, queria lembrar daquele momento, aquele momento onde tocaram bachata e ele a chamou para dançar, coisa que ela negou de início, mas acabou aceitando. Então Felipe a levou para a pista e descobriu um talento oculto de Letizia. Ela dançava, dançava divinamente bem. Ele realmente não esperava vê-la mover o corpo com tanta habilidade, ela tinha uma cadência perfeita e sabia exatamente que movimentos fazer e como fazê-los. Ele não dançava mal, e podia acompanhá-la com facilidade, mas ainda sim, custou a acostumar-se com a agilidade dela.
- você dança muito bem! - disse ele sussurrando no seu ouvido enquanto os dois deslizavam pela pista. Felipe viu quando ela sorriu.
- você não dança tão mal assim... - disse ela fazendo-o soltar uma gargalhada.
- aaaaah! Muito obrigado pelo seu quase elogio... - ela sorriu ainda mais e Felipe sentiu o coração errar a batida. Os dois seguiram dançando e Felipe não podia fingir, que não gostava de sentir como os corpos de ambos se aproximavam e como sua pele arrepiou com o toque leve de Letizia no seu ante-braço. Seus corpos moviam-se com uma harmonia incrível e a cada passo ficavam mais próximos e era mais difícil para ambos controlar a respiração. Ele notou como a respiração dela estava entrecortada, assim como a sua, seus olhares se cruzaram uma, duas, três vezes e Felipe sabia que ela sentia exatamente o mesmo que ele. Ele sabia que ela podia senti-lo, ele sentia o calor que emanava do corpo dela e ele também sabia que a química existente entre os dois era palpável. A música acabou e Letizia automaticamente soltou-se dos braços dele.
- podemos voltar? - pediu ela ofegante indicando o lugar onde ambos estavam antes. Ele assentiu e segurou sua mão para levá-la de volta ao camarote. Ao chegarem ali, Letizia sentou-se e olhou em volta.
- o que foi? - perguntou o príncipe, puxando a cadeira e sentando-se, desta vez mais perto da moça, que observava o gesto um tanto desconfiada.
- eu tô com sede... - disse ela olhando mais uma vez em volta. Felipe levantou-se e foi até onde estavam os seguranças dele, pediu que um deles fosse até o bar e comprasse o que Letizia quisesse, que no caso foi uma Coca-Cola, coisa que a moça insistiu em pagar, mesmo com Felipe dizendo um milhão de vezes que não precisava. Depois que recebeu a lata de refrigerante, ela ainda parecia tença.
- ei? - chamou Felipe tocando o braço dela de leve.
- você acha que alguém nos viu? - perguntou a jornalista claramente preocupada. Felipe sinalizou os seguranças para que a moça pudesse vê-los.
- você não notou que eles estavam aqui, notou? - Letizia negou com a cabeça.
- pois eh, enquanto nós dois dançávamos, eles estavam em volta, em pontos estratégicos para que ninguém pudesse nos ver. Não se preocupe. - falou o herdeiro espanhol sorrindo tranquilizador e com um toque de sedução. Ela terminou o copo de Coca-Cola.
- eu tenho que ir... - ela começou a se levantar, ao que Felipe acompanhou seu gesto.
- eu posso te levar em casa, se você quiser... -
- não precisa, eu vim de carro. - explicou Letizia pegando a pequena bolsa que tinha levado. Felipe piscou algumas vezes confuso. Não era habitual que ele recebesse uma recusa de uma mulher. Era óbvio que ele não queria só deixá-la na porta de casa, queria entrar na casa com ela, mais especificamente no quarto, e era óbvio que Letizia sabia disso.
- você mora com seus pais? - perguntou ele porque essa foi a única coisa plausível que ele conseguiu pensar para a recusa da moça. Letizia revirou os olhos.
- não, eu moro sozinha. - disse ela respirando profundamente com um tom na voz que denotava impaciência.
- então porque não quer que te acompanhe? - ela olho-o nos olhos por longos dois segundos e Felipe desejou não ter feito aquela pergunta.
- porque eu sei exatamente o que você quer. E eu não quero! - ela não precisava ser mais clara, Felipe controlou o impulso de perguntar o motivo, mas decidiu não fazê-lo pois Letizia o encarava com os olhos desafiadores. Ela só queria que ele continuasse. Felipe nunca havia sido rejeitado antes dessa maneira tão clara, ele era o príncipe e todas as mulheres só queriam uma oportunidade para ficar com ele. Claramente, Letizia não era desse tipo. Ele assentiu.
- posso ao menos fazer um último pedido? - perguntou ele sentindo um súbito nervosismo. Os olhos de Letizia o advertiam que uma palavra errada e ela se irritaria com ele. O príncipe respirou fundo e pediu.
- você pode me dar seu número? - pediu ele nervoso. Letizia pensou um pouco só para depois tirar o celular da bolsa.
- tudo bem, mas, uma brincadeirinha sua, uma frase subida de tom e já sabe, neh? Pode esquecer meu número! - ela falava com uma autoridade impressionante na voz, ele não esperava a atitude e não podia deixar de sorrir. Ela lhe disse seu número.
- agora eu realmente tenho que ir. Até mais! - ela guardou o telefone na bolsinha que carregava e deixou que Felipe lhe desse os habituais dois beijinhos no rosto. Ele a viu sair dali acompanhada por um dos seguranças a pedido do próprio Felipe, ela não olhou para trás nenhuma vez enquanto era conduzida pelo guarda-costas. Felipe tão pouco demorou muito para ir embora depois daquilo.
Quando já estava em casa, decidiu mandar uma mensagem pedindo que Letizia o avisasse quando chegasse em casa. "Oi, me avisa quando chegar em casa, tá bem? Boa noite, espero que você durma bem! " Ele esperou um pouco, mas a resposta não chegou, ele acabou dormindo com o celular apoiado no peitoral. Claro que ele sonhou com ela.
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um conto sem fadas
Fanfictionas pessoas sempre pensaram que se casar com um príncipe, tornar-se princesa é a realização de um conto de fadas. Mas, será que é? Letizia poderia dizer que não, definitivamente não.