pelas palavras do príncipe

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O coração do príncipe ainda estava sobressaltado quando ele se despediu de Letizia. O príncipe estava feliz, sobretudo por poder tê-la escutado, por saber que ainda havia alguma esperança, de que ele não a perderia. Felipe estava disposto a fazer qualquer coisa para não perdê-la, ele seria sincero com ela, diria tudo o que sentia e estava disposto a escutar Letizia. Saber o que ela pensava, o que ela sentia, se sentia medo, se estaba insegura, se ela não o amava. Felipe precisava saber todas essas coisas.

  O príncipe pensava em cada uma dessas coisas sentado ali, na varanda de seu próprio quarto, observando o céu, ainda com nuvens carregadas pelas chuvas, primeiras chuvas  invernais que molhavam os belos jardins dos arredores do palácio, o parapeito da varanda e até mesmo a cadeira onde ele se sentava. Felipe não se importava, ele passara anos importando-se com tudo, tudo o que tinha haver com a coroa, com a espanha, com os pais, com os reis. Ele era um príncipe, um príncipe herdeiro, o que Felipe não sabia se era muita sorte, ou muito asar. O príncipe nunca fôra considerado rebelde, muito pelo contrário, ele se dedicara plenamente à coroa. Isso nunca o incomodara, ele sabia que era seu dever. Mas, nos últimos anos, a parte real da sua vida começara a atrapalhar a vida pessoal, ele perdera as duas mulheres Que o príncipe mais havia amado na vida, mulheres com as quais ele sonhara em casar. Porém, seus pais desejavam mais, mais porque sua mãe e o rei queriam uma princesa para sei herdeiro, ou, se não uma princesa, ao menos uma nobre ou alguém da aristocracia. Nas duas vezes anteriores, Felipe se apaixonara por pessoas que não tinham essas características, segundo a mãe do herdeiro espanhol "não eram adecuadas para você". E por causa dela e do rei, ele as perdera, as duas. Agora, Felipe voltara a se apaixonar, ele voltara a imaginar um futuro com alguém, ele imaginava o dia de sua proclamação como rei, com sua esposa ao seu lado, e por esposa, ele queria dizer Letizia, ele podia vê-la ao seu lado, acenado para os espanhóis no balcão principal do palácio real. Felipe estava disposto a qualquer coisa para torná-la sua rainha, e não só sua, a rainha de todos os espanhóis. Ela era a sua escolha.

Felipe levantou-se dali e entrou no grande quarto, o jovem não havia notado quão tarde estava, os primeiros raios de sol entravam pelas enormes portas de vidro que levava a varanda, além das janelas que rodiavam o quarto. Felipe ficou feliz, porque aquilo significava que logo ele a encontraria. Foi com esse pensamento que o príncipe adormeceu.

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