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Eu estive com raiva e eu estou indo em sua direção

Com o diabo na porra do meu ombroTriggered — Chase Atlantic.

Minha visão parece estar coberta por uma névoa branca quando abro meus olhos, e pisco várias vezes tentando afastá-la

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Minha visão parece estar coberta por uma névoa branca quando abro meus olhos, e pisco várias vezes tentando afastá-la. Quando finalmente consigo enxergar alguma coisa, avalio o lugar em que estou com estranheza. Vejo um teto colorido por uma tinta branca envelhecida e uma lâmpada que oferece uma luz amarela ao cômodo.

Olho para o lado e encontro um guarda-roupas que não me pertence. Sapatos femininos e roupas pretas demais que com certeza não fazem parte do guarda-roupas de Liza. Uno as sobrancelhas, confuso, e o ato só serve para me provocar uma dor de cabeça terrível. Onde estou?

A realidade me atinge como um maldito soco no estômago quando me movo e sinto uma dor aguda em meu ombro. E quando olho para o outro lado do cômodo, encontro Liza sentada em uma poltrona, meio apagada.

Estou na França, na casa da minha família.

Richard está aqui.

Richard tentou me matar.

Eu tinha um plano, mas fiquei fraco demais para cumpri-lo.

Liz, Emma e mamãe estão em risco.

O pavor me consome com tanta ferocidade que sinto o ar faltar em meu pulmões e tento me sentar, mas sou parado pelas cordas que envolvem meu pulso e me mantém na cama. E então, quando olho para um de meus braços, percebo a agulha perfeitamente encaixada em minha veia e o fio transparente que me liga a Liza, o líquido vermelho saindo de seu corpo e adentrando o meu. Por que ela está me doando sangue?

Eu fiquei tão mal assim?

Abro a boca para chamá-la, mas tudo que sai da minha garganta é um pigarro. O som estranho que me faz tossir é o bastante para deixá-la sobressaltada. Liz se senta de forma ereta, rapidamente, e o brilho de alívio e carinho que vejo nas íris azuis quando ela me encara quase me fazem esquecer da situação de merda em que estamos.

— Você acordou! — exclama, as lágrimas escorrendo em seu rosto no instante seguinte.

Forço um sorriso, odiando ver o quão destruída ela está com tudo isso. Meu objetivo sempre foi protegê-la, arrancá-la da dor que carregou por anos. Tudo o que eu sempre quis foi tirar esse olhar destruído e perdido de seu rosto e eu consegui, por um bom tempo. E não suporto o fato de todo o sofrimento ter voltado as íris cor de mar, e dói pra caralho saber que tenho uma participação nisso.

DAMON | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora