Capítulo 42:Uma traição de dor espontânea.

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Henrique estava a caminho de Karnan para fazer os planos de Helena,mas sua cabeça fica martelando várias vezes as mesmas coisa "será que vale a pena isso tudo, eu gosto de Helena,mas..." Ele fala baixinho enquanto tenta prestar atenção em outra coisa:
-NÃO! não, não...pare de pensar nisso!-Ele falava olhando para a o castelo de Karnan um pouco longe.

Enquanto se aproximava, Henrique se forçou a focar nos detalhes do plano. Ele precisava envenenar a rainha, mãe de Arlete, e roubar a joia amarela, um item de imenso poder que Helena desejava. Mas a dúvida continuava a atormentá-lo. Suas lealdades estavam divididas entre o amor por Helena e o senso de justiça que sentia estar sendo traído.

Finalmente, Henrique chegou aos portões do castelo de Karnan. Ele foi recebido pelos guardas, que o reconheceram como um aliado, e conduzido para dentro do castelo. Ele observou a grandiosidade do lugar e sentiu um peso em seu coração. Será que estava realmente disposto a trair essas pessoas?

Enquanto caminhava pelos corredores, Henrique tentou lembrar a si mesmo das razões para seguir com o plano. Helena prometeu poder e glória, mas a que custo? Ele passou pelos aposentos da rainha e percebeu a oportunidade perfeita. Com o frasco de veneno em mãos, ele entrou na sala.

A rainha estava sentada, lendo um livro. Ela levantou os olhos e sorriu para Henrique.

- Ah, Henrique, é bom vê-lo. - disse ela com um tom amigável.

Henrique hesitou, suas mãos tremendo ligeiramente. Ele tentou forçar um sorriso.

- Majestade, tenho algo para você. - disse ele, aproximando-se com o frasco de veneno escondido.

No entanto, à medida que se aproximava, a dúvida voltou a atacá-lo. Ele parou, olhando para a rainha.

- Henrique, está tudo bem? - perguntou a rainha, notando sua hesitação.
Henrique olhava para os olhos da rainha e ao mesmo tempo ficava confuso e nervoso,ele então se vira e vai para a porta e abre:
-Vou lá pegar um copo d'água,estou um pouco enjoado da viagem.
A rainha então olhou e achou um pouco estranho e começou a desconfiar de Henrique:
-Pra que querido, se as servas podem trazer um para você?
Henrique sorriu, tentando esconder seu nervosismo, e se aproximou da mesa onde havia um cálice vazio.

- Não, realmente, não é preciso, majestade. Eu prefiro pegar eu mesmo. - Ele falou, tentando manter a voz firme.

A rainha observou Henrique com atenção, seus olhos revelando uma crescente desconfiança.

- Muito bem, como preferir, Henrique. - Ela respondeu, sua voz fria.
A rainha aceitou o cálice, mas antes que pudesse beber, ela falou com uma voz doce:
-É muito bom ver como cresceu Henrique, fico feliz.

Henrique então ficou olhando a rainha quase a beber o líquido até que alguma coisa em sua cabeça a imagem da rainha falecida parecia como o inferno, mas era tarde demais quando saiu do transe e foi pegar a taça de sua mão a rainha já havia bebido uma quantidade generosa e suculenta da água.

A rainha começou a cambalear, e Henrique, tomado pelo pânico, correu para ampará-la. Ela olhou para ele com olhos arregalados, entendendo lentamente o que havia acontecido.

- Henrique... por quê? - A rainha sussurrou, a dor e a confusão nublando sua voz.

Henrique, agora sentindo o peso de suas ações, balançou a cabeça, sem saber o que dizer. Ele tentou falar, mas as palavras não saíam. Ele sabia que nada do que dissesse poderia desfazer o que havia feito.

- Eu... eu sinto muito - gaguejou, segurando a rainha enquanto ela desfalecia.

A rainha, agora sem forças, caiu nos braços de Henrique. Ele olhou ao redor, desesperado, procurando ajuda. As servas, ouvindo o barulho, entraram correndo e viram a rainha desmaiada nos braços de Henrique.

- Chame um médico! - Gritou uma das servas, enquanto outras corriam para ajudar a rainha.

Henrique, ainda em choque, deixou que as servas cuidassem da rainha. Ele sabia que tinha cometido um erro terrível, um erro que poderia custar a vida da rainha e condenar sua própria alma. Enquanto observava a agitação ao seu redor, sentiu-se completamente perdido, sem saber como poderia consertar o que havia feito.
Henrique colocou a rainha, Eleanor, no sofá com cuidado, a culpa e o desespero dominando seus pensamentos. Ele sabia que permanecer ali seria perigoso para ele, mas também sentia uma profunda tristeza por suas ações. Pegando a mão da rainha, ele sussurrou:

- Me desculpe, Eleanor. Espero que você viva, mas não posso ficar aqui.

Ele levantou-se rapidamente, dando uma última olhada na rainha antes de sair da sala às pressas. Enquanto caminhava pelos corredores do castelo, sua mente estava um turbilhão de emoções conflitantes. Ele sabia que sua lealdade a Helena o havia levado a fazer algo imperdoável, mas não podia voltar atrás agora.

Henrique correu pelos corredores, evitando os olhares curiosos dos servos e guardas, e saiu do castelo, montando rapidamente em seu cavalo. Enquanto cavalgava para longe de Karnan, o peso de suas ações pressionava seu coração. Ele sabia que as consequências de seu ato ainda estavam por vir, e temia o momento em que teria de enfrentar Arlete e o resto do mundo pela traição que acabara de cometer.

Próximo capítulo 🌖...

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