Capítulo 45: Os dois lados.

12 2 0
                                    

Enquanto se aproximavam de Karnan, o clima quente e árido os envolveu. A areia fina era levada pelo vento, encontrando facilmente o caminho para dentro das roupas e causando desconforto. O sol forte fazia o suor escorrer pelos rostos cansados do grupo, mas a visão das muralhas da cidade lhes dava forças para continuar.

— Estamos quase lá — disse Crystal, protegendo os olhos do sol com a mão.

Zendei guiava Luz Negra com cuidado, enquanto Sophia se inclinava levemente para frente para evitar a areia que teimava em entrar em seus olhos. Noah, Ayla e Arlete caminhavam ao lado, mantendo-se unidos para enfrentar o ambiente hostil.

— Karnan não é um lugar fácil, mas vamos conseguir — comentou Noah, tentando manter o moral elevado.

Quando finalmente chegaram aos portões da cidade, a sensação de alívio foi palpável. O calor e a areia foram substituídos pelo burburinho das ruas movimentadas e pela visão das construções que ofereciam sombra e abrigo.
Arlete, enquanto subia as escadas do castelo de Karnan, parou por um momento para apreciar a paisagem. No horizonte, viu vários barcos e navios parados no porto, como se estivessem em greve. A visão das embarcações inativas e a expressão de tristeza e mágoa no rosto das pessoas deixavam claro que algo grave havia acontecido.


Antes que pudesse processar a cena, sentiu uma mão quente agarrar seu braço e puxá-la para dentro do castelo. Arlete tentou resistir, mas a força era surpreendente. Ela foi arrastada por um corredor escuro e, ao se virar para ver quem a segurava, encontrou os de Mirella a segurando:
-Que alegria te ver, VENHA PRECISO TE MOSTRA UMA COISA!
todos entram no Castelo também e seguem Mirella e Arlete, Finalmente, chegaram a um quarto onde a mãe de Arlete estava deitada, visivelmente sem forças.

— Mãe! — exclamou Arlete, correndo para o lado da cama.

A mãe de Arlete abriu os olhos lentamente e sorriu fracamente ao ver a filha.

— Arlete, querida... — murmurou ela, a voz fraca e cansada.

Mirella fechou a porta atrás de si e se virou para o grupo, o rosto sério.

— Ela está assim desde que o rei foi morto. Helena tomou o poder e trouxe caos ao reino. Sua mãe tentou resistir, mas foi envenenada. Precisamos encontrar um antídoto — explicou Mirella, com um tom grave.

Arlete segurou a mão da mãe, lutando contra as lágrimas.

— Faremos tudo o que pudermos para ajudá-la. 
Arlete, segurando as mãos da mãe com força, olhou profundamente nos olhos dela, buscando desesperadamente por alguma pista.

- Você se lembra de quem fez isso? - perguntou, a voz trêmula de emoção e preocupação.

A mãe de Arlete, ainda um pouco fraca mas visivelmente melhor após o antídoto, fechou os olhos por um momento, tentando se concentrar. Lentamente, abriu-os novamente e sussurrou, cuidadosamente:

- Hmm... não muito bem, mas lembro de ter visto sua aparência... olhos vermelhos, cabelo preto... e falei seu primeiro nome... acho que He... he...

Arlete sentiu um arrepio percorrer sua espinha. As lágrimas brotaram em seus olhos enquanto ela apertava as mãos da mãe com mais força.

- Henrique... - murmurou Arlete, quase para si mesma, sentindo a raiva e a traição ferverem dentro dela.

Determinação se misturava com tristeza enquanto Arlete olhava para os outros presentes na sala.
Sophia  sem acreditar seus olhos enchiam de tristeza depois disso, nem ela mesma acredita:
-NÃO Henrique não fez isso,ele nunca faria uma coisa dessas, não...
Zendei olhava para Sophia, não entendo direito seus sentimentos por esse tal homem.
Arlete por outro lado furiosa e com raiva:
-COMO NÃO! NÃO ESTÁ VENDO COMO MINHA MÃE ESTÁ,ele enganou todos nós até mesmo eu!
Sophia não conseguia encaixar aquilo em sua cabeça:
-NÃO,ele nunca poderia ter tentado isso, vocês devem está loucos-disse Sophia com um tom de raiva e fúria olhando nos olhos de Arlete.

Sophia saiu da sala em um misto de raiva e frustração, entrando em um dos quartos próximos. Zendei, preocupado, correu atrás dela, tentando entender o que estava acontecendo. Ele encontrou Sophia encostada na parede do quarto, respirando fundo para tentar acalmar suas emoções.

— Sophia, o que aconteceu lá atrás? — perguntou Zendei, colocando uma mão em seu ombro com cuidado.

Sophia olhou para Zendei com os olhos cheios de lágrimas.
— Eu não consigo acreditar que estão acusando Henrique. Ele é meu amigo, Zendei. Eu sei que ele não faria algo assim — disse ela com voz embargada.
— Eu não consigo acreditar que estão acusando Henrique. Ele é como...eu gostava dele...mas agora  eu não sei como ele faria algo assim — disse ela com voz embargada
Zendei ficou um pouco triste em ouvir aquelas palavras,mas não iria deixar aquilo lhe abalar:
-Mas e eu Sophia!
Disse Zendei limpando suas lágrimas:
-Eu gosto de você Sophia,mas e você...?
Sophia olhando para Zendei ,ela vira seu rosto para baixo:
-Eu não sei ainda, Zendei, Senti uma coisa muito grande por Henrique mesmo não o conhecendo direito...
Zendei ouvindo aquelas palavras não consegui segurar sua raiva e amor pela Sophia:
-Como pode amar alguém que nem quer te ver mais!, eu gosto de você, posso não conhecer esse tal de Henrique mas sei que não há nada de verdadeiro nele!

Próximo capítulo 🌓..

O Legado dos Reinos:O Esplendor da Realeza Onde histórias criam vida. Descubra agora