Capítulo 52:Uma filha nova, Um filhote embora.

8 1 0
                                    

A última parte do segredo de Amélia que ela não conta uma promessa feita pelos dois Erick e Amélia.

Quando todos estavam pegando suas jóias,
Erick observava o dragão abatido, sua majestosa figura agora vulnerável. A curiosidade o guiou até a criatura adormecida, e ao levantar uma de suas asas, ele encontrou um pequeno filhote, protegido e indefeso. Com um coração pesado, tocou suavemente o animal, que dormia tranquilamente.

Ao se agachar para olhar mais de perto, Erick ficou chocado ao notar uma luz cintilante no peito do filhote. A jóia que tanto desejava estava ali, presa em seu ser. Ao mesmo tempo em que lágrimas brotavam de seus olhos, seus ajudantes apareceram, preocupados.

— Majestade, o senhor precisa de ajuda? Todos já se foram… — um deles perguntou, ao ver a expressão sombria de Erick.

Com a voz embargada, ele acariciou a cabeça do filhote e respondeu:

— Me ajudem a levá-lo…

Kerayama, pai de Ayla e Zendei, aproximou-se, reconhecendo a gravidade da situação. Juntos, ergueram o filhote e o colocaram na carruagem, levando-o para uma caverna escondida atrás do castelo de Diamond. Ao chegarem, Erick acenou para que todos se afastassem.

Com a espada em mãos e o coração apertado, ele sussurrou:

— Eu sinto muito... muito mesmo. Mas há alguém igual a você que eu amo e não posso deixar morrer…

Kerayama, observando de longe, virou o rosto, incapaz de testemunhar a cena dolorosa que se desenrolava. Erick, com mãos trêmulas, começou o procedimento que sabia ser necessário. Os gemidos do dragão ecoaram pela caverna enquanto ele arrancava a jóia, um ato repleto de tristeza e desespero. Com um último gemido, o silêncio tomou conta do local.

Kerayama espiou com cautela e viu a jóia — um belo cristal roxo, cintilante, agora nas mãos de Erick. O filhote, sem vida, repousava como se dormisse. Tremendo, ele saiu da caverna, aliviado por não ter sido descoberto, enquanto Erick cobria o corpo do dragão com seu casaco, decidido a dar-lhe um descanso digno.

A promessa feita a Amélia ressoava em sua mente, ecoando o dilema entre amor e sacrifício.

Erick deixou o pequeno dragão cercado de flores, um tributo à sua breve vida, e partiu rapidamente com seus cavaleiros em direção ao castelo. O peso da perda ainda o acompanhava, mas sua determinação em salvar sua filha superava a dor.

Enquanto isso, a mãe do dragão, mesmo gravemente ferida e com uma asa machucada, despertou. O instinto a guiava, e o cheiro do filhote a impulsionou a voar, apesar das quedas. Ela lutava contra a dor, sua determinação alimentada pela necessidade de encontrar seu bebê.

Conforme se aproximava do castelo, a montanha se ergueu diante dela, e uma caverna se destacou em meio ao terreno. Ao entrar, avistou seu filhote deitado na pedra, o sangue já seco ao redor dele. Um grito de desespero e raiva ecoou pela caverna, misturando-se com a dor da perda.

A mãe do dragão se aproximou, seus olhos ardendo com uma fúria intensa. O amor pela sua cria transformou-se em um desejo voraz de vingança. Ela sentia que quem tivesse usado a jóia de seu filhote pagaria um preço alto.

O Legado dos Reinos:O Esplendor da Realeza Onde histórias criam vida. Descubra agora