18. O segundo confronto.

34 6 1
                                    

No dia seguinte ao uso do "vale sexo", Taehyung estava na frente do espelho do guarda roupa em seu quarto arrumando a gravata que combinava elegantemente com seu terno preto.
Sue-Yang estava no sofá da sala falando ao celular com sua mãe, e recebia uma bronca daquelas por não ter dado notícias por dias.
- Eu sei, mãe. Me desculpa. - pediu a garota.
Quer me matar do coração ou me fazer pegar um avião para ir até aí saber de você? - Nanyin-Yang gritava com a filha. - Da próxima vez que você ficar sem me dar notícias eu juro que coloco sua foto na televisão.
- Mamãe!! - Yang bufou sabendo que ela realmente seria capaz disso. - Cuidado com o coração, vai. Eu já pedi desculpas.
Se não fosse o R.A.B eu já teria enlouquecido aqui. - disse mamãe do outro lado.
Yang sentiu um back, ficou tonta e sentiu como se estivesse em queda livre - mesmo estando deitada no sofá da sala. Uma pressão em seu peito fez com que ela esquecesse de respirar por um momento.
Taehyung saia do quarto para atravessar a sala em direção a cozinha quando olhou a garota pálida no sofá, ele se aproximou dela.
- Yang? - ele a tocou: ela estava gelada, então ele a sacudiu. - Sue-Yang?!
Yang voltou a si e se sentou, seu coração metralhava em seu peito, sua garganta seca arranhou quando ela forçou a pronúncia das palavras.
- Mamãe, o que você disse?
- O que foi? - V se sentou ao lado da garota.
Você sumiu por dias, não pude te contar. - disse a mãe de Yang do outro lado. - Não tem muito tempo que eu descobri que tenho um admirador secreto, eu não o conheço, mas ele me manda flores todos os dias. Os cartões perfumados que vem junto, teem a assinatura de R.A.B, a letra dele é muito bonita.
Yang não acreditava, a mãe dela realmente repetiu a pronúncia das letras que abreviavam o nome do seu tentante assassino, desde que JK a resgatou no estacionamento e ninguém sabia do seu paradeiro, ela acredita que Wook tenha encontrado sua mãe e estava a mandando flores para que Yang tivesse conhecimento da informação que de que ele sabia onde ela morava, e que se a garota não aparecesse ele a mataria em seu lugar.
- Mamãe, você tem que chamar a polícia! - disse Yang com a voz trêmula.
- O que está acontecendo? - V insistia sussurrando curioso ao lado da garota.
Chamar a polícia? Por que eu deveria chamar a polícia? - questionou Nanyin.
Yang não podia contar, sua mãe já estava em perigo, se soubesse o que realmente estava acontecendo ela poderia não aguentar e infartar sozinha do outro lado. A única coisa que Yang podia fazer agora era usar as próprias palavras da mãe contra ela mesma.
A garota se levantou e começou a andar em círculos pela sala.
- V-você não sabe quem é essa pessoa, não pode ficar aceitando essas flores. Não fica preocupada em como ele sabe onde você mora? - Yang disse. - Ele pode ser um assassino, um traficante, pode estar querendo sequestrar você.
V olhou Yang andar em círculos pela sua sala e se levantou, ele parou a garota segurando em seus ombros.
- Para! - ele disse baixo para não ser ouvido do outro lado da ligação. - Você está muito pálida, tem que se acalmar.
Mandando flores aqui para casa? - a mãe da garota riu. - Olha só, se preocupando como eu fosse a filha e você a mãe.
Yang olhou V nos olhos e respirou fundo para de acalmar como ele aconselhou, ela ainda estava tonta e geralmente costumava desmaiar quando se sentia assim.
- E-eu só fiquei preocupada com você.
Alguém bateu na porta e Yang passou por V para atender, antes de tocar a maçaneta V a segurou: ela o olhou.
- Toma uma água e termina de falar com a sua mãe. - ele disse. - Deixa que eu atendo.
Sue-Yang suspirou e passou por ele, ouviu quando ele abriu a porta.
- Pois não? - V atendeu a pessoa a porta.
- Boa tarde, eu estou procurando uma pessoa, uma garota. - disse o alguém a porta.
Yang parou quando ouviu a voz, sentiu como se sua alma tivesse fugido e voltado para o seu corpo em fração de milésimos. Ainda com o celular encostando no rosto e ouvindo sua mãe falar, ela se virou lentamente e reconheceu a pessoa a parte.
- Quem você está procurando? - V perguntou.
O corpo da garota estremeceu e o celular caiu de sua mão, a pessoa lá fora olhou por cima dos ombros de Taehyung e a viu, um sorriso se formou em seus lábios.
Em um pulo Yang voou em direção a pessoa fazendo V se bater na parede e empurrou a porta na tentativa de fecha-la, a pessoa foi tão rápida quanto a garota e empurrou a porta a impedindo de ser fechada, ali eles travaram a medição de força para ver quem conseguiria o que queria.
V viu tudo aquilo confuso e assustado, mas sua reação foi ajudar Yang a fechar a porta.
- O que está acontecendo? - ele perguntou a Yang.
Para a infeliz coincidência da garota, aquela era a mesma pessoa de quem sua mãe recebi as flores.
- Achou que eu não iria encontrar você? - R.A.B disse do outro lado e deu risada.
- Quem é esse maluco? - questionou V lutando para fechar a porta.
Yang também lutava para conseguir fechar, e deslizou para baixo encostada na porta, ela tentou alcançar seu celular com o pé.
- Foi ele. - contou Yang. - O que aconteceu lá em casa... foi ele!
- Droga. - resmungou V tentando colocar mais força contra a porta.
- Você está me dando muito trabalho, garota. - disse Raymond. - Sabe o que eu tive que ouvir do patrão por causa de você?
Com muita dificuldade a garota conseguiu puxar o seu celular com os pés, a tela estava partida, mas ainda era visível, a ligação com sua mãe ainda está ativa e ela a desligou. A garota abriu o aplicativo de sms e clicou no último contato que havia trocado mensagem: era Changbin. Eles conversaram mais cedo e Binnie contou sobre como Han estava em relação à noite passada.
"SOS R.A.B" , Yang enviou para ele e anexou a localização em tempo real a mensagem.
- Você já está me enchendo, garota. - disse R.A.B.
Em seguida ela ouviu V gritar, e olhou para cima.
O garoto que estava encostado a porta tinha um punhal enfiado em seu peito.
- AH, MEU DEUS. - Yang gritou em desespero.
Taehyung fraquejou e caiu sentado no chão deslizando pela porta enquanto usava o resto de força que tinha pra empurrar a mesma.
R.A.B gargalhou. - Ninguém mais precisava se machucar se você aceitasse cooperar.
- E-eu tô bem. - Tae disse para Yang.
A garota analisou em questão de segundos onde o punhal havia perfurado o garoto.
Ela sentiu algo atrás tocando seu quadril e olhou, ela o pé de R.A.B passando pela frecha da porta aberta.
A garota puxou o punhal do peito de V que gemeu alto e enfiou o mesmo no pé de R.A.B, que também gritou e recuou fazendo com que a porta fosse finalmente fechada. Rapidamente V girou o trinco da fechadura trancando a porta e se sentou encostado na parede com a mão no peito.
- Taehyung, Taehyung, olha para mim. - Yang se aproximou dele de joelhos e segurou o rosto dele entre suas mãos.
V estava ofegante, mas não parecia mais tão nervoso.
- Ninguém... ninguém nunca te falou que não pode tirar o objeto perfurante de um ferimento?
Yang afrouxou a gravata do rapaz e abriu seu terno para analisar o ferimento.
- Foi superficial. - ela disse antes mesmo de ver a profundidade. - Não ultrapassou a musculatura, não tem com o que se preocupar, mas você deve estar sentindo muito dor.
Batidas fortes e repetitivas fizeram a porta tremer fazendo V e Yang se assustarem.
- Desgraçada, abre essa porta. - o homem do outro lado gritou.
- Eu já chamei a polícia, eles estão a caminho. - Yang mentiu em resposta. - Se não quiser daqui preso é melhor ir embora.
- O que esse cara quer com você? - V perguntou e gemeu.
Yang fez sinal de silêncio para ele, as batidas a porta cessaram e ela se aproximou devagar da mesma, encostou o rosto na tentativa de ouvir algo, mas não ouviu mais nada.
- Acho que foi embora. - ela sussurrou para V.
- Ligou mesmo para a polícia? - perguntou V.
A garota fez que não e se levantou, ela ajudou V a se levantar e se fazendo de apoio, ela o levou para a cozinha.
Com instituições de V, Yang pegou no armário de baixo da pia um kit de primeiros socorros, ela limpou o ferimento no peito do rapaz e fez um curativo e deu a ele um analgésico.
Ela se sentiu no dever de contar toda a verdade a ele já que ele havia entrado na história.
- Então, tudo não passa de um chilique do CEO da JYP. - disse Taehyung depois de ouvir tudo. - Isso é absurdo de mais.
- Eu sei. - disse Yang sentada a mesa. - Ele não...
TOC TOC TOC, batidas na porta interromperam a garota.
Os dois se olharam, V fez sinal para que ela permanecesse onde estava e foi para a sala. Obviamente Yang não o deixaria ir sozinho e o seguiu com cautela.
V se aproximou devagar da porta e olhou pelo olho mágico, ele olhou Yang e abriu a porta.
Ambos se retraíram um pouco com o susto ao ver o rapaz armado do outro lado.

v1 - Not celebrity • STAY ARMYOnde histórias criam vida. Descubra agora