16. Confronto.

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FLASHBACK

Com o arrependimento de ter contado ao CEO da JYP sobre a relação íntima que Han Jisung tinha com Sue-Yang, Hyunjin quis tirar satisfação sobre a ameaça que o homem havia feito para o amigo. Quando chegou a porta entreaberta da sala de seu chefe, ele ouviu a voz do homem.
— Ótimo, então você pode por em prática.
Hyunjin se esticou para olhar pela fresta da porta e viu o homem de costas falando no celular.
— Aquele garoto está se tornando um pé no saco, se ele não fosse uma fonte de dinheiro para mim, ele teria o mesmo fim que essa garota. — disse o homem para o celular.
Hyunjin sentiu uma sensação ruim, e pensou consigo mesmo se o que o CEO dissera significava o mesmo que ele havia pensado.
— Quero que a faça sofrer, Raymond. Faça ela saber que fui eu. — disse o CEO. — Depois mate-a e faça parecer um roubo.
Hyunjin sentiu um aperto no peito e sua garganta secou, ele sentiu seu corpo estremecer. O garoto voltou dali mesmo para onde estava antes, e no caminho ele começou a correr para chegar mais rápido.
Ele abriu com força a porta da sala de descanso e passou pela mesma.
— Que susto, o que aconteceu? — Lee Know perguntou vendo o rapaz.
Hyunjin olhou pela sala procurando por algo.
— Cadê o Han Jisung?
— Saiu agora a pouco, o Chan foi atrás dele. — contou Félix.
— O que foi? - I.N perguntou.
— Eu explico depois. — disse Hyunjin e saiu correndo da sala.
No final do corredor ele chamou o elevador, mas pelo painel viu que ainda demoraria alguns andares, então ele correu para as escadas e literalmente voou por cada degrau até chegar no estacionamento, entrou rápido em seu carro, o ligou e deu partida.
Enquanto dirigia em alta velocidade, Hyunjin conectou seu celular ao automóvel e discou uma chamada para Yang, mas a garota não atendia.
— Que droga, garota, atende! — ele resmungou sozinho.
De forma imprudente ele dirigiu por uns minutos driblando tudo o que havia em sua frente, ele tinha certeza de que receberia inúmeras multas, mas no momento aquela não era sua maior preocupação.
Ele insistiu em ligar para a garota, e não terceira tentativa, ela atendeu.
• O que é que você quer, hein?
— Sue-Yang. — ele pronunciou de forma estérica, passou com o carro raspando entre uma moto e um ônibus em alta velocidade para ultrapassar o semáforo no laranja e deslizou na pista quando dobrou uma esquina fazendo fumaça sair dos pneus traseiros: alguns veículos buzinaram com força.
• O que foi, garoto? Qual o problema?
— Você está em casa?
• Estou, por quê?
— Sai daí agora.  — Hyunjin quase gritou, olhou pelo retrovisor e trocou de faixa. — Não pega nada, só sai daí o mais rápido que puder.
A garota do outro lado da linha demorou a responder.
• Ficou maluco? Por que eu sairia de casa agora?
— Sue-Yang, me escuta, — ele pausou de forma breve e insistiu. — você precisa sair daí agora.
O garoto ouviu o som de campainha ser tocada vindo da ligação: ele estremeceu quando ouviu batidas.
• Eu preciso desligar, se for importante manda mensagem que eu vejo depois. Tchau.
— Não abre, você está em perigo. — Hyunjin tentou dizer, mas a ligação havia sido encerrada antes mesmo que completasse a última palavra. – Não, não, não. Que merda!!
Enraivecido ele esmurrou o volante e fez zig-zag na pista por um momento.
Mais à frente Hyunjin foi pego pelo trânsito congestionado e não havia como seguir por uma rota alternativa, ficou preso ali cerca de 15 minutos, e nesse tempo tentou ligar algumas vezes para a garota que não atendia.

Quando o trânsito seguiu e ele finalmente chegou onde Sue-Yang morava, parou o carro em uma vaga e desceu correndo em direção ao elevador. No caminho, ele viu duas pessoas sentadas na saída da porta das escadas: eram Han e Bangchan.
Quando Hyunjin se aproximou, viu que Han estava em prantos e Bangchan com o rosto machucado.
— Ei. — ele se aproximou ofegante.
Bangchan, que estava sentado no chão com o outro garoto, olhou para cima reconhecendo o amigo.
— Hyunjin? — estranhou a presença do tal ali. — O que você está fazendo aqui?
Hyunjin olhou Han em prantos mais uma vez e voltou a olhar Chan.
— O que aconteceu?
— Fomos surpreendidos na casa da Yang. — contou Bangchan. Ele contou a Hyunjin o que aconteceu desde que chegaram na casa da garota até o atual momento.
— Como assim não sabem onde ela está? — Hyunjin quase gritou.
— Simplesmente não sei. — contou Han entre o choramingo. — Ela estava desmaiada, deixei ela bem aqui e voltei para ajudar o Chan, e quando voltamos ela não estava mais. Procuramos por todo o estacionamento.
— Não tem como ter sido aquele cara. — disse Bangchan, se referia a R.A.B. — Quando Han voltou e nós saímos, deixamos ele lá desacordado.
— Como é que você foi deixar ela sozinha? — Hyunjin reclamou. 
— Eu achava que o Chan fosse precisar de ajuda. — Han se levantou e limpou o rosto. — Temos que chamar a polícia, já deveríamos ter feito isso.
— Não! — Bangchan e Hyunjin disseram em sincronia, ambos se olharam.
Han olhou os dois sem entender.
— Não? — ele pausou. — Como não? Tentaram matar ela. 
— O problema é quem tentou matar ela. — Bangchan se levantou, ainda segurava a lateral do corpo onde havia sido golpeado.
— Você sabe? — perguntou Hyunjin.
—  Tenho minhas suspeitas. — disse Chan.
— Como assim vocês sabem? Quem fez isso com ela? — Han era o único confuso ali.
Bangchan e Hyunjin se olharam, houve êxito de ambas as partes em contar.
— Jung Wook. — disse Hyunjin.
Han ficou parado por um tempo olhando os amigos, ele estava na dúvida se realmente ouvira o nome certo na acusação.
— Sr. Wook? — ele repetiu. — Nosso CEO?
— Aquele homem, — disse Chan. — o nome dele é Raymond alguma coisa. Eu já vi ele na JYP com o Jung Wook.
— Foi esse nome que ele disse. — Hyunjin falou. — Raymond!
— O que você está falando? — questionou Han.
— Quando tomei a frente do Chan e fui falar com o CEO, eu não cheguei a entrar na sala, ele estava falando ao celular. Ele disse esse nome, e mandou que ele matasse alguém. — contou Hyunjin. — Eu tive uma sensação ruim, liguei várias vezes e ela não atendia, por isso vim pessoalmente checar.
— Como... — Han parou pensativo. — Como você tem o número dela, ou sabe onde ela mora?
Hyunjin engoliu a seco e fraquejou a postura.
— E-eu peguei o número dela escondido no seu celular a alguns dias. — ele disse. — Nos encontramos para conversar e eu trouxe ela para casa.
— Conversar? — Han havia ficado mais confuso que antes. — Você? Com ela?
Hyunjin criou coragem e contou que foi ele quem havia contado ao Sr. Wook sobre a relação íntima entre Han e Yang, e que o CEO havia dito que teria uma conversa com ela para que ela se afastasse do ídol. Mas ele se ofereceu para fazer a primeira tentativa, que foi quando ele ligou para o número pela primeira vez e a encontrou para conversar.
Han partiu enraivado para cima do colega mas foi segurado por Chan.
— Eu sinto muito. — disse Hyunjin realmente arrependido. — Eu não sabia que ele faria isso.
— Não é culpa dele, mesmo que ele não tivesse dito nada em algum momento o Sr. Wook iria descobrir. — disse Chan imobilizando Han com os braços para trás.
— Se acontecer alguma coisa com ela eu juro que mato você. — ameaçou Han.
— Não temos nenhuma prova sólida contra o Sr. Wook. — Bangchan disse soltando Han devagar para ter certeza que não atacaria Hyunjin. —  Só o que temos a fazer agora é voltar para a empresa e confronta-lo.
Nisso Han e Hyunjin concordaram e assim eles fizeram: Han seguiu com com Bangchan no carro do líder, e Hyunjin no seu.

v1 - Not celebrity • STAY ARMYOnde histórias criam vida. Descubra agora