PROMETO ATUALIZAR COM MAIS FREQUÊNCIA MEUS DOCINHOS
Estava com hepatite A, e tenho feito aulas para a autoescola recentemente então não tive muito tempo pra escrever.
(Fiz algo pra quem não consegue imaginar visivelmente os personagens na imaginação, posso pecar muito nisso em alguns detalhes então deixo aqui uma imagem pra ajudá-los) Claro que isso não impede vocês de imaginar da maneira que quiser
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2018Janeiro, 10
Sexta-feira
Residencial Slimani — Yale
06:00
O cheiro de sabonete ainda era notável em sua pele bronzeada, minha boca ainda descia devagar sob as anulações de seu abdômen definido, uma de suas mãos agarrava tão forte meu cabelo como se quisesse me afastar mas sua respiração irregular dizia ao contrário.
— Puta merda..
Eu sorri contra sua pele, o caminho da perdição perigosamente perto, usei as duas mãos de cada lado do seu quadril largo pra descer a boxer devagar.
Majestoso
— Mi starà davvero bene in gola, mio ragazzone..
— Abelinha.. — Sua voz ficou séria de repente, e eu levantei os olhos para o seu rosto, parando tudo. — Domi..Dominique, acorde!
O que?
O barulho do despertador soou alto, ao mesmo tempo que Bradley me balançava com delicadeza na cama de solteiro do meu dormitorio. A luz invadia a janela do quarto, pisquei várias vezes com os olhos arregalados, observei a nossa volta; o notebook na escrivaninha junto com embalagens de doces e a caixa de pizza vazia no chão. Sentei na ponta da cama quase derrubando meu amigo que parecia constrangido, mas não o suficiente pra fugir aparentemente.
Porccodio, eu estava sonhando!
Desde criança, provavelmente desde que alguma palavra coerente saia da minha boca, eu falava dormindo. Era uma mania inconsciente, que não se perdeu quando cresci, apenas diminuiu constantemente. Luigi não tinha o sono tão leve e eu nem sempre falava tão alto, o que não atrapalhava ele caso acontecesse.
Mas a maneira que Bradley tem o rosto vermelho, as pupilas dilatadas e a boca entreaberta eram um sinal de que sim.. Ele me ouviu.
Levantei da cama em um pulo, dando dois passos pra trás com uma risada sem graça. — Bom dia?
— Acabamos pegando no sono assistindo Shrek, você estava tão confortável dormindo em cima de mim que eu não quis levantar. — Admitiu sem se mexer na cama, a coberta preta o cobrindo até a metade do corpo.. Sem camisa. — Desculpe, eu acabei ficando com calor no meio da noite..
— Oh, eu posso te entender bem, está um calor infernal! — Soltei descendo os olhos rapidamente por seu abdomem e voltando ao rosto avermelhado. —De qualquer forma, eu quem tenho que me desculpar pe-pelo sonho.. — Cocei minha cabeça tentada a me jogar pela janela.
— Ainda são seis da manhã..
— Sei que costuma acordar esse horário na sexta, então sempre ativo o alarme pra conversar com você antes da sua corrida matinal. — Dei de ombros e isso o fez sorrir largo. — Não mostre tanto os dentes, isso não é nada demais.
— Você odeia acordar cedo, e colocou um alarme as seis da manhã todas as sextas pra falar comigo. É sim algo demais. — Repetiu o que eu disse, um entusiasmo repentino, e então se colou as costas o máximo possível contra a parede, dando uma palmada ao espaço que sobrou na cama. — Venha, não vou correr hoje.
— Não? — Sussurrei desconfiada tentando não sorrir, ele negou com a cabeça, puxei a cortina pra deixar o quarto escuro e depois devagar me aconcheguei ao seu lado não esperando que ele me cobrisse e usasse o braço grande pra nos juntar. Pude sentir o estremecer quando algo se chocou contra o meu corpo e isso sim me fez sorrir fingindo demência ao encostar a cabeça contra o seu peito. — Está tudo bem aí?
— Por Deus, durma, são os hormônios! — Resmunga baixo entredentes e quase começo a rir.
— Certo, o próximo alarme é as nove. — Avisei fechando os olhos e realmente sentindo o cheiro de sabonete, ele é real.
Passaram alguns minutos em silêncio, mesmo com os olhos fechados, eu sabia pela respiração que ele também não tinha pegado no sono novamente. Mas foi com grande surpresa que meu corpo automaticamente se arqueou contra o dele, graças ao movimento suave das mãos subindo do fim das costas ao começo. — O que você estava sonhando?
— Por que quer saber? — Devolvi em um sussurro, como se mesmo que estivéssemos só nós dois, ainda sim alguém pudesse nos ouvir.
— Sua voz fica repetindo em minha mente. — Respondeu, os dedos de uma das mãos se enfiando entre meu cabelo solto devagar.
— E o que ela diz? — Me arrepio com seu corpo baixando um pouco na cama, sabia que seus pés estavam provávelmente de fora já que agora sua respiração estava contra o meu rosto. Abri os olhos devagar apenas pra encontrar o dele extremamente perto, nossos narizes de ponta a ponta.
— "Vai fazer uma sensação muito boa na minha garganta, meu garotão." O sotaque carregado italiano ajuda muito, se quer saber.. — Seus olhos azuis estavam mais escuros com a pupila dilatada e ele respondeu tão baixo que sua voz rouca me fez arrepiar dos pés a cabeça. Segurei seu queixo meio trêmula mas com os instintos falando mais alto, comecei descendo beijos suaves do seu maxilar ao pescoço, dando uma atenção especial com a língua entre ele e a nuca.— Abelinha..
Meu corpo parecia funcionar ao comando de sua voz, sem pensar muito nos movimentamos em conjunto pra que eu conseguisse ficar por cima, não foi muito esforço.
— Acorda palha--.. Puta merda!
Me joguei para o lado esquecendo que a cama não era grande o suficiente, Bradley que me segurava firme caiu por cima de mim no chão criando um estrondo dos nossos corpos. Encarei Luigi e Mario que ainda estavam com a porta escancarada e os olhos arregalados.
— Bom dia, trouxeram pão? — Bradley questiona, a voz meio quebradiça, o que me faz gargalhar tentando me esconder no seu peito.
— Não acredito que vou ter que bater na porta do meu próprio dormitório antes de entrar. — Consegui ouvir meu colega reclamar em meio ao meu riso.
— Não seja estraga prazeres, Domi sempre bate na porta antes. — Mario me defendeu, levantei a mão fazendo metade de um coração sem saber sua direção exatamente por não estar olhando.
— Vamos tomar café ou vocês apenas vão ficar aí no chão?
Beijei o peito desnudo de Bradley me separando pra levantar devagar. Apesar da situação constrangedora, eu não sentia nada além de uma pequena satisfação de que, por um momento talvez o cara de quem eu gosto tenha ficado animado por mim.
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Quem é você?
RomanceUma mensagem de um número desconhecido tirou Dominique Vergari de sua zona de conforto pela primeira vez em 21 anos.