CAPÍTULO 18

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Enzo Moretti

Já são dez da noite, eu esperava descer do Jatinho e chegar em casa se jogar na minha piccola, mas nem tudo é como eu desejo, eu deveria ter imaginado quando falei com a minha mãe.

Ando para lá e pra cá com a merda do celular na mão ligando para minha mãe e para Dakota, até para nonna que tem um dedo nisso tudo.

- cagna che mi ha partorito - papà xinga  na mesma situação que eu.

- e elas nem me convidaram, porra! Estava com uma vontade louca de sentar em alguem - Luigi chama a atenção de mim e do meu pai.

Ele está distraído com a cara no celular sentado no MEU sofá. Passo atrás do sofá e pego seu celular.

- ei - ele pula para outro lado do sofá e tenta pegar o celular da minha mão, mas não consegue.

- Cazzo- rosno olhando a porra de um story de Antônio em uma foto com a minha mulher quase morta e as outras mulheres quase mortas pelo o meu pai.

É uma foto em que Antônio está com seu braço envolvido nos ombros da minha mulher fazendo uma selfie e a minha mãe atrás com a minha vó, todas elas estão com bebidas na mão.

Aperto o celular em minha mão, até escutar o rosno do meu pai que tira o celular da minha mão olhando com fúria para ele.

- A mãe de vocês sempre passa do controle com a sua nonna, mas agora piorou tudo com a sua namorada. Aquela menina é...... - é a minha vez de rosnar na sua direção.

- os dois cachorros em cio vão parar de  rosnar quando? - Luigi bufa e pega celular da minha mão.

- como os seguranças foram tão estúpidos ao ponto de não saberem onde elas estão? - falo irritado.

Porra, era só para fazer companhia para Dakota e não para levar ela para beber.

- a sua nonna sempre consegue enrolar eles - meu pai está mais sem paciência que eu.

- eu sei aonde eles estão- nós dois olhamos para o meu irmão sorrindo no sofá.

- aonde? - meu pai fala.

- em uma boate aqui perto. A bebida de lá é sensacional e tem mulheres e homens gostosos pra caralho.

- pare de ser tão nojento e vamos buscar esses animais logo antes que enlouqueço.

Pego a chave do carro sendo seguido pelos dois atrás de mim. Entro no carro tendo o meu pai do meu lado e meu irmão atrás no banco do meio dizendo a localização do local.

Quando chegamos no local e saímos do carro vemos diversas pessoas do lado de fora quanto do lado de dentro da boate. Entramos dentro e tem tanta gente se movimentado com a música alto eletrônica. Olho para trás e só vejo meu pai, para depois vê o meu irmão em um beijo com uma mulher desconhecida. Meu pai nem se importa pois a sua preocupação é igual a minha: nossas mulheres.

- Cazzo- olho para a direção que meu pai xinga e faço a mesma coisa quando vejo algo que faz meu sangue ferver.

Ando em passos largos para a bancada do bar, minha nonna é a primeira a me vê e sorrir maliciosa fazendo a minha mãe fazer a mesma coisa quando olha.

Entro na frente de Dakota e olho profundamente para o ragazzo à minha frente com seu sorriso safado para oque é meu.

- saía antes te deixo sem boca e sem olhos- rosno para ele que logo desaparece.

Viro para Minha Piccola que parece está satisfeita e com um misto de saudade.

- eu estava com saudades de você, ragazzone - ela abraça a minha cintura tirando todas as minhas armas fazendo sorrir, pois a cintura é onde ela alcança.

- e eu de você, piccola - abraço ela tirando-a do chão.

Eu a amo e também o seu sorriso mais lindo do mundo.

- quando chegar nós vamos ter uma conversa séria- sussurro no seu ouvido e ela bufa enquanto coloco ela no chão.

- me deixa viver.

- vocês são uns quebra alegria- minha nonna fala com raiva. - eu deveria ter ido sentar em um coroa gostoso.

- e eu deveria ter beijado aquela mina alí- me surpreendo com Dakota piscando para a garota dançando na pista que  faz a mesma coisa com Dakota.

Fico de boca aberta.

- é vocês que são malucas de fugirem sem falar nada e ainda tem você, né? - meu pai aponta para Antônio enquanto trás a minha mãe para perto.

- e é você que é um carrapato que está no nosso pé toda hora, né cabeção? - Dakota aponta o dedo para o meu pai com cara de raiva.

- por que você não vai para o inferno, semente de mostarda? - ele rosna olhando para baixo, nos olhos de Dakota.

A cena é engraçada, Dakota ficando vermelha igual tomate olhando para o meu pai que tem o dobro da altura dela.

- semente de mostarda é o seu....- Mamma a interrompe.

- já chega, vamos logo para casa - minha mãe fala puxando todos para o lado de fora da boate.

Pego a mão de Dakota e busco Luigi para ir também, mas Luigi está em uma garração do caralho com um cara que eu nem sei de onde surgiu, Dakota puxa a minha blusa delicadamente me chamando, eu me abaixo.

- eu te amo, mas eu juro que tem umas meninas e meninos lindos aqui, sinto até inveja de Luigi.

- vamos transar aí passa, pode ficar tranquila - falo e puxo Luigi que resmunga.

- me liga - ele faz sinal de telefone com a mão na direção do cara que sorrir.

Todos vão para suas casas, mamma e papà vão para sua casa com a nonna no carro do papa que a minha mãe roubou , enquanto eu levo Antônio, que fica o caminho todo olhando para a janela do carro como se estivesse em outro lugar em sua mente, levo ele para o seu apartamento e vou para minha casa já que Luigi vai ficar comigo e Dakota, porque o seu prédio está em reforma, ele não queria ficar com nossos pais e Dakota insistiu demais para deixar ele ficar, não consigo falar um não para a minha garota, porém eu me arrependo logo, eles parecem duas crianças discutindo por comida.

amor ao primeiro sorriso: família Moretti (livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora