Capítulo 45

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Não sei explicar a felicidade que sinto nesse momento. Estou abraçando a mulher que amo enquanto ainda processo a informação que logo terei uma mini versão sua, pois toda aquela cor chamativa me confirmava que sim, eu terei uma garotinha.

- Não sabe o quanto me faz feliz nesse momento - Camila fala chorosa. - Amo tanto vocês - me beija todo meu rosto.

- Obrigada - eu ainda não sabia o que dizer, e tudo que eu pensava em verbalizar, a garganta impedia sendo fechada pelo o choro.

- Obrigada você por me fazer a mulher mais feliz e completa desse mundo - não consigo mais segurar e me permito chorar, contra o corpo que sempre me senti segura.

{...}

- Sabe o que me deu vontade de comer? - encaro Camila ao meu lado na cama, observando ela deixar seu notebook de lado e me encarar.

- Contanto que não seja as rosas do jardim como na última vez, talvez eu possa providenciar - sorrio.

- Chocolates - sinto minha boca encher. - Muito chocolate - ela sorrir. - Sorvete de chocolate, bolo de chocolate, chocolate e chocolate - ela sorrir mais ainda.

- Vou trazer tudo que eu encontrar, prometo - me beija antes de levantar e sair do quarto em seguida.

Suspiro em antecipação, já pensando em saciar toda a minha vontade repentina.

Também me levanto, disposta a me distrair com qualquer coisa ou ficarei mais ansiosa, e como eu sabia que os pestinhas já dormiam a esse horário, decidi me certificar que eles estavam bem.

Passo pelo o quarto de Jenna e nem me dou o trabalho de tentar entrar, já que depois que Camila adentrou sem pedir licença, e lhe pegou em um momento mais "quente" com Edward, a garota agora sempre tranca a porta.

Passei pelo o de Juan e estava com a porta entreaberta, apenas verifiquei se ele realmente estava dormindo e fechei logo em seguida.

O de Miguel e depois Manoel também estava tranquilo, com cada um dormindo perfeitamente.

Adentrei o de Noah e sorri, seu abajur ainda estava aceso enquanto ele dormia, e por isso decidi desligar.

- Não - tomo um pequeno susto, pois parecia automático já que sua voz saiu assim que tudo se tornou escuro. - Não desligue, por favor - ligo novamente, notando ele já sentado sobre a cama. - Eu tenho medo - coça os olhinhos.

- Medo? - me aproximo.

- Sim, do lobo mau - acabo soltando um risinho.

- Meu amor, o lobo mau das histórias não existe - passo uma mão por seu rosto.

- Não? - franze o cenho.

- É claro que não, tudo não se passa de um simples conto, é apenas uma ficção - me encara como se estivesse buscando uma confirmação.

- Você promete? - ergue um dedinho.

- Claro que prometo, jamais mentiria pra você - me aproximo mais. - Agora que tal voltar a dormir? Eu fico aqui até você pegar no sono - puxo seu cobertor e alinho em seu corpo, deixando o garotinho aquecido.

- Lolo?

- Hm? - lhe encaro.

- Você também é minha mamãe? - suspiro.

- Você acha que eu sou? - parece pensar antes de assentir. - E o que te faz pensar isso? - seus olhinhos parece brilhar e isso faz meu coração palpitar.

- Porquê você é igual a mama - sorrio. - Cuida de mim e eu gosto - sinto meus olhos arderem.

- E o que eu faço que você mais gosta? - tento controlar a voz.

- Quando fala que me ama, porque eu também amo você - fecho os olhos deixando algumas lágrimas escorrer por meu rosto, antes de fungar e abraçar meu pequeno da forma que eu podia.

- Amei você desde a primeira vez que te vi, nunca se esqueça disso - beijo seus cabelos. - Você é meu príncipe preferido, e eu vou amar me tornar uma figura importante na sua vida, se assim você permitir - não sei se ele conseguia entender, mas dei todo meu melhor para que em mim ele encontrasse tudo que um dia vá precisar.

Agarrei seu corpo até me certificar que ele dormia, mas antes que eu saísse totalmente do quarto, fui agraciada com o som sonolento da sua voz.

- Você também é minha princesa preferida, mamãe Lo.

{...}

Eu estava nervosa enquanto andava de lado para o outro, tentando acalmar minha mente entre um suspiro e outro.

- Pode entrar - falo ao escutar batidas na porta.

- Olá - encaro minha mãe. - Eu posso entrar? - parece tímida.

- Por favor - vejo ela adentrar e fechar a porta outra vez.

- Normani me disse que você pediu para ficar um pouco sozinha, fiquei preocupada - ela também estava nervosa, podia decifrar isso através das suas mãos inquietas.

- Precisava respirar um pouco e poder sentir cada sentimento que esse momento trás - ela assente compreensiva.

- Eu sei que ainda estamos em um processo longo e demorado entre nós, mas se me permite eu gostaria de falar o quanto estou feliz e orgulhosa de você - paro dando toda a minha atenção para a mulher a minha frente, pois se já houve alguma outra vez que ouvi essas palavras vindo dela, não me lembro. - Qualquer pessoa pode ver o brilho que seus olhos tomaram desde quando conheceu essa moça, pois me lembro bem quando esteve em nossa casa e contou sobre ela - sorrir. - Naquele dia eu percebi tantas coisas, a maioria sendo erros imperdoáveis, mas depois de tudo lá estava você, me dando uma nova chance, entre outras várias, mesmo eu não merecendo nenhuma delas. Você tem um coração lindo, minha filha, e eu queria tanto poder ter acordado e percebido isso antes.

- Se a sua intenção era me fazer chorar, conseguiu - falo tentando secar algumas lágrimas.

- Oh, querida - se aproxima também deixando as suas rolar. - Nunca foi minha intenção, se vim aqui foi apenas para tentar ter seu perdão, pois é tudo que eu preciso nesse momento - faz menção em me abraçar, mas para no caminho. Nego com a cabeça e puxo seu corpo contra o meu. - Me perdoe, minha filha - sua voz estava embargada demais, mas eu podia entender. - Me perdoe pela a mãe que eu fui - funga. - Me deixe reparar tudo e eu prometo que não vai se arrepender - se afasta e sua mão desce até minha barriga. - Me permita participar dessa nova etapa da sua vida, me deixe ver de perto minha neta crescer... - praticamente implora.

- Acho que Júlia vai amar ter você por perto - ela sorrir abertamente antes de me puxar para um novo abraço.

Tomamos o tempo necessário para nós duas nos recompor, afinal é meu casamento e eu não podia aparecer de qualquer forma.

Dinah apareceu para me apressar e dizer que Camila já havia esperado demais. Sorri imaginando seu nervosismo ao me esperar.

Convidei meus pais para entrar comigo de última hora, decidindo por em prática tudo que conversei com minha mãe.

Quando meus olhos cruzaram com os castanhos que tanto amo, tudo ao meu redor parou, afinal parte do meu sonho estava se realizando, e através daquele olhar eu sentia que nenhuma dúvida existia mais, restando apenas certezas.

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Ih, gente! Agora só tem a rapa do tacho...

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