Capítulo 40

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- Oi meu amor - ela levanta assim que me ver, abrindo os braços para me cumprimentar. - Tudo bem na empresa? Você demorou - fala após selar nossos lábios.

- Sim - coloco a bolsa de lado antes de me acomodar. - Só foi Dinah que apareceu por lá e ficou durante horas - reviro os olhos e ela sorrir. - Tudo bem com você? - alcanço suas mãos sobre a mesa.

- Melhor agora - não consigo evitar de sorrir. - Sabia que você é linda? E hoje então... está incrivelmente a mulher mais bela desse mundo, parece que algo em você está irradiando ainda mais sua beleza.

- Pare de ser tão boba - tento disfarçar a cara de apaixonada que com certeza fiquei.

- Impossível... - sorrir de lado. - Sou sortuda demais - reviro os olhos entre um sorriso.

- Está me deixando envergonhada - confesso.

- Gosto de ver qualquer reação sua, principalmente as que eu lhe causo - bato levemente em suas mãos, puxando o cardápio.

- Sabe, pensei em ir no mercado essa tarde, estamos precisando de algumas coisas - comento sem deixar de listar as opções do cardápio em minha mente, já que a cada coisa que eu lia me embrulhava o estômago.

- As crianças já estarão em casa - comenta o óbvio.

- Eu sei - nos encaramos.

- Não - fala e também nega com a cabeça. Sorrio. - Não vamos levar eles - reforça sua fala anterior. - Sabe muito bem o desastre que foi quando fizemos isso - sorrio mais ainda ao lembrar da confusão que os pestinhas causaram. 

- Tudo bem - falo ainda risonha. - Talvez só nós duas - ela estreita os olhos. - Só nós duas - levanto um pouco a mão.

- Assim é bem melhor - olha seu cardápio rapidamente antes de voltar para o meu. - Já escolheu?

- Acho que sim, vou querer uma carne - faço uma caretinha.

- Acha?

- Não estou com muita fome - ela suspira.

- Na verdade faz dias que você não está com "muita fome" - me analisa. - Você mal está comendo, Lauren - eu até podia argumentar, mas ela tinha razão, pois quase nada estava descendo. - O que há? - ela estava preocupada. - Tem algo te incomodando? Sabe que pode falar comigo o que quiser, somos companheiras, certo? - assinto.

- Já podemos pedir? Vou ficar com esse aqui mesmo - tento, não querendo entrar nesse assunto pois sei que não vou conseguir me segurar.

Camila continua me encarando, mas como faço questão de segurar seu olhar, por fim ela acaba cedendo e chamando um garçom para anotar nossos pedidos.

O silêncio se instalou entre nós, ficando durante todo o almoço, na verdade o de Camila já que eu não tinha nem tocado no meu.

- Pelo menos comeu algo hoje? - afasta seu prato e eu nego para sua pergunta. - Está me deixando preocupada e neurótica - sorrir sem muito humor. - É sobre seus pais? Sabe que por mais que eu não tenha uma boa imagem sobre eles, farei o possível para manter uma boa convivência se isso for importante para você.

- Eu sei que vai, é tão perfeita que parece uma miragem.

- Então não há motivos para preocupações, sabe que faço de tudo por você, basta me dizer o que anda te atormentando - segura uma mão minha, na expectativa que eu fale.

- Gostaria de ter mais filhos?

- É claro que sim, já conversamos sobre isso e eu deixei claro que vou amar ter um filho com você, pois sei o quanto deseja isso.

- E se eu falar que estou... - pressiono os lábios. - Estou... - ela se aproxima mais, ansiosa para que eu fale logo. Suspiro. - Eu preciso ir - levanto de imediato, mas sentando logo em seguida.

- Lauren - consigo ouvir a voz da minha latina preocupada, e mesmo não conseguindo focar em seu rosto, tentei segurar o mesmo antes de me entregar a escuridão.

{...}

- Grávida? - travo com a pergunta de Camila para a médica.

- Isso mesmo - confirma sorridente.

- Você pode nos dar licença? - ela parecia no automático ao pedir isso para a mulher que rapidamente concorda. Eu já estava preparada para ouvir o pior, e por isso apenas escondi meu rosto contra minhas mãos. - Lauren... - nem com a voz suave e doce eu consegui encara-la. - Ei... - seu toque é gentil. - Você ouviu o que a médica acabou de dizer? - assinto entre o choro. - Ah, meu amor - paraliso ao sentir seus braços me envolver, mas logo me agarrei ela chorando ainda mais.

- Por favor, não me deixe - peço desesperada enquanto puxo seu corpo cada vez mais. - Eu juro que o filho é seu e que eu...

- Ei... - consegue se afastar e rapidamente segurar meu rosto, me permitindo notar seus olhos confusos. - Por que está dizendo isso? Meu amor eu nunca poderia duvidar de você, ainda mais em um momento como esse...

- Então você acredita que esse bebê é seu? - soluço entre as palavras.

- E por que eu não acreditaria? Logo eu que fiz questão de te prender a mim dessa forma - analiso suas palavras divertidas. - Logo eu que te dei o golpe da barriga - sorrir antes de aproximar nossos lábios.

- Do que está falando? - tento secar meu rosto.

- Ora bobinha - aproxima nossas testas. - Faz algum tempo que reverti o procedimento da vasectomia - arregalo os olhos.

- Camila! - deixo um belo tapa em seu braço, mas a safada apenas sorrir mais ainda. - Não acredito que fez isso comigo! - sorrir de lado ao se aproximar novamente.

- Você queria engravidar e eu quero você na minha vida para sempre - dá de ombros. - Apenas juntei o útil ao agradável - cruzo os braços, tentando manter uma pose séria mas nesse momento é impossível, pois a felicidade que estou me permitindo sentir é indescritível. - Está feliz? - ainda ousa me perguntar.

- Estou tão feliz que mal consigo expressar - faço um carinho em seu rosto. - Saber que tenho um pedacinho seu aqui dentro de mim... - levo a outra mão até minha barriga. - É mágico - beijo seus lábios. - Amo você demais, e saiba que me faz a pessoa mais completa desse mundo, pois me oferece tudo que se necessita para ser incrivelmente feliz - suspiro fechando os olhos brevemente, sentindo o que cada palavra que eu acabei de falar, pode me causar.

- Amo vocês - sua mão cobre a minha sobre o ventre.

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