Emillie| dias atuaisEstava cheio salão, mas nada muito exagerado. As pessoas circulavam cumprimentando conhecidos, outras ficavam parados envolta da mesa redonda segurando sua bebida em mãos.
Ao estreitar meus olhos mais adiante, um homem de terno azul marinho adentra ao salão, uma mulher esbelta se espreita ao seu lado agarrando seu braço. Sua afeição nada contente se vira para a mulher que logo se solta do aperto.
-Wile não é mais o mesmo.- minha mãe ao lado fala chamando minha atenção para a mesma. Seus olhos estão vidrados ao homem que eu também olhava. Ele parecia mesmo familiar. Wile tava mais... Homem.
-quem é a mulher?- perguntei desviando minha atenção ao garçom que deixava bebidas na mesa. Virando completo a outra direção, sinto minha mãe gargalhar após um tempo em silêncio sem me responder.
-McKenzie Ashby- entre gargalhadas suas palavras saem vacilantes.
Não sabia do que estava rindo, mas o homem que a estava encarando-a noite toda devia ser o motivo. Sua resposta não fez efeito imediato em mim, pois eu estava mentalmente repudiando os outros, só que por alguns minutos depois meu peito apertou ao ouvir sua resposta, me dei conta, não sentia mais nada por ele, porém, não pensei que ele voltaria a viver tão rapidamente.se passaram 4 anos, Emi.
Bufo me debruçando sobre a mesa, fecho meus olhos almejando estar bêbada o suficiente para que essa posição me fizesse tombar. O álcool se tornou frequente em minha vida, não todo dia, mas sempre três vezes por semana.
A saída do meu irmão de casa, que dizer...
Ele não saiu, foi expulso, não concordo com o que aconteceu, no entanto, não descordo da atitude do nosso pai.Comecei a me embebedar para suportar os acontecimentos dentro de casa, saia cedo para faculdade, e voltava tarde, e embriagada. Não tinha erro, era só dormir que as brigas viravam vultos ou memórias nada confiáveis.
-Wile Kittler! McKenzie Ashby! Rafaello Vicent!- o segurança anuncia os nomes dos convidados vips quando chegam, aconteceu comigo também. Só que ao ouvir o nome do meu irmão, meu corpo se levanta como se tivesse sido puxada. Sinto as lágrimas quererem sair, e um peso enorme desabar em meu corpo. Queria sentar no chão ali mesmo, e chorar até meu corpo se sentir aliviado.
Subo o olhar para a escada coberta com um tapete vermelho, lá em cima, Rafaello estava sério, seus olhos estavam tão negros, pescoço coberto de tatuagens, o terno vermelho vinho brilhava embaixo da luz amarelada que vinha de um enorme e exagerado lustre.
Sinto meu corpo vacilante, sem perder tempo, avanço em direção ao garçom que cruza minha visão, o mesmo parecia ter uma placa florescente na cabeça, pois o vi de longe. Apresso os passos até alcançar uma taça de vinho, não contente com uma, pego duas. Sorrio para o homem que me olhava julgando minha atitude totalmente deselegante.
-minha mãe adora vinho. É tinto, ne? preferido dela.- gargalho forçadamente me virando de costas. No caminho uma das taças já estava vazia. Foda-se.
Sentia uma necessidade de acender um cigarro, eu não fumava, não era viciada, nem alcoólatra, só aprendi a degustar. Passo pela mesa onde minha mãe ainda estava paralisada encarando meu irmão em algum lugar, suas mãos tremiam enquanto meu pai dizia algo.
Pego minha mine bolsa na mesa, e deixo as taças vazias como recompensa.- Emilie!- ouço a repreensão do mais velho a minhas costas enquanto ando o deixando para trás.
O vestido preto que usava me deixava a ponto de um ataque, ou eu só não tinha coragem de admitir que isso era abstinência e não culpa de um vestido.
Do lado de fora, me apoio na parede quando solto a fumaça do cigarro. Bem melhor. Tudo aquilo era uma merda, eu sabia que aceitar o convite iria me fazer passar por isso, era como um dejavu, ou só era tudo previsível. Rafaello estava lidando com coisas ilícitas para Wile, ele era como seu braço direito, ou só era ambicioso o suficiente para lidar com o sujo. Cego.
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O solidão
RomanceUma historia onde ambos se amam, e precisam um do outro mesmo quando a realidade é cruel. Wile e Emillie são amigos desde a infância, a vida sempre teve planos para ambos, cada um com sua própria solitude, mas algo os atraem. Prisioneiros do dinheir...