Emilie🩰

2 5 0
                                    


EMILIE | dias atuais




continuação do último capítulo de Wile
...
.🥀

Estávamos parados no acostamento de uma avenida, pouco me ligava pra isso, só ligava para o homem que se esfregava entre minhas pernas. Sentia meus olhos se revirarem quando o sentia me foder a seco, meu corpo se livrava da tensão enquanto uma excitação me dominava.- Quando eu disser algo, não retruque.- Wil rosna apertando sua mão envolta do meu pescoço, seus olhos me penetravam, não conseguia distinguir o que ele pensava.

Me sentia encurralada. Odiava toda essa atração que sentia por ele.- Quando eu achar que devo falar, eu falo.- retruco erguendo a cabeça. Não ligava para quem ele se tornou, só sei que não teria coragem de me machucar. Nesse lugar, tenho certeza que sou a única que sabe domar um lobo.

Wile bufa apertando mais. Sua outra mão desce por minha cintura até minha coxa onde tira a arma e a coloca em meu pescoço, seu aperto se desfaz, e com a mãe livre, puxa meu vestido o rasgando.- Então fale, mas fale meu nome quando essa arma entrar em você...- De forma bruta, seu corpo me empurra contra a porta. Não tínhamos muito espaço, e a porta estava obviamente trancada. Talvez eu não pudesse o domar.-...vou enfiar e não vai ser para estourar seus miolos.-ele sorrir.

Merda. Paraliso percebendo que não estava com medo, eu estava sendo imprudente. Porra, minha buceta estava latejando implorando para que me tocasse,como uma puta. Não me atrevo a dizer nada quando a arma desce por meu corpo. Contrario minha buceta fechando minhas pernas ao seu entorno.-Não feche.- me repreende abrindo minha perna bruscamente.- ouviu?-Pergunta sem me olhar, estava focado em minha buceta passando a arma em meu clítoris.- ouviu?- pergunta novamente, erguendo os olhos aos meus. Sua mão para o que fazia, a arma é jogada no chão na mesma velocidade que sua calça é desabotoada.

Eu estaria louca de deixá-lo me tocar aqui, não sou qualquer uma. O pensamento impulsivo me domina.- Sai.- fecho minhas pernas o empurrando.- Não quero isso.- subo meu corpo me sentando ereta.

-o que?- seu semblante muda, mas sem discursão ele gargalha irritado.- puta do caralho.- sua irritação extravasa o fazendo chutar o banco a frente. Não estava assustada, mas ve-ló assim, lembra meu pai. A porta é aberta e o mesmo sai fechando sua calça, a mesma que suas mãos passam procurando o cigarro que  tira do bolso.

Eu o queria, e ele também, porém não vou chegar abrindo as pernas para ele, não mais do que já abri. Merda, tudo isso era estranho, essa vida que ele estava me levando junto era medonha, não estou pronta. Incluindo que preciso fugir, não posso viver isso.

Pensar assim me faz lembrar do passado, de como eu vivia sem eles, só que se eu viver com eles agora, estaria acabada, minha vida iria virar de cabeça para baixo. Não quero conviver com a solidão, e nem virar cúmplice de um assassinato.

-Vou te levar para casa.- Josh entra no veículo me olhando pelo retrovisor.- Tudo bem?- seus olhos descem por minhas pernas nuas por conta do vestido rasgado.

-Só me leve para casa.

🥀

Descontei toda minha frustração no meu apartamento novo, adorava ter me mudado pra um lugar mais luxuoso, era espaçoso e me sentia livre aqui dentro. Acho uma sensação boa, não por conta do apartamento, e sim por saber que mesmo com nossos desentendimentos, Rafa e Wil estavam aqui. Passo pela sala que agora estava sem móveis, os arredei para o canto. Josh me observava do lado de fora através do vidro, o mesmo parecia está com frio, porém não estrava, só ficava lá. Balanço a cabeça voltando meu foco a parede branca a minha frente, Josh buscou alguns baldes de tinta que diz ter sobrado a muito tempo na casa de seus pais,os  baldes estavam cheios ainda e daria para pintar a parede toda.

Agarro o pincel nada próprio para pintar parede e começo contornando os cantos com a tinha cinza. Estava me matando continuar pensando em Wile e mais cedo, isso me irritava, já éramos adultos, não precisávamos se recuar quando claramente queríamos algo, Wil está tentando se aproximar, mesmo que não seja de uma forma normal. Sentia falta de ter suas companhias, só que suas atitudes são grosseiras. O que realmente me atormentava era a indecisão que minha cabeça criava com meu coração, eu me recusava a gostar de alguem como ele, desse alguém que ele se tornou.

Eu também mudei, me sentia decepcionada comigo mesma. Ouvir as palavras duras de Wile me fez acordar, eu tinha que parar de beber, tinha que viver minha vida, não tinha porque me matar aos poucos, porém, só estou mudando por eles. Agora tenho novamente um motivo, não preciso mais dormir forçadamente, eu tenho uma casa, tenho meu irmão, e uma companhia paga pra ficar me encarando como Josh faz agora.

O moreno lá fora ria, não entendo a risada repentina. O observo atentamente enquanto se aproxima entrando pela porta.- Pretende acabar essa parede em qual século?- Sua piada me faz olhar para o pincel novamente.

Sorrio me deitando no chão.- É o único que tenho.- Fito o teto escutando os passos de Josh pela sala. Não sei nada sobre ele, só sei que mesmo que seja forçado ficar comigo, ele é uma boa companhia, as vezes é bem humorado, e as vezes me dá medo. Parece que ele lembra que sou uma mulher e ele um homem, e estamos sozinhos em uma casa.

-Wile te proibiu de beber, não de ir comprar materiais.- não o vejo, porém sua voz está mais distante.- volto sete horas em ponto.- a porta se abre e não me esforço pra saber que saiu por ela. Ele sempre saia e voltava, e exige segredo, acho que Wile não irá gostar de suas saídas quando era pra estar de olho em mim. Pelo menos ele confiava em mim... eu acho.

Sua saída foi a pouco segundos mas a casa se tornou sombria, o silêncio era quebrado apenas por minha respiração. Me perdia nos pensamentos incessantes, odiava o fato de não saber sobre o futuro, de não saber como me devo preparar, Wile acha legal, ele ama esse mesmo fato de que o futuro tá a segundos a nossa frente, mas não há nada que possamos fazer pra descobrir, podemos apenas tentar adivinhar com base nas nossas ações.

Um barulho estranho chama minha atenção para o corredor, era a segunda noite que vinha ouvindo barulhos. A casa estava ficando acesa desde ontem, quando escureceu, eu as acendi rapidamente, nao desacredito, e nem acredito em fantasmas, tenho mais medo dos vivos, eles podiam ser cruéis. Meu coração dispara quando o barulho soa mais uma vez, prendo a respiração e me deito no chão para tentar ouvir se tiver passos. De novo o barulho de algo rangendo passa pelo eco do apartamento vazio, fecho os olhos e sem movimentar o centímetro do meu corpo tento sentir algum cheiro ou passos, até que um movimento de pisada range em meu ouvido. Levanto bruscamente mirando minha atenção a arma que Josh guardava atrás do extintor de incêndio lá fora.

O solidão Onde histórias criam vida. Descubra agora