O solidão

Emilie Vicente 🩰

Emilie| 2 anos atrás

Pela manhã uma mensagem desperta minha curiosidade, passo a toalha pelo rosto enxugando a água e pego o celular dando uma olhada pela barra de notificação.

"Vem aqui para casa, vamos sair mais tarde."

Fiz novas amizades, e uma delas era Zoe Dasco, a única filha herdeira da empresa I.K tecnologia, pelo nome já sabemos que sua sorte acertou em cheio. Seu pai a criou em um lar onde morar é um sonho para qualquer pessoa com problemas paternos. Só há um porém, Zoe é uma péssima influência, não sabe lidar com toda a atenção e odeia tudo que eu lutaria para ter.

Respondo sua mensagem com uma figurinha de joia e volto ao quarto para me arrumar. Escuto três batidas na porta antes que a abrisse.- Filha, hoje é aniversário da sua mãe.-o mais velho sorri indo em direção a minha cama onde se senta a beira.

E você a deu de presente uma surra?

Sorrio ignorando-o ali, adentro no closet tirando meu pijama, pego uma calça jeans preta e um cropped da mesma cor. O casaco em coro vinho já estava na porta pendurado por conta da frequência que o usava, passo o pegando e sigo até o quarto.

- Não vai me responder?- seu tom muda. Ainda permanecia sentado como antes.

O olho, sei que não o olhava como antes, pois sentia repulsa, nojo do mesmo. Paro a sua frente o observando, seus olhos castanhos, cabelos morenos, nariz empinado, mandíbula marcada, sua barba bem feita.

-Sei que é aniversário dela.- me viro sentando na penteadeira onde Silen enroscava no pé da cadeira. Me abaixo tirando o animal e o colocando em meu pescoço.

- Não sei como ainda tem esse animal nojento dentro de casa.- com nojo nas palavras, as soltas como se não soubesse que a maior nojeira nessa casa, era a presença dele mesmo.- eu lhe perguntei se irá sair, pensei em fazer um jantar.

Não, obrigada. Para você acabar tudo do mesmo jeito?

Nego com a cabeça notando que nem tinha ouvido que ele me perguntou algo antes.- hmm...- concordo com cabeça pegando meu delineado e o passando.

-Gosto de quando não usa maquiagem, È molto carino senza niente.- o sotaque em italiano me faz sorrir com os olhos. O mais velho não diz mais nada, apenas atravessa a porta a fechando novamente.

Sinto Silen se enroscar mais forte em meu braço por onde descia, ele estava ficando mais forte, podia sentir meu braço latejando por conta do aperto. O seguro tirando do meu corpo, coloco-o na cama e saio pegando meu celular.

🩰

Zoe tagarelava sobre sua vida sexual com seu ficante metido a galã de futebol, daqueles de filme de adolescentes, o homem já tinha idade o suficiente pra saber como era bem a assim, seu pau não faria as mulheres implorarem, mas fazia Zoe implorar.- Está me ouvindo?- sou repreendida voltando minha atenção a Zoe.

Já havia transado com alguns caras, e admito que não sinto nada de mais, quando Wile me tocava, sentia que podia delirar até o ápice apenas com uma mão na coxa.- ele simplesmente saiu andando como se nada tivesse acontecido. Você está entendendo que me senti como uma puta. Como: "já foi paga, pode sair agora."- Zoe traga seu cigarro de maconha com certa brutalidade e me entrega-o.- Odeio homens.- assinto tragando a fumaça.- Pena que você não me quer.- a mesma se senta em meu colo de frente.