20 - Onde tudo começou.

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Voltar um pouco ao passado pode ser bom ❤️

*Queria mostrar um lado mais jovem e inseguro delas.

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12 anos atrás

Pov Carol

-Pra onde seus pais foram viajar? - Pergunto enquanto andávamos pela orla da praia da Barra.

A noite estava linda. Lua cheia e o céu muito estrelado.

-Foram para a casa dos meus tios em Petrópolis. Bruno e Pedro foram também. - Natália estava com o olhar longe, caminhando e olhando para o chão.

O que me preocupava um pouco. Não era normal ela ficar tão contida assim.

-E você não quis ir? - Perguntei curiosa.

-Não.

-Por que?

-Ah, Carol... porque você tinha me chamado para passar o final de semana com você.

-Ai, Natália! Mas eles são a sua família. - Falei preocupada parando de andar e ela fez o mesmo.

-E você é a minha melhor amiga. - O castanho dos seus olhos me encararam. Senti meu coração acelerar. - Te acho muito mais legal que eles.

Sorri, desviando o olhar.

-Não sei o que você vê de tão especial em mim. - Ajeitei meus óculos um pouco tímida.

-O que, Carol?! Você é a pessoa mais interessante que eu já conheci na minha vida. - Colocou uma mexa do meu cabelo para trás.

Tinha alguma coisa de diferente nos seus olhos e senti meu coração acelerar por isso, de novo.

-Quem diria que a nossa amizade daria tão certo, somos praticamente o oposto uma da outra. - Rapidamente mudei de assunto ficando nervosa.

-É... amizade. - Sorriu amarelo e afastou sua mão de mim.

Andamos mais um pouco e resolvemos sentar em um banco de cimento que tinha na orla da praia, observamos o mar quietas.

O silêncio era confortável e o vento beijava os meus cabelos. A noite estava ótima.

Natália é a minha melhor amiga e a pessoa que eu mais confiava no mundo. Com ela eu podia ser eu.

Mas eu ainda me sentia um pouco insegura pensando o porque uma pessoa como a Natália queria ser amiga de uma pessoa como eu.

-Eu estou apaixonada, Carol. - Quebrou o silêncio ainda olhando para o mar. - E como eu não consigo guardar nada para mim, acho que você deveria saber.

Apaixonada? Senti um arrepio na espinha nada bom. E uma sensação de desconforto me atingiu.

Natália é a pessoa mais sincera que já conheci em toda a minha vida. De uma coisa eu sabia, ela não passava vontade, sempre foi atrás de tudo o que queria.

-Por quem? Quem seria sortudo o bastante para ter o coração de Natália Cardoso? - Tentei dar um sorriso, tocando seu ombro com o meu.

-Você, Carolina. - Me encarou e fiz uma expressão confusa.

Senti tudo em volta parar.

Tumdum. Tumdum. Tumdum.

-E...u... eu? - Gaguejei.

-Você nunca percebeu nada?

Pensei.

-Não. - Fui sincera. - Mas por que eu?

Reconquistar - NarolOnde histórias criam vida. Descubra agora