36 - Desculpe o Auê.

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2 mil 🌟
Vocês são incríveis! ❤️❤️

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Pov Carol

A coisa que eu mais odeio sentir na vida é ciúmes. Ainda mais ciúmes da Natália.

Parece que eu fico irracional, não vejo mais nada na minha frente e tudo me irrita.

Como foi no jantar, que era para ser super romântico e acabou nos primeiros vinte minutos que chegamos.

Eu sabia que Natália tinha ficado com algumas pessoas nesse meio tempo que ficamos separadas, é meio óbvio.

Mas nunca foi tão real como ontem à noite.

Eu e Natália já estávamos uns anos juntas e com uma relação super estável e saudável, mas eu nunca tinha encontrado uma pessoa que ela tinha ficado, então meio que minha mente apagava que ela já teve outros relacionamentos.

Confesso que tinha um pouco de problemas com ciúmes. É que eu quase nunca era escolhida, na escola, no curso, na faculdade, eu nunca era o destaque, mesmo que me esforçasse muito. Mas com Natália foi diferente, ela me escolheu. Ela me fez ser vista, amada, compreendida, desejada...

Eu só tinha medo de perder isso. E mesmo que ela me fale o quanto me ama todos os dias, minha mente sempre arranjava um jeito de me sabotar. De pensar que Natália merecia alguém melhor.

Era nisso que eu pensava desde que tinha acordado essa manhã, com remorso por ter brigado com ela e estragado a nossa noite. E agora aqui, debruçada na janela desse hotel, com um sol de rachar no céu, eu pensava em como resolver essa situação.

Eu sabia que Natália não tinha culpa de nada e foi até injusto fazer o que eu fiz com ela. Mas em minha defesa, foi o ciúmes. Mas sei que estou errada pelo modo que agi e tenho que concertar isso.

Ouço minha barriga roncar e tenho uma ideia.

Vou até o meu celular que estava no movinho ao lado da cama e o pego, vou até o cardápio, que estava do outro lado do quarto e pelo Qr Code, pedi o nosso café da manhã on-line.

E enquanto esperava, abri meu aplicativo de mensagens e comecei a conversar um pouco com a minha mãe sobre como estavam as crianças e ver algumas mensagens da faculdade, porque mesmo sendo domingo, tinha aluno meu perguntando se eu já tinha corrigido a prova.

Minha vontade era de responder: Não, meu amigo, no momento estou torcendo para que minha esposa não acorde brava comigo por eu ter ficado brava com ela.

Mas minha resposta foi: Ainda não, só segunda!

Assim que ouço a campainha do quarto ser tocada, me levantei da poltrona que estava sentada e vou ajeitando minha franja no percurso até a porta.

Natália só murmurou alguma coisa e trocou a posição na cama. Achava engraçado como o sono dela era pesado.

Peguei a bandeja, que era até um pouco grande e agradeci ao moço que trouxe. Apoiei ela em cima da da cama com cuidado e respiro fundo antes de acordar a minha esposa.

-Natália. - Apoiei minha mão no seu braço e comecei a fazer carinho. - Amor.

-Hum... - Murmurou ainda de olhos fechados.

-Acorda. - Balancei um pouco o seu corpo, forçando ela abrir os olhos.

-O que é?

"Desculpe o auê
Eu não queria magoar você"

-Nossa, bom dia para você também!

-Você me acordou para brigar mais comigo? Se for isso, vou voltar a dormir. - Disse um pouco séria, mudando a posição e voltando a fechar os olhos.

Reconquistar - NarolOnde histórias criam vida. Descubra agora