Reconquistar - Narol

21 - O momento perfeito.

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Pov Carol

-Eu acho que quero pedir a Natália em casamento. - Falei levando meu dedo sujo de chocolate até a boca.

Três meses e pouquinho haviam se passado desde a nossa briga, e combinamos de tentar perguntar antes de começar a criar paranóias na cabeça. E os dias tem sido assim, tentando melhorar uma pela a outra.

Tenho tentado controlar mais o meu ciúmes também, afinal, Natália trabalha com muitas modelos e eu confiava nela.

O importante é que temos a consciência de que queremos uma relação saudável e estamos tentando a todo custo isso.

Por nós.

Mesmo que ás vezes ainda temos algum atrito.

E agora eu estava aqui, morrendo de ansiedade comendo um sonho e respondendo a pergunta que Renée fez para mim sentada na minha frente: "O que está acontecendo, Carolzinha?"

O que está acontecendo? Eu respondo, é que ontem enquanto Natália estava comigo fazendo compras no mercado, eu a vi pegando uma embalagem de massa de lasanha, acompanhando a seguinte pergunta: "Vamos fazer lasanha para o jantar, amor?"

E mais forte do que nunca veio na minha mente: "Eu preciso casar com a Natália urgente."

Eu preciso viver isso todos os dias. Não quero mais ter que passar uma noite dormindo separada dela porque ela ainda mora em outra casa que não é a minha. Porque ela ainda tem a cama dela.

Não quero mais ficar levando e trazendo coisas de uma casa para a outra. Quero nossas coisas.

Nossa cama. Nossa cozinha. Nosso microondas. Nossos shampoos e nossos condicionadores. Nosso sofá. Nosso garfo e nossa faca. Nosso tapete da sala. Nossa estante de livros. Nosso closet.

Tudo nosso.

Eu sempre quis casar com a Natália, mas agora parece mais real.

E desde ontem eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser isso. Natália até me perguntou o porque eu estava tão quieta, enquanto jantávamos lasanha acompanhado de um bom vinho, mas minha boca só falou: "Nada, acho que só estou cansada com o fim do semestre, falta uma semana ainda para entrar de férias." mas a verdade era: "Porque eu quero que você seja a minha esposa e que use uma aliança igual a minha."

Então, no intervalo de uma aula para a outra, decidi vir na loja de sonhos da minha amiga. Assim, quem sabe, minha mente não me dava um pouco de descanso comendo um dos seus deliciosos sonhos.

O que não aconteceu porque acabei de externar o que estava sentindo para a Renné.

-Então pede, Carol! - Disse com um sorriso encantador. Como se fosse a coisa mais fácil do mundo.

-Mas e se ela não quiser casar agora, tipo nesse momento? - Coloco outro pedaço de sonho na minha boca. - Nossa, amiga, isso está delicioso!

-É claro que a Natália quer casar com você, Carol!

-Como você sabe?

-Como eu sei? Talvez, porque desde a nossa adolescência eu ouço ela dizendo que vai casar com você?

-Mas a gente sempre brincou com isso, e se ela achar que é mais uma brincadeira? - Minha voz saiu dramática.

-Você fala que é de verdade, oras! Não vejo tanta dificuldade nisso.

-Aí que merda, odeio ser tão insegura! - Bufei irritada.

Depois de ficar mais um tempinho conversando com a Renée, que é uma ótima conselheira e ouvinte, voltei para a faculdade para terminar um relatório.