23 - Primeira noite.

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Pov Natália

-Acho que foi tudo. - Falo passando a fita na caixa para fecha-la melhor.

-Tem certeza que não vai ficar aqui até o casamento? - Pedro perguntou com uma expressão triste.

-Tenho. - Sorri para ele.

-Mas qual o sentido de você mudar para a casa da Carol e depois mudar de novo para uma nova casa? - Bruno agora questiona.

-O sentido é que eu e Carol queremos morar juntas. - Coloquei a caixa no chão. - E o casamento ainda vai demorar alguns meses, temos que organizar ele e ver uma casa ainda.

-Mas está indo tudo muito rápido, vocês ficaram noivas ontem e hoje você já vai mudar de casa? - Pedro parecia confuso.

-Só não me mudei ontem porque tinha que resolver coisas do trabalho até tarde. - Me aproximei dos dois que estavam na porta do meu quarto. - E também eu e Carol queremos mais privacidade, a Taís vai ter um bebê agora e vocês precisam ficar mais tempo sozinhos para aproveitar. Vai ser bom para todo mundo! - Sorri.

-Não sei não. - Bruno murmurou. - Como eu vou ficar aqui sem você?

-Você vai poder me visitar a hora que quiser, irmão. Não é como se eu tivesse indo para um cemitério para ser enterrada. - Dei um soquinho no seu ombro e uma piscadinha em direção a ele.

-Credo, Natália! - Pedro diz espantado.

-Para os dois de serem rabugentos! - Abracei eles pelo pescoço, um de cada lado. - Eu amo muito vocês!

-A gente também te ama, irmãzinha. - Bruno diz me apertando mais. - Promete atender todas as nossas ligações?

-Depende do horário, você é meio estranho e sempre liga tarde. - Me afastei deles.

-Aí, Natália! - Ele respirou fundo, ficando irritado. - Estou falando sério.

-Eu também! - Abri um sorriso. - Agora me ajudem a levar essas caixas para o carro.

Hoje eu tinha tirado o tarde toda de folga para resolver isso. Carol até tentou também para me ajudar a levar as coisas mas a sua pesquisa estava a todo vapor e não poderia remarcar com os voluntários.

Então ontem mesmo ela me deu a cópia da chave, da minha chave, do nosso apartamento e eu teria que fazer isso com a ajuda dos meus irmãos.

Eles me ajudaram a levar as coisas para cima, assim que chegamos e foi outra falação na minha cabeça de que eu deveria esperar mais até me mudar e blá, blá, blá. Eu só ignorava, afinal, pelo menos eles estavam me ajudando.

Mas, como eu tinha combinado de esperar a Carol para arrumar as coisas (que nem eram tantas assim, mas ela queria participar de tudo), convidei eles para tomarmos café juntos em uma cafeteria que amávamos ir os três.

Lembramos bastante do nosso tempo de criança e das coisas que fazíamos juntos para irritar nossos pais. Pedro sempre foi o mais medroso, mas entrava em confusão por minha causa e de Bruno, que aprontávamos o dia todo pela aquela gigante casa.

Bruno era o mais atentado e executava os planos que eu criava na minha cabecinha de criança meio maluca. Ele era o mais corajoso e era só falar a palavra "duvido" perto dele que a coisa ficava boa.

E eu, como a única menina, era a que mais pensava e criava as melhores brincadeiras. Como uma chamada "a velha do pau", que consistia em uma pessoa com um cabo de vassoura correr atrás das outras, que tentam se esconder, e para passar o "pique" tinha que bater nela.

Uma brincadeira bem saudável entre irmãos.

...

Hoje a noite, como seria o primeiro dia oficial que estávamos morando juntas, decidi ser a responsável pelo jantar e queria fazer uma surpresa para a minha noiva. Agradá-la de alguma forma.

Reconquistar - NarolOnde histórias criam vida. Descubra agora