5 - Quem chegar por último paga a rodada da mesa.

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Pov Carol

Ela ainda me ama.

Ela me ama!

A beijar de novo foi tão apaixonante. Eu só queria fazer isso de novo, de novo, de novo... e infinitamente. Quantas vezes eu pudesse.

Mas eu sabia que ela ainda estava magoada pela forma que deixou o banheiro. Que me deixou sozinha.

Uma sensação de abandono me invadiu.

Foi como se eu tivesse tido tudo e cinco segundos depois não tivesse mais nada.

Voltei minha atenção para o espelho e percebi que estava toda borrada de batom. Sorri.

Eu tinha beijado ela.

E não foi um beijinho. Foi um beijão.

Dois beijões. E ela me correspondeu.

Meu desejo era fazer muito mais coisas com ela dentro desse banheiro, mas me contentei só com os beijos. Eu teria que conquistar novamente sua confiança, e eu faria isso.

Daqui para frente minha missão vai ser fazer ela se apaixonar por mim de novo. E comprar um carro. Não poderia esquecer isso também.

Limpei meu rosto e ajeitei minha roupa que estava toda amassada. Passei a mão nos cabelos e sorri de novo. Fazia muito tempo que eu não sentia essa ansiedade boa.

Esperei um pouco a euforia sair do meu corpo e abri a porta do banheiro. Eu precisava de um drink e logo avistei um garçom parado no jardim, me aproximei para falar com ele.

-Boa tarde, será que você poderia pegar alguma coisa alcoólica para mim?

-A senhora tem preferência por alguma bebida?

-Qualquer uma muito gelada, por favor.

Ele deu um sorriso concordando e se afastou.

Respirei fundo e percebi uma movimentação estranha vindo de onde os carros estavam parados.

Será que era algum bicho? Decidi ir ver, vai que era algum animalzinho precisando de ajuda, Adriana nunca iria me perdoar se eu visse algum machucado e não falasse com ela que estava ali.

Fui me aproximando devagar e quando chego no local paralisei na hora. Fiquei em choque. Fiquei pasma.

Fiquei sem reação.

Ulisses estava beijando um homem. Na boca. E não parecia nada de amizade e sim muito romântico.

Ele estava traindo a Natália.

Quem ele pensa que é para ficar traindo ela assim na cara dura?

Mas pera ai... ela estava agora me beijando no banheiro. Ela também tinha traído ele.

Mas era diferente. Não sei como, mas diferente.

Ela pode fazer isso porque estava sendo comigo.

Fiquei olhando por alguns segundos e reconheci o rapaz. Era o dono daquele restaurante italiano. Ele conhecia a Natália e eles pareciam bem próximos aquele dia, como se fossem amigos.

Meu deus... eu não tinha nem palavras para externar o que eu estava sentindo vendo aquilo.

Eu tinha ficado mal pela Natália.

Eles não me viram e logo tratei de sair dali. Será que ela sabia que o seu perfeito namorado tinha um caso com um homem? Um homem que parecia ser amigo dela.

-Aqui, senhorita. - O garçom se aproximou de mim com um copo com um líquido dentro. Parecia caipirinha, e estava bem gelada.

-Traz mais uns dois copos, por favor. - Pedi. Depois da cena que vi, precisava beber.

Reconquistar - NarolOnde histórias criam vida. Descubra agora