24 - Professora.

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*Aparentemente eu sou uma pessoa muito faladeira e é por isso que minhas histórias tem mais diálogos que pensamentos, uma amiga me abriu os olhos para isso.

Prometo tentar trazer mais pensamentos, não sei se conseguirei cumprir pois tenho uma necessidade muito grande de falar🤭

Espero que gostem do capítulo!

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Pov Carol

-Meu Deus, Carol. - Natália diz ofegante sentando ao meu lado, passando a mão no rosto. - O que está acontecendo com a gente?

Minhas bochechas estavam vermelhas, meu peito subia e descia descontroladamente e meu meio ainda pulsava, denunciando o orgasmo que eu tinha acabado de ter no sofá de couro da sala da Natália, com a sua cara no meio das minhas pernas.

-Parecemos duas adolescentes descobrindo o sexo. - Minha voz saiu ainda meio falhada, por conta do meu estado. - Era só para eu ter vindo trazer o seu celular... - Levantei meu pulso para verificar a hora no relógio. 12:48. - Agora estou atrasada.

Tudo começou ás 7:26 da manhã, quando abri os olhos e escutei o barulho do chuveiro ligado.

Estava sozinha na cama e dou um suspiro pesado porque queria acordar com os braços malhados da minha noiva em volta de mim.

Me sento na cama, espreguiço meu corpo e esfrego os olhos, tentando acordar de vez.

Dou um sorriso lembrando do jantar romântico que tivemos ontem beira mar e do que veio depois.

Ontem eu e Natália fomos em um quiosque onde sempre tinha música ao vivo, para comemorar que estamos há duas semanas morando juntas.

E nessas duas semanas achei que conhecia Natália mas vi que estava totalmente errada.

Natália era uma caixinha de surpresas, tinha dia que ela acordava muito disposta e de bem com a vida, mas tinha dia que eu tinha que ficar chacoalhando seu corpo até ela se estressar e levantar, vestir uma blusa e voltar a deitar na cama, e ter que repetir esse processo até ela colocar a roupa toda para sair de casa.

Descobri também que ela pode ser um pouco bagunceira, ou eu que preciso de tudo muito limpo e organizado. Então ela vai indo pelos cômodos deixando a sua marca e eu vou atrás ajeitando.

Formamos uma boa dupla, eu diria.

-Toma, eu tenho que ver a água do café que está no fogo. - Dei o ferro de passar roupas na sua mão. Fazia exatamente quatro dias que estávamos morando juntas.

Ela pegou e ficou olhando para minha cara um pouco sem jeito.

Às vezes eu esquecia que Natália nasceu em uma família muito rica e que nunca precisou fazer nenhuma atividade de casa.

-Você não sabe passar roupa. - Saiu mais como uma afirmação do que pergunta.

-Não. Passa essa blusa para mim, linda? - Pediu com aqueles olhos pidões, quase caí no seu papo.

-Não. - Toquei o seu nariz de um jeito divertido. - Eu vou te ensinar para você aprender.

-Você quer me ensinar? - Perguntou se um jeito um pouco estranho.

-Sim, ué. Isso é uma coisa básica que você precisa saber. Por que esse espanto todo?

-Porque nunca ninguém teve paciência para me ensinar a fazer essas coisas. Por isso eu não sei nada. - Mudou o seu semblante para triste. - Você está brava por que eu não sei fazer nada?

Reconquistar - NarolOnde histórias criam vida. Descubra agora