Dragões

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- Temos aula amanha - Ela falou respirando fundo antes de se soltar de Draco. Mas antes que ela desse as costas para ele e fosse embora, ele decidiu reagir.
- Ei - Ele chamou e ela ergueu a cabeça, recebendo o par de lábios dele tocando os seus. O simples selinho ganhou intensidade de desejo conforme suas línguas se tocaram quando ela lhe deu passagem. Ele se afastou relutante e num suspiro falou - Senti sua falta.
•••

Lynx acordou no dia seguinte se sentindo mais leve. Em sua mente veio a memoria do beijo que Draco lhe dera ontem e sentiu uma felicidade até meio infantil, como se fosse dia de natal, o melhor natal de todos.
- Ainda esta na cama? - Ela ouviu a voz melodiosa de Daphne e Lynx abriu um dos olhos para encarar a loira - Nao sei o que você sonhou para te deixar de bom humor, mas é hora de se levantar para a aula de DCAT.
- Nao foi sonho - Lynx falou dando um suspiro e Daphne sorriu.
- Então você vai me contar.
- Não mesmo - Lynx sorriu e se levantou, pegando seu uniforme e indo para o banheiro.
O café da manha foi tranquilo, muitos alunos com cara de sono e comidas deliciosas de uma ponta a outra em todas as mesas.
Draco havia guardado um lugar para ela ao seu lado, como fazia desde o primeiro ano, mas ao se sentar ao seu lado, Lynx sentiu um arrepio percorrer seu corpo assim que os dedos dele encontraram os dela por debaixo da mesa por um instante antes dele tirar a mão de perto dela e a depositar sobre a própria perna.
Lynx olhou estranho para ele que apenas ignorou o olhar dela. Sabia que não devia ignorar a garota assim, mas ele não podia agir como se tudo estivesse normal depois de ontem. Depois que a beijou ele passou a noite em claro, pensando nela e em como poderia conquista-la, ao mesmo tempo em que pensava como poderia se afastar dela por ser sua prima. Mas sempre que pensava nessa segunda parte um sorriso besta surgia em seu rosto, a ideia de fazer algo proibido sempre foi mais atrativo, e essa era sem duvida a ideia mais atrativa que teve.
•••

- Alastor Moody , ex-autor, o insatisfeito do ministério, novo professor de Defesa Contra Artes das Trevas. Estou aqui porque Dumbledore me pediu, fim da historia, ponto final. Alguma pergunta? - Ele perguntou fazendo uma pausa, mas ninguem se pronunciou - Quando se trata de DCAT eu acredito em uma abordagem pratica, mas antes disso, quem sabe me dizer quantas maldiçoes imperdoáveis existem?
- Três, senhor - Hermione.
- E por que chamam assim? - Ele começou a escrever no quadro.
- Porque são imperdoáveis. Se usar qualquer uma delas...
- Vai ganhar uma passagem só de ida para Azkaban, correto - Moody a cortou. - O ministério acha que são jovens demais para entender tais maldições. Eu penso diferente! Precisam saber o que vao enfrentar. Precisam estar preparados. Precisa achar um outro lugar para por o chiclete que nao embaixo da cadeira, sr Finnigan! - Moody gritou e todos da sala olharam para Simas que resmungou
- Nao é possível! O velhote pode ver por trás da cabeça - Simas resmungou e Moody se virou, tacando o giz que passou por cima de Simas.
- E posso ouvir o que diz ai atrás. E então, de qual maldição falamos primeiro? Weasley!
- Sim?
- Levante-se! Diga-nos uma maldição.
- Bom, meu pai um dia me falou sobre uma. A maldição imperius.
- Ah é, seu pai sabe tudo sobre essa. Ela deu muita trabalho no ministério, alguns anos atras. Talvez isso lhes mostre porquê - Ele se afastou, pegou um vidro q tinha um bichinho parecido com uma aranha misturada com algum outro bicho e lançou a maldição império, o bicho voou de carteira a pessoa, e de pessoa a pessoa. - O que eu mando fazer agora? Voar pela janela? Se afogar? - Moody a fez parar em sua mão e virou para a classe - Muitos bruxos e bruxas alegaram que só obedeceram as ordens de Voce-Sabe-Quem porque eram controlados pela maldição Imperius, mas tem um problema, como descobrimos os mentirosos? - Ele deixou a pergunta no ar - Vamos, outra, outra? - E a classe começou a erguer a mão, e Neville levantou devagar. - Longbotton nao é? Levante-se. A professora Sprout disse que você tem aptidão para herbologia.
- Maldição cruciatus.
- Correto. Venha. É bem desagradável. A maldição da tortura - Moody o fez ficar perto da mesa, onde deixou o bicho e lançou a maldição, que fez o bicho se contorcer, e Neville enrugou a cara, estava enojado, o fazia pensar em seus pais aquela maldição.
- Pare! Nao ve que esta fazendo mal a ele - Hermione gritou e Moody interrompeu o feitiço e colocou o bicho na mesa de Hermione. - Talvez consiga nos dizer a ultima maldição, Srta Granger - E Hermione negou com cara de que segurava o choro. - Avada Kedavra! - E com um feixe de luz verde, o bicho morreu - A maldição da morte, so uma pessoa sobreviveu a esse feitiço e esta aqui nesta sala - Moody parou em frente a Potter.
•••

- Mais um puxa-saco para o Potter. - Draco.
- Nao acho que seja bem isso o que significou a aula dele - Lynx.
- E o que seria? Aquele professor é louco - Pansy.
- Ele nao deveria ir para Azkaban so por nos mostrar aquelas maldiçoes? - Daphne
- E quem liga? Duvido que aquele velho do Dumbledore saiba o que realmente acontece nas salas de aula - Draco - So um louco pra chamar outro louco pra dar aula.
•••

Durante o jantar, foi selecionado os campeões tribruxos, e dentre eles estavam Vitor Krum, Fleur Delacour, Cedrico Diggory, e Harry Potter. O ultimo causou uma grande reviravolta, alem de não dever haver um quarto campeão, o Potter nem tinha dezessete anos para poder competir. Mas isso foi o de menos, a eleição dele como campeão tribruxo fez ele e Rony brigarem.

O dia seguinte amanheceu preguiçoso. Draco e Lynx não conversaram sobre o beijo, e Rony nao estava falando com o Potter.
- Pra que status de popularidade? -Lynx pensou alto mas Daphne ouviu.
- O que você vai inventar?
- So quero falar com meu amigo.
- Que seria?
- Rony Weasley. - Falou num sussurro que Daphne ouviu, mas antes que a amiga falasse algo, Lynx tapou a boca dela, impedindo de produzir algum ruído - Nao grita! Nao quero receber atenção agora - Ela falou em meio a aula de transfiguração. Ela sabia que Minerva estava de olho nela, as notas cresceram muito no ano passado em sua matéria e isso fez a atenção de Minerva se voltar pra ela de uma forma nao desejada.
- Nao acredito que voce é amiga dele! - Daphne sussurrou com um tom de nojo
- Ele é um garoto legal. Medroso, mas legal - Lynx defendeu Rony, olhando para ele de canto. Ela pegou um pedaço de papel e escreveu para Rony "quero falar com você", e colocou na coleira de sua raposa, a colocou no chão e mandou ela ir ate Rony. Que quando viu o bicho no chao, pegou discretamente em seu colo.
"Me encontre esta noite, depois do jantar na entrada da floresta e nao seja vista".- A raposa trouxe a resposta,
- Nao esta pensando em ir, esta? É contra o horário de recolher, nao pode sair do castelo depois do jantar.
- Nao deve ser nada demais, lá é reservado, ninguem irá nos ver, e é dentro dos terrenos do colégio, é seguro ir lá mesmo a noite.
- Cuidado.
- Terei.
•••

Lynx comeu rápido o jantar e deu uma desculpa qualquer a Draco antes de sair e um olhar cumplice a Daphne.
Sair do castelo foi fácil, não havia ninguém nos corredores, com um feitiço de luz ela foi até o lado de fora, onde viu Rony, Hagrid e um outro homem ao lado deles que ela nao reconheceu. Quando se aproximou notou que ele nao era da escola, se fosse ela o reconheceria em qualquer lugar.
Seu rosto tinha cicatrizes de garras de algum animal feroz que devia tê-lo atacado.
- Finalmente! Achei que nao viria mais! - Rony falou a abraçando e Lynx olhou assustada pela presença dos outros dois que estavam vendo a cena. - Nao se preocupem, eles são de confiança. Esse é Charlie, meu irmão, ele trabalha com dragões, e trouxe alguns aqui para a escola, por isso eu te chamei para vir me encontrar - Rony respondeu todas as perguntas que estavam na mente de Lynx e ela apenas acenou em concordância apesar de estar um pouco confusa.
- Você é a namorada do Rony? - Charlie perguntou estucando a mão para um cumprimento e Lynx viu pelo canto do olho Rony ficar mais vermelho que seu cabelo.
- Na verdade, nao. Sou Lynx Malfoy - Ela apertou a mão dele e deu um sorriso, e viu Charlie engolir em seco antes de fingir que nada o abalava.
- Bom, venham. Os dragões não estao muito confortáveis, mas não ficarão acordados a noite toda - Charlie falou começando a andar pra dentro da floresta junto com Hagrid, Rony e Lynx foram mais atras conversando.
- O que seu irmão esta fazendo aqui? Nunca vi ninguem de fora vir visitar sem ser para esse torneio...
- Nao é bem comum - Rony admitiu - É que convidaram ele, porque querem usar os dragões para a primeira prova.
- Serio? Que incrível!
- Eu sei. Dragões são demais, por isso eu te chamei para te encontrar aqui.
- É... A proposito... - Lynx começou - O que houve entre você e o Potter?
- Você falou com aquele tom - Rony advertiu.
- Que tom?
- O do seu irmão.
- Desculpa. É costume - Lynx deu um sorriso de desculpas.
- Nós nao estamos nos falando... Desde que ele foi eleito um campeão tribruxo.
- Mas por quê?
- Ele devia ter me contado quando se inscreveu. Sou seu melhor amigo. Ele sabia que eu queria concorrer então porque se inscreveu em segredo.
- É normal para ele... Ser o centro das atenções.
- Talvez - Rony falou chutando uma pedra que estava no caminho e Lynx esticou a mão ate ele, entrelaçando seus dedos e aproximando seu corpo do dele para abraçá-lo.
- Logo voces voltam a se falar. É um torneio bobo. E pensa pelo lado bom, você não esta correndo risco de vida com dragões - Lynx sorriu e ele deu uma risada concordando.
- Obrigado - Rony falou e eles pararam de andar quando chegaram numa clareira - Uau!
Na clareira, haviam quatro jaulas que serviam para prender os dragões que soltavam fogo por entre as grades

Proud and Love - Draco Malfoy fiction (Livro1 || Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora